terça-feira, 31 de agosto de 2010

O tamanho das pessoas

Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Uma pessoa é enorme para você, quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravada. É pequena para você quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: A amizade, o respeito, o carinho, o zelo e até mesmo o amor.

Uma pessoa é gigante para você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto com você. É pequena quando desvia do assunto. Uma pessoa é grande quando perdoa, quando surpreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.

Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês. Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas. Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo. É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes. Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande... É a sua sensibilidade sem tamanho.

William Shakespeare

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Aceite o convite da vida para recomeçar

Osho, um dos maiores mestres indianos, disse que o tédio é uma das coisas mais importantes na vida humana. Ele simplesmente mostra que você está se tornando ciente da futilidade da sua vida, da constante roda repetitiva em que vive e que nada lhe acrescenta.

O tédio lhe chama a atenção para o fato de que você estagnou, parou de crescer e de evoluir – o que é algo totalmente contra a lei da vida. A própria palavra vida insinua evolução, crescimento, transformação. Por isso, quando paramos de crescer, morremos aos poucos. E o tédio aparece, para sinalizar que sua vida corre perigo. Em outras palavras, apesar de ser incômodo e desconfortável – ou talvez exatamente por isso −, ele é a primeira indicação de que uma grande compreensão está surgindo, sobre a insignificância da vida que você pode estar vivendo e dos caminhos que escolheu trilhar até aquele momento.

O tédio é o pai da insatisfação. Ambos caminham de mãos dadas. A insatisfação com sua vida atual é o sinal claro de que mudanças são necessárias e que é necessário decidir que tratamento dar a ela.

Tenha sempre em mente que quando a insatisfação se instala em seu dia-a-dia é preciso agir com urgência. Quando ela toma conta de seu dia-a-dia, é possível responder a ela de duas maneiras: uma, a mais comum de todas, é fugir dela, evitá-la, não a desafiar. A outra maneira é encará-la, assumir o desafio de enfrentá-la e a usar como estímulo para superar novos desafios e buscar novas razões de viver.

Quando a insatisfação chega, significa que você está sendo convidado a dar o próximo passo na estrada que o levará à realização plena de seu propósito de vida. É preciso aceitar esse convite e não se opor a adotar novos comportamentos e nem a abandonar velhos hábitos e falsos comodismos. Essa é a hora de encontrar disposição para promover novas guinadas em sua vida. É hora de mudar para devolver a si mesmo o direito de ser feliz.

As mudanças são necessárias para que possamos manter a nossa juventude, o nosso vigor nesta vida. Optar por uma vida dinâmica e bem vivida traz mais brilho ao nosso olhar.

Gilberto Cabeggi

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Mergulhe para dentro de si mesmo

Nenhuma pessoa pode decidir o seu caminho, muito menos como você utilizará o potencial que habita no seu íntimo. Ninguém pode decidir a sua vida. Opte por você e tome as rédeas do próprio destino. Caso contrário a vida vai seguir batendo na sua porta e você nunca estará lá; estará sempre em algum outro lugar, vivendo alguma outra existência e correspondendo a expectativas que não são as suas. Assim, mergulhar para dentro de si mesmo é uma forma de estar presente na própria vida, é ter tempo para si mesmo, estar disponível para si mesmo. Medite sem medos, sem receios e perceberá surpreso a riqueza que habita no seu íntimo e os insights incríveis que estão lhe esperando de braços bem abertos! Compreenderá que cada pessoa, cada situação, cada dor e cada alegria tem uma função na sua jornada. Elas não precisam ser rotuladas como boas ou ruins, apenas como guias para novos aprendizados, basta estar atento. Você entenderá a enorme força que possui e o quanto não precisa de ideologias alheias, mas apenas ter mais fé em si mesmo, nas próprias crenças, percepções, sentimentos e escolhas. Isso lhe trará muita paz!

 Lígia Guerra

Acorde!!

Reclamações, frustrações e desânimo, esses sentimentos parecem ser o fio condutor na jornada de muitas pessoas. A autopiedade aniquila a possibilidade do movimento, no máximo impele a um padrão já conhecido e gera repetição. Aos que vivem se lamuriando vai um recado: Exorcize esses fantasmas, reaja, faça algum movimento. Quer ver paisagens novas? Que tal caminhar por outras estradas? O pior tipo de loucura é querer conquistar resultados diferentes fazendo sempre as mesmas coisas. Ainda mais cruel do que essa atitude é ocupar o tempo com atividades estéreis só para não ter que entrar em contato com o próprio vazio existencial. O fazer ao qual me refiro não é o das agendas repletas, tampouco da ocupação alienante do mundo. O fazer tem que ter 'aquele algo a mais’, o realizar com plenitude. É vital tirarmos as máscaras e estarmos atentos ao que a sociedade tenta nos fazer engolir como verdades. Limpe a sua casa interior, jogue fora o que não usa, o que só toma espaço, o que nada vale... Só assim existirá espaço para o novo, para você!
 
 Lígia Guerra

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Gosto de gente

Gosto de gente com a cabeça no lugar, de conteúdo interno, idealismo nos olhos e dois pés no chão da realidade.

Gosto de gente que ri, chora, se emociona com um simples e-mail, um telefonema, uma canção suave, um bom filme, um bom livro, um gesto de carinho, um abraço, um afago.

Gente que ama e curte saudade, gosta de amigos, cultiva flores, ama os animais. Admira paisagens, poeira e chuva.

Gente que tem tempo para sorrir bondade, semear perdão, repartir ternuras, compartilhar vivências e dar espaço para as emoções dentro de si, emoções que fluem naturalmente de dentro de seu ser!

Gente que gosta de fazer as coisas que gosta, sem fugir de compromissos difíceis e inadiáveis, por mais desgastantes que sejam. Gente que colhe, orienta, se entende, aconselha, busca a verdade e quer sempre aprender, mesmo que seja de uma criança, de um pobre, de um analfabeto.

Gente de coração desarmado, em ódio e preconceitos baratos. Com muito AMOR dentro de si. Gente que erra e reconhece, cai e se levanta, apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentoras suas lágrimas e sofrimentos.

Gosto muito de gente assim como VOCÊ e desconfio que é deste tipo de gente que DEUS também gosta!

Arthur da Távola

Voce pode mais!

Você pode mais cada vez que confiar na Proteção Divina e seguir adiante mesmo entre tantos percalços.

Cada vez que não permitir que o pessimismo faça morada em seu íntimo, mas sim, que as sementes do otimismo cresçam e se fortaleçam em seu ser.

Você pode mais cada vez que perseverar em superar uma fragilidade, sem se preocupar com o tempo que levará para isso, mas trazendo cravado no peito a certeza de que um dia triunfará.

Cada vez que ao acordar desanimado resistir às influências negativas e buscar sentir a eterna presença dos amigos espirituais ao seu lado lhe dando ânimo para que prossiga em sua caminhada.

Você pode mais quando ao cair, não ficar a crer que está vencido, mas olhando para o Alto, reencontrar a força necessária para reerguer-se.

Cada vez que o físico padecer e ao invés de se entregar a tristeza ou a revolta, adotar a paciência e a resignação, confiante de que a espiritualidade maior continuar a confortar seu Espírito.

Você pode mais quando sentir seus pés fragilizados para caminhar e buscar na prece sincera o combustível para fortalecê-los.

Cada vez que repassar sua existência e não ficar preso ao remorso nem a culpa, mas fazer dos enganos do passado, aprendizados que no hoje o orientarão em um novo caminho.

Você pode mais ao se encontrar confuso ou ao redor de sombras e silenciar-se, cedendo um intervalo em suas lutas diárias e permitindo que a Providência Divina aproxime-se de você, devolvendo-lhe o equilíbrio espiritual.

Cada vez que for surpreendido por uma difícil prova e não ceder à ideia de desistir, mas abraçando a esperança, recomeçar, ciente de que os emissários do Alto permanecem contigo.

E você pode mais quando não procurar apenas no exterior, mas voltar-se para dentro de ti e despertar a luz adormecida.

E com essa luz acesa, finalmente enxergar Aquele que permanece e sempre permanecerá a sua frente de braços abertos para ampará-lo por onde quer que você caminhe.

Assim, envolto no Amor e na Paz do Mestre Jesus, compreenderá que não importa a dificuldade que surja, mas aliado as forças do bem, você sempre poderá mais!

Sonia Carvalho

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O mais é nada

Navegue, descubra tesouros, mas não os tire do fundo do mar, o lugar deles é lá. Admire a lua, sonhe com ela, mas não queira trazê-la para a terra. Curta o sol, se deixe acariciar por ele, mas lembre-se que o seu calor é para todos. Sonhe com as estrelas, apenas sonhe, elas só podem brilhar no céu. Não tente deter o vento, ele precisa correr por toda parte, ele tem pressa de chegar sabe-se lá onde. Não apare a chuva, ela quer cair e molhar muitos rostos, não pode molhar só o seu. As lágrimas? Não as seque, elas precisam correr na minha, na sua, em todas as faces. O sorriso! Esse você deve segurar, não deixe-o ir embora, agarre-o! Quem você ama? Guarde dentro de um porta jóias, tranque, perca a chave! Quem você ama é a maior jóia que você possui, a mais valiosa.
 
Não importa se a estação do ano muda, se o século vira e se o milênio é outro, se a idade aumenta; conserve a vontade de viver, não se chega à parte alguma sem ela. Abra todas as janelas que encontrar e as portas também. Persiga um sonho, mas não deixe ele viver sozinho. Alimente sua alma com amor, cure suas feridas com carinho. Descubra-se todos os dias, deixe-se levar pelas vontades, mas não enlouqueça por elas.
 
Procure, sempre procure o fim de uma história, seja ela qual for. Dê um sorriso para quem esqueceu como se faz isso. Acelere seus pensamentos, mas não permita que eles te consumam. Olhe para o lado, alguém precisa de você. Abasteça seu coração de fé, não a perca nunca. Mergulhe de cabeça nos seus desejos e satisfaça-os. Agonize de dor por um amigo, só saia dessa agonia se conseguir tirá-lo também. Procure os seus caminhos, mas não magoe ninguém nessa procura. Arrependa-se, volte atrás, peça perdão! Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
 
Se achar que precisa voltar, volte!
 
Se perceber que precisa seguir, siga!
 
Se estiver tudo errado, comece novamente.
 
Se estiver tudo certo, continue.
 
Se sentir saudades, mate-a.
 
Se perder um amor, não se perca!
 
Se achá-lo, segure-o!
 
Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala. O mais é nada.
 
 Fernando Pessoa

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Te amo, sempre te amei e sempre vou te amar

Uma pergunta: Quando começa e quando termina um Amor?

Mas, se tem começo e fim, é Amor mesmo?

Dizer eu te amo é fácil... Mas quem pode realmente dizer que ama incondicionalmente, que “ama, sempre amou e sempre vai amar”?

Quem pode afirmar eu te amo, sem receio de errar, ou de ter de voltar atrás depois?

Quem pode dar-se o direito de dizer “eu te amava, mas não te amo mais”? Com que autoridade pode dar-se o direito de diminuir dessa maneira o Amor?

É assim que você vê o Amor? Será que pode mesmo acreditar que o Amor seja algo efêmero?

Pense: o Amor tem começo e fim, ou será que o Amor é algo que, quando existe, existe eternamente?

Disse Vinícius: “Que seja eterno enquanto dure”... Mas, com certeza ele se referia a um amor de verão, a uma paixão, ou algo assim. Mas nunca ao Amor verdadeiro, com “A” maiúsculo. Afinal, nosso “poetinha” soube falar do Amor como ninguém.

O que muitas vezes chamamos de Amor, mas que termina um dia qualquer, não é na verdade o Amor. Pode ser qualquer outra coisa: paixão, bem-querer, conveniência, ilusão, simbiose, dependência, sei lá... Qualquer outra coisa, menos Amor de verdade.

O Amor verdadeiro, sim, é eterno. Aliás, existe Amor que não seja verdadeiro? Se não é verdadeiro, então não é Amor. Amor é Amor e basta!

O Amor tem a dimensão da eternidade e da Criação. Amor é constante, duradouro e legítimo.

Só quem tem um grande Amor sabe dizer o que é o Amor. Mas, mesmo assim, sabe dizer apenas para si mesmo. Porque ninguém consegue explicar aos outros o que é o Amor. O Amor não se define com palavras.

O Amor transcende as épocas, os conceitos, os preconceitos. Transcende até mesmo a própria vida (como a conhecemos) e transcendo o tempo. O Amor não acaba. Vai além da vida e através das vidas.

Não é por acaso que se diz que Deus é Amor. Amor e Deus são dois conceitos que se completam. Uma palavra é sinônimo da outra. Deus é amor e Amor é Deus.

Então, se Deus é infinito e eterno, então o Amor também é infinito e para sempre.

Por isso não pode existir a frase “eu a amava, mas não amo mais”. Isso é apenas justificativa para explicar o término de um relacionamento entre duas pessoas que nunca se amaram de verdade.

Amor é para sempre. Quem ama hoje, já amou ontem e vai amar amanhã e depois, e depois, e depois...

Por isso, sempre que quisermos dizer a alguém “eu te amo”, precisamos ter a consciência de que estamos dizendo “eu te amo, sempre te amei e sempre vou te amar”.

Porque é assim o Amor... É como Deus: eterno!

Gilberto Cabeggi

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Lixos existenciais

Se é verdade que a cada dia basta a sua carga, por que então teimamos em carregar para o dia seguinte nossas mágoas e dores?

Há ainda os que carregam para a semana seguinte, o mês seguinte e anos afora...

Nos apegamos ao sofrimento, ao ressentimento, como nos apegamos a essas coisinhas que guardamos nas nossas gavetas, sabendo inúteis, mas sem coragem para jogar fora.

Vivemos com o lixo da existência, quando tudo seria mais claro e límpido com o coração renovado.

As marcas e cicatrizes ficam para nos lembrar da vida, do que fomos, do que fizemos e do que devemos evitar.

Não inventaram ainda uma cirurgia plástica da alma, onde podem tirar todas as nossas vivências e nos deixar como novos.

Ainda bem.

Não devemos nos esquecer do nosso passado, de onde viemos, do que fizemos, dos caminhos que atravessamos.

Não podemos nos esquecer nossas vitórias, nossas quedas e nossas lutas.

Menos ainda das pessoas que encontramos, essas que direcionaram nossa vida, muitas vezes sem saber.

O que não podemos é carregar dia-a-dia, com teimosia, o ódio, o rancor, as mágoas, o sentimento de derrota.

Acredite ou não, mas perdoar a quem nos feriu dói mais na pessoa do que o ódio que podemos sentir toda uma vida.

As mágoas envelhecidas transparecem no nosso rosto e nos nossos atos e moldam nossa existência.

Precisamos, com muita coragem e ousadia, abrir a gaveta do nosso coração e dizer: eu não preciso mais disso, isso aqui não me traz nenhum benefício e eu posso viver sem.

E quando só ficarem as lembranças das festas, do bem que nos fizeram, das rosas secas, mas carregadas de amor, mais espaço haverá para novas experiências, novos encontros.

Seremos mais leves, mais fáceis de ser carregados mesmo por aqueles que já nos amam.

Não é a expressão do rosto que mostra o que vai dentro do coração?

De coração aberto e limpo nos tornamos mais bonitos e atrativos e as coisas boas começarão a acontecer.

Luz atrai, beleza atrai.

Tente a experiência!...

Sua vida é única e merece que, a cada dia, você dê uma chance para que ela seja rica e feliz.

Letícia Thompson

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Para o resto de nossas vidas


Existem coisas pequenas e grandes, coisas que levaremos para o resto de nossas vidas.

Talvez sejam poucas, quem sabe sejam muitas, depende de cada um, depende da vida que cada um de nós levou.

Levaremos lembranças, coisas que sempre serão inesquecíveis para nós, coisas que nos marcarão, que mexerão com a nossa existência em algum instante.

Provavelmente, iremos pela vida afora colecionando essas coisas, colocando em ordem de grandeza cada detalhe que nos foi importante, cada momento que interferiu nos nossos dias, que deixou marcas, cada instante que foi cravado no nosso peito como uma tatuagem.

Marcas, isso... serão marcas, umas mais profundas, outras superficiais, porém, com algum significado também.

Serão detalhes que guardaremos dentro se contarmos para terceiros talvez não tenha a menor importância pois só nós saberemos o quanto foi incrível vivê-los.

Poderá ser uma música, quem sabe um livro, talvez uma poesia, uma carta, um e-mail, uma viagem, uma frase que alguém tenha nos dito num momento certo.

Poderá ser um raiar de sol, um buquê de flores que se recebeu, um cartão de natal, uma palavra amiga num momento preciso.

Talvez venha a ser um sentimento que foi abandonado, uma decepção, a perda de alguém querido, um certo encontro casual, um desencontro proposital.

Quem sabe uma amizade incomparável, um sonho que foi alcançado após muita luta, um que deixou de existir por puro fracasso.

Pode ser simplesmente um instante, um olhar, um sorriso, um perfume, um beijo.

Para o resto de nossas vidas levaremos pessoas guardadas dentro de nós.

Umas porque nos dedicaram um carinho enorme,outras porque foram o objeto do nosso amor, ainda outras por terem nos magoado profundamente, quem sabe haverão algumas que deixarão marcas profundas por terem sido tão rápidas em nossas vidas e terem conseguido ainda assim plantar dentro de nós tanta coisa boa.

Lá na frente é que poderemos realmente saber a qualidade de vida que tivemos, a quantidade de marcas que conseguimos carregar conosco e a riqueza que cada uma delas guardou dentro de si.

Bem lá na frente é que poderemos avaliar do que exatamente foi feita a nossa vida, se de amor ou de rancor, se de alegrias ou tristezas, se de vitórias ou derrotas, se de ilusões ou realidades.

Pense sempre que hoje é só o começo de tudo, que se houver algo errado ainda está em tempo de ser mudado e que o resto de nossas vidas de certa forma ainda está em nossas mãos.

Silvana Duboc

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O caminho da pratica

Para sustentar e dar suporte à nossa prática, cultivamos o reconhecimento da impermanência. Para qualquer lugar que olhemos, há uma mensagem de mudança. Não importa quanta felicidade ou tristeza, raiva ou regozijo experienciemos, precisamos reconhecer sua natureza no momento, pois também irá mudar.

É como o movimento de um dançarino. No decurso da dança, a face mudará, o corpo mudará. Precisamos evitar transformar cada gesto ou movimento em uma grande situação. Ao invés disso, reconhecemos sua natureza ilusória e mutável, e aplicamos esse entendimento em todas as nossas ações. Nunca negamos a importância do não fazer mal aos outros e do fazer bem a eles, enquanto ao mesmo tempo entendemos sua qualidade ilusória e mutável. Isso nos ajuda a apreciar a preciosidade de cada momento e do curto instante que temos para estarmos juntos.

Se, entretanto, como praticantes de qualquer busca espiritual, dissermos que "Meu caminho é o melhor" e desenvolvermos um orgulho tremendo sobre nosso caminho, nosso professor e nossa prática, essa falha irá envenenar nosso fluxo mental.

Não compete a nós julgar diferentes professores e diferentes práticas. Isso é como olhar para um peixe e dizer, "Ó, esse pobre peixe, está todo molhado. Deve ser realmente frio, então, irei cuidar dele e tirá-lo da água onde ficará seco e quente". Isso não irá fazer muito bem ao peixe. Ou o peixe poderia olhar para nós e dizer "Todos esse pobres seres humanos que estão lá fora, onde é tão seco, eu gostaria de vê-los felizes na água comigo". Essa não é a resposta.

Prática significa olhar para a própria mente e reduzir os venenos que ali encontramos. Precisamos respeitar cada pessoa e a prática de cada pessoa. Se não vemos as boas qualidades de uma pessoa, a falha se encontra na nossa percepção.

Se nossos olhos não estão bons, vemos algo incorretamente e dizemos "Bem, aquela coisa tem falhas". Não é o objeto que apresenta falhas, mas a nossa vista. O que necessita de correção é nosso ponto de vista.

O caminho espiritual é como um espelho, fazemos uso dele para nos enxergarmos. Não é como uma janela, pela qual olhamos para fora, julgamos e apontamos os outros. Se o nosso rosto está sujo quando olhamos o espelho, então precisamos limpar nossa própria face, não o espelho.

A vida é curta, então, ao invés de revisar os erros que tenhamos cometido, depositamos confiança no caminho e fazemos o que precisa ser feito, agora e no futuro. Em todos os nossos relacionamentos, só há tempo suficiente para sermos pacientes, amáveis e gentis. Se sairmos por aí pensando, "Eu sou um grande meditador", mas a raiva, a inveja e o orgulho permanecem os mesmos, se não piores, o quão bom é esse tipo de meditação? O benefício vem ao reduzir o auto-apego e os venenos da mente, e ao ser pacífico, compassivo e paciente com os outros.

Assim como os pássaros se empoleiram numa árvore, reúnem-se e então partem, a vida humana é breve. A coisa mais importante nos momentos que temos é ser amável e gentil em todos eles. Não importa se fizemos um retiro de três anos ou se o nosso professor é famoso. A medida de nossa prática é encontrada em nosso próprio fluxo mental. O Buddha Shakyamuni disse que a essência de cada um dos oitenta e quatro mil métodos que ele ensinou é o treinamento da mente.

Agora temos essa breve oportunidade que é a nossa vida. Nesse momento temos a capacidade de mudar nossa mente, portanto devemos usá-la bem, para criar benefício para nós mesmos e para os outros.

Chagdud Tulku Rinpoche, nascido em 1930, pertence à última geração de mestres que herdaram os tesouros dos ensinamentos e métodos Vajrayana.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Lei de causa e efeito

Lei de Causa e Efeito, algumas vezes chamada de lei do plantio e da colheita, é conhecida como a lei principal, pois dela emanam todas as outras.

Todas as leis, como a vida, têm um princípio de causa e efeito. Não há exceções.

Por exemplo: se você é agricultor e plantar milho, vai colher milho. Se plantar tomates, vai colher tomates, e não feijão ou abóbora.

A causa é o plantio, o efeito é a colheita.

Se semear pensamentos negativos em sua mente, é isso o que vai obter ou colher na vida: resultados negativos...

No entanto, se semear pensamentos positivos, colherá resultados positivos.

Em outras palavras, se fizer ou falar alguma coisa, essa é a causa, então deve esperar pelas conseqüências ou o efeito.

Um exemplo difícil de ignorar é a Lei da Gravidade, que é como todas as leis Universais, vinculada à lei de causa e de efeito.

Se você pular, cair ou for empurrado de uma ponte, ou de um prédio alto, ou de qualquer outra construcão alta, você cairá na água, ou no chão e, provavelmente encerrará a sua existência terrena.

O salto, a queda ou o empurrão, são a causa, a colisão com o que estiver embaixo é o efeito.

Observe que a lei de causa e efeito age em todo o lugar do planeta sem falhar. E, também , com os seus pensamentos, a Lei de Causa e Efeito está sempre agindo.

Se tiver, ou Semear, pensamentos negativos, sempre colherá resultados negativos.

Por outro lado, se tiver ou semear, pensamentos positivos, sempre colherá resultados positivos.

Não há exceções. É a Lei.

(Extraído do Almanaque do Pensamento)
LEI DE CAUSA E EFEITO

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Atenção

Um dia de sol tão bonito, uma brisa suave que brinca de fazer cócegas, um céu azul que espalha paz e serenidade e os seres humanos encapsulados e presos na própria mente, que relembra o que já passou e que foi triste, que se preocupa com o minuto seguinte, que revive momentos de dor, que resmunga, que se queixa, que pensa pequeno, que se desvitaliza e sofre… O milagre que está em volta nem sequer é notado e nem é aproveitado!
 
De que adianta a beleza circundante, se não a percebemos sequer? De que adianta termos saúde, todos os sentidos funcionando, se não temos consciência de como é bom viver?
 
Por que a maioria das pessoas vive prisioneira, se a porta da cela da mente está sempre aberta e é tão fácil sair?
 
Por que a urgência aflita de companhia, se sabemos que o estar junto não é a presença física, apenas, que nos proporciona, mas sim a afinidade, que quando existe supera as distâncias e une os seres?
 
Por que não respiramos a plenos pulmões a energia da vida, vivendo como se estivéssemos constantemente com medo, ansiosos, preocupados, estressados?
 
De que adianta termos tantas coisas materiais, se não estamos conscientes delas, ao ponto de usá-las com alegria, com prazer? Ter apenas para possuir e não usufruir do que se tem, de que nos serve?
 
Por que falamos o que não sentimos? Por que sorrimos, se estamos tristes? Por que dizemos gostar do que sabemos que não nos agrada? Por que copiamos o outro, se nem sequer o entendemos perfeitamente?
 
Por que nos queixamos sempre e pouco agradecemos? O que nos falta será que realmente é importante para nós, ou será que nos viciamos em desejar o que não é nosso?
 
Por que esquecemos que o nosso corpo precisa de movimento e vivemos sempre cansados e amortecidos, amolecidos na letargia da falta de entusiasmo e da preguiça?
 
Sentir o que se é, o que se faz, o que se diz, com profundidade e atenção, com carinho, cuidadosamente, pode nos fazer perceber o quanto somos felizes, sempre o fomos, sem que o soubéssemos sequer…
 
Atenção! Este momento já está passando e foi perfeito…

Cristina

domingo, 15 de agosto de 2010

Voce tem auto-amor?

Falar de auto-amor é uma tarefa pouco fácil, pois logo confundimos com mimos. Já que isso se refere a fazer tudo o que se quer, a tomar atitudes voluntariosas, a colocar-se no centro do mundo para que os outros entendam nossas aspirações, é ficar numa boa, não importando mais nada. É centrar-se no próprio eu e só ter olhos para si e suas fantasias.

Assim como fizemos com a noção de amor, vamos tirar de nossa cabeça algumas idéias errôneas a respeito de amor por si, para ficarmos só com os verdadeiros componentes do auto-amor.

Muitas vezes deixamos de fazer algo para que o outro não ache ridículo. Isso é auto-amor?

Em nome da vaidade, criamos regras, normas, nos tornamos moralmente certinhos, corretos, perfeitos. Escorregar jamais, tampouco cometer uma falha, pois seria errado. Isso é auto-amor ou vaidade? Só que não nos permitimos ser o que somos, pois temos um ideal e ele tem que ser cumprido. Queremos, por amor a nós, fabricar o ideal de nós mesmos. Em vez de conquistar o que somos, vamos atrás do sonho do que deveríamos ser.

Em vez de auto-amor parece mais uma autotortura, que em nome do que requer a imagem, calamos o humano em nós para sermos somente a máscara.

O vitimismo é mais um aspecto onde a pessoa, inconsciente de sua capacidade de ser ela mesma, coloca-se nas mãos dos outros. Passa a ser uma dependente e a exigir que o mundo faça para ela o que ela mesma não tem forças para fazer. Quando as coisas não dão certo, "desaba o mundo", quase morre de dó de si mesma, entra na história da "lesada, coitadinha!". É um estado depressivo. A crença na pobreza da vida a leva a se proteger, a não atuar, a não assumir.

Grande parte das defesas psicológicas é gasta para defender o próprio orgulho, que é um estado de consciência em que a ilusão domina. Em vez de amarmos, queremos nos orgulhar de nós mesmos. No Amor por si há elementos preciosos que se interligam num complexo sistema de integridade e inteireza que podemos chamar de dignidade humana.

Que tal observarmos o que mais o auto-amor contém:

Auto-respeito: respeitar sua própria essência. Entender que aquilo que sentimos é indiscutível, pois os sentimentos são individualizados, são frutos de uma interpretação única de uma experiência pessoal. Fala-nos sobre o reconhecimento da verdade de cada um, dos limites pessoais, do nível de consciência alcançado, do que foi vivido, do que foi experienciado.

Será que você se aceita como realmente é?

Auto-apreciação: ser o que se é, sem pretensão de ser melhor, de ser mais, de ser diferente. Olhar-se com consideração. Ninguém é mais do que eu. Toda vez que achamos que alguém é mais importante que nós é porque não nos damos importância. É aprender a gostar de si mesmo, é olhar-se com a devida atenção, o que posso ser é apenas ser. O que pretendo ser é coisa da minha cabeça vaidosa exigindo de mim um modelo de ser humano competente.

Você consegue se olhar sem se criticar? Aceita os erros como aprendizado? Aplaude seus êxitos sem necessidade de se vangloriar deles?

Auto-reconhecimento: é sentir os próprios valores como aceitáveis e naturais. Nada é errado em nós, tudo é como a natureza permite que seja. É olhar-se com olhos mais compreensivos. Compreender que nossas experiências são oportunidades de aprendizagem e de ampliação de nossa consciência. É sentir que podemos porque acreditamos que podemos e não porque alguém assim o disse.

Como você trabalha o elogio e a crítica? Se alguém disser que não gostou do seu trabalho como você reagiria?

Auto-aprovação: é reconhecer e aprovar seus limites e capacidades.

Quanto você precisa de aprovação alheia? Você consegue se vestir e sair sem precisar perguntar: Estou bem assim?

Auto-estima: apreciar-se, avaliar-se com discernimento banindo o julgamento. Pensar positivamente consciente de que tudo há uma razão de Ser. Auto estima é olhar-se com naturalidade, observar-se para crescer e não para criticar. Estar bem consigo mesmo. Descubra o prazer de SER.

Como é ficar em casa sozinho durante um fim de semana inteiro? Qual o tamanho de sua necessidade de ser amado?

Auto-valorização: é recuperar a confiança em si mesmo, é ter o sentir como referencial de comportamento. Confie mais em você sem esperar que o outro diga o que tem que ser feito.

Quantas vezes você pergunta ao outro se o que sente ou faz é certo?

Auto-domínio: é viver de si, de sua essência, sem depender de ninguém para fazer você se sentir feliz, ser feliz porque você optou e não porque alguém lhe proporcionou.

Ainda tem necessidade do apoio do outro? Quanto de sua alma você procura na alma alheia?

Auto-amor é conquistar-se, é viver da fonte de sua alma. Amar-se é fazer de seu mundo interior um mundo de paz onde nada e nem ninguém pode invadir. Se assumirmos a responsabilidade por nós e por nossas escolhas todas as portas se abrirão, as chaves estarão sempre nas nossas mãos.

Ser feliz é possível desde que você acredite nela e em você. Recebemos da vida a medida justa do que damos para nós mesmos. Dê carinho, respeito, consideração, afeto a você mesmo para poder receber a própria energia que emana.

Esteja sempre no presente e tome atitudes para ser feliz hoje sem ter que esperar que algo aconteça para ser feliz.

Lembrar que é dando que se recebe é essencial. Amar a si mesmo é essencial.

Sandra Trovo

sábado, 14 de agosto de 2010

O amor é como um cristal de muitas facetas

...Inúmeras, incontáveis, talvez. A gente consegue perceber uma ou algumas delas em cada momento de nossa vida ou relação que experimentamos. No entanto, o ideal é que tentemos não nos deixar iludir por apenas uma delas, a mais encantadora e também a mais perigosa.
 
Costumamos entender por amor um sentimento muito romântico, idealizado, perfeito, como nos contos de fadas... E quando nos damos conta de que essa é, provavelmente, uma faceta projetada, ou seja, de que ela não existe senão dentro de nossas mentes equivocadas e imediatistas, nos sentimos enganados, deprimidos, perdidos...
 
O fato é que as verdadeiras facetas do amor incluem nossas imperfeições, já que a função do amor é ser um caminho para nosso mais efetivo e árduo crescimento como pessoas, enquanto seres em evolução.
 
Sendo assim, quando sentimentos considerados menos nobres invadem nossa relação – construída sobre uma imensa expectativa romântica – não sabemos onde encontrar força para segurar tudo o que construímos, e vemos nosso projeto de amor ruir...
 
Tenho recebido muitas mensagens de pessoas contando sobre o quanto se entregaram, o quanto acreditaram num relacionamento e na pessoa amada e o quanto estão se sentindo sem rumo, abandonadas, sem entender o que aconteceu, por que acabou, por que o outro foi embora de repente, justificando-se confuso, tendo atitudes e palavras dúbias, demonstrando ora afeto, ora distanciamento...
 
Nessas mensagens, as pessoas me pedem explicações, acreditam que eu ou Alguém pode realmente ter uma resposta, saber o que isso tudo significa... Mas nem sempre existe uma resposta! Não essa resposta pronta e que explica as atitudes confusas de cada um...
 
O que eu teria a dizer é que estamos vivendo um momento de transformações, grandes e importantes transformações. Cada um no seu ritmo, questionando seus valores e procurando acertar...
 
Difícil saber exatamente onde chegaremos, o que vai acontecer e quem conseguirá compreender, enfim, que a felicidade pode estar presente em todo esse processo, apesar de tanta dor. Portanto, sugiro que deixemos o futuro para depois e que nos concentremos no agora!
 
Viver um dia após o outro, assumindo a inteligente frase dos dependentes em recuperação (porque todos nós somos dependentes de alguma coisa que nos prejudica) e repetir: Só por hoje, vou tentar fazer o melhor que eu posso, tentando respeitar e aceitar as escolhas do outro!
 
E, assim, chegará o dia em que as portas parecerão se abrir além do que conseguíamos ver até então; Portas da alma, portas do coração... para podermos enxergar as outras facetas do amor e fazer um balanço, para aprender e recomeçar...
 
Porque quando a gente só olha para uma delas, perde o aprendizado contido nas outras... prendendo-se a somente um sentimento... ou raiva... ou tristeza... ou pena... ou compreensão ilimitada... E o amor nunca é somente um desses sentimentos...
 
São todos, ao mesmo tempo, pela mesma pessoa ou por várias pessoas! E no final das contas, como diria o Cana Brava (personagem do humorista Tom Cavalcante), passa a régua! O resultado é o que conseguimos aprender, viver, ensinar e, sobretudo, SER!

Rosana Braga

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Autoperdão, um bem necessario

O ser humano luta para diferenciar-se e distinguir-se do todo na busca de sentido e reconhecimento de uma identidade própria (Eu), mas o paradoxo é que sofre com a sensação de não fazer parte do todo, de não ser igual aos outros e, portanto, muitas vezes sente-se inferior e inadequado.

Como seres humanos somos todos iguais. Carregamos igualmente a herança genética e psicológica do desenvolvimento filogenético. Portanto, a possibilidade de expressão desta herança é infinita.

O que nos distingue enquanto indivíduos são as proporções com que expressamos esta herança, por isso cada indivíduo é um e único. Em conseqüência disso, nossa vida nada mais é do que a expressão de quem somos.

Se você vive uma vida que você considera não ser boa, veja a sua cota de participação nela e perceba o quanto e como você se posiciona. O quanto você se dá ao direito de expressar o que pensa e o que sente realmente?

O autoperdão se encaixa aí: na capacidade da auto-aceitação. Aceitar que a forma de expressar o ser humano que somos não é certa nem errada e, sim, única.

Autoperdão não tem nada a ver com autocondescência.

Autocondescência tem uma pitada de autopiedade, pois a pessoa se perdoa falando assim: Ah, mas coitado de mim, eu não podia fazer diferente. A culpa é do outro!

Na auto-condescência a culpa por não dar certo determinada situação é do outro. Foi o outro que não facilitou, foi o outro que não teve boa vontade, foi o outro que exigia demais... e por ai vai no seu pseudo autoperdão...

Autoperdão é assumir quem você é: nem melhor nem pior do que ninguém. Não tem julgamento!

Saber que fez o seu melhor naquele momento. Consiste em falar o que sente e o que pensa, porque é realmente o que sente e o que pensa; dando-se ao direito de posicionar-se diante das situações da sua própria vida.

Para que possamos nos compartilhar com o outro e com o mundo precisamos ter uma noção clara de quem somos (autoconsciência) e quais são nossas necessidades físicas, intelectuais, espirituais e psicológicas para que possamos colocar quem somos na forma mais fiel possível e requisitar o que precisamos do meio ambiente e das pessoas.

Por exemplo, se você for possessivo não adianta fazer o tipo liberal porque a pessoa que estiver consigo agirá livremente e você não se sentirá feliz, e, normalmente, terá crises de ciúmes incompreensíveis para o outro, que tem de você uma imagem e um discurso de O liberal.

O contrário também é verdadeiro. Se você é uma pessoa que precisa de liberdade não adianta buscar relacionamentos que exijam grande comprometimento porque, com certeza, se sentirá preso e sufocado pelas exigências óbvias que virão.

Ao perdoar-se, a pessoa pára de exigir de si mesma aquilo que ainda não está pronta para dar, bem como pára de se culpar por algumas bolas fora que dá.

Pára de se auto-exigir e dar ao outro ou para o mundo o que acredita que estão exigindo. É a libertação da ditadura auto-imposta que se acredita vir de fora.

O processo do autoperdão começa tirando-se os deverias e os terias do seu dicionário e cotidiano. É dizer para você mesmo: Eu não tenho que... nada!, Eu não devo fazer... nada!

Aceitar que têm necessidades físicas, intelectuais e emocionais distintas das dos outros; e mais, aceitar que tem todo o direito de satisfazê-las, desde, é lógico, que não interfira nem invada os direitos do outro.

A ética não se aplica apenas nas relações interpessoais, mas, também, na relação intrapessoal: se você não respeita seus limites nem se perdoa por tê-los, você está sendo antiético consigo mesmo. Como pode haver relacionamentos éticos em sua vida se você não tem consigo mesmo?

Ser diferente é, muitas vezes, percebido como der inferior e inadequado e portanto, muitas vezes, as pessoas se envergonham de quem são.

Por isso usamos máscaras (que Jung chamou de Personas), que consideramos aceitáveis porque queremos se amados e jogamos no fundo de nós mesmos nosso verdadeiro Eu.

Essa atitude leva consigo a auto-estima e o autovalor, pois nunca conseguimos a real satisfação vinda do reconhecimento do outro sobre o nosso Eu verdadeiro, porque o que conseguimos, no máximo, é um feedback, positivo ou negativo, sobre o que mostramos, nossa Persona.

Vem daí a eterna sensação da falta de amor.

Essa sensação de falta de amor não é porque não se tem o amor das pessoas, mas sim porque não se tem auto-amor, pois, por alguma razão, queremos ser perfeitos e não nos perdoamos por não sê-lo. Por isso, autoperdão tem a ver com auto-aceitação.

Autoperdão é viver de bem consigo mesmo.

Maria Aparecida Diniz Bressani
mariahnressani@yahoo.com.br
somostodosum

A fonte da juventude -Peter Kelder


Se voce quiser um programa bem detalhado, leio o livro "A Fonte da Juventude 2" de Peter Kelder.
Já pratiquei diariamente durante um bom tempo. As pessoas comentavam que eu parecia mais jovem.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Gayatri Mantra 2009 - Deva Premal & Miten with Manose


Deva e Miten sugerem entoar o mantra Gayatri para apoiar os oceanos e todos os seres que ali vivem:

Om bhur bhuvaha svaha

Tat savitur varenyam

Bhargo devasya dhimahi

Dhiyo yonah prachod

Simples

Às vezes acontece a você sentir-se integrado, em algum raro momento. Observe o oceano, o seu espírito indomável - de repente você esquece a sua divisão interior, a sua esquizofrenia: você relaxa.

Ou então, andando pelo Himalaia, contemplando a neve virgem nos picos das montanhas, de repente uma calma o envolve e você não precisa ser falso, porque não há ali nenhum outro ser humano para o qual representar.

Você se reintegra. Ou ainda, ouvindo boa música, você se sente integrado.

Sempre que, em qualquer situação, você se torne uno, uma paz, uma felicidade, uma bênção o envolvem, brotam de dentro de você. Você se sente preenchido.

Não há necessidade de ficar esperando por esses momentos - eles podem transformar-se na sua maneira natural de viver.

Esses momentos extraordinários podem transformar-se em momentos comuns - este é todo o esforço do Zen. É possível viver uma vida extraordinária dentro dos limites de uma vida bastante comum: cortando árvores, rachando lenha, buscando água no poço, é possível estar extremamente à vontade consigo mesmo. Limpando o chão, preparando a comida, lavando a roupa, você pode estar perfeitamente à vontade - porque a questão toda é de você atuar com todo o seu ser, desfrutando, realizando-se no que faz.


Comentário:

Esta figura, caminhando pela natureza, mostra-nos que a beleza pode ser encontrada nas coisas simples e comuns da vida. Com muita freqüência nós tomamos este lindo mundo em que vivemos como coisa garantida. Limpar a casa, cultivar o jardim, fazer a comida -- as tarefas mais simples ganham uma conotação sagrada quando são feitas com envolvimento total, com amor, e exclusivamente pelo prazer de fazê-las, sem expectativas de conhecimento ou de recompensa.

Neste momento, você passa por um período em que esta maneira cordata, natural e extremamente simples de encarar as situações que se apresentam, trará resultados muito melhores do que qualquer tentativa sua de ser brilhante, perspicaz ou, de alguma outra forma, extraordinário. Deixe de lado toda pretensão de fazer alarde quanto a ter inventado mais alguma coisa inútil, ou a vaidade de encantar seus amigos e colegas com o seu talento incomparável de prima donna. A contribuição especial que você tem para oferecer neste momento será maior se você encarar as coisas sem resistência e com simplicidade, um passo de cada vez.

Tarô Zen de Osho

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Bondade

Quando meus sentimentos em relação aos outros se tornam excessivamente críticos, é sinal de que estou indo na direção errada.

Somos muito bons em ver os erros, mas eu tenho que ver o que está bom.

Se eu vejo o que é bom nos outros ou nas situações e tento ir além da cortina de negatividade, me sinto bem em relação a mim mesmo.

Se eu fico sempre pensando "ele está errado", eu crio um bloqueio que me impede de alcançar minha própria bondade.

Uma lei muito antiga diz:

Assim como trato os outros eu serei tratado.

K Anthony Strano

Mentalize: O QUE DESEJO PARA MIM É O QUE DESEJO PARA O OUTRO. E TUDO SERÁ MUITO BOM!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A mochila da vida

Aprender a perdoar é perseverar num treinamento mental. É um grande e difícil passo. É tirar alguma coisa que incomoda, que nós fizemos ou que fizeram para nós.

A vida pode ser comparada a uma mochila que contém tudo o que realizamos. Se não treinamos o perdoar este saco de viagem vai ficando cada vez mais pesado.

É necessário buscar a habilidade mental de constantemente fazer uma reorganização desta Mochila da Vida. Denotadamente ir organizando-a de tal forma a aliviar seu peso e tornar a vida mais leve. Não colocar dentro dela ressentimentos, desgostos, raiva ou decepções. Em hipótese alguma e sob nenhum pretexto. Isto culminará na obtenção de facilidades na caminhada, nas constantes subidas e descidas das rampas de dificuldades com que somos confrontados. Temos o direito de sermos felizes, e para isto, devemos começar por perdoar a nós mesmos, elevar nossa auto-estima.

"Seria muito mais produtivo se as pessoas procurassem compreender seus pretensos inimigos. Aprender a perdoar é muito mais proveitoso do que simplesmente tomar de uma pedra e arremessá-la contra o objeto de sua ira. Quanto maior a provocação, maior a vantagem do perdão. É quando padecemos os piores infortúnios que surgem as grandes oportunidades de se fazer o bem, a si e aos outros".(Dalai Lama Tenzin Gyatso, líder espiritual tibetano)

É fácil perdoar alguém que nos prejudicou? Não, não é! Quando temos necessidade de perdoar alguém, esta ação é resultado de fatos, de alguma expectativa nossa que não foi alcançada. Qual expectativa? Por exemplo: que o outro faça ou seja alguma coisa; que deixe de usar algo; etc. Quer dizer, quando os outros fazem algo que quebra nossa expectativa, ficamos esperando que eles nos peçam perdão. O raciocínio mais comum é: o problema é do outro e não meu. E devido a isto, ficamos com raiva dos outros. Ficamos na expectativa que os outros nos peçam perdão, e estes não o fazem, e assim, numa seqüência de frustrações, nossa ira vai aumentando cada vez mais. A Mochila da Vida vai nos pressionando contra o chão.

Procurar levar a vida com outro nível de expectativa nos leva a perdoar. Primeiro a nós mesmos, depois ao próximo.

"O perdão cai como uma chuva suave do céu na terra. É duas vezes bendito: bendito ao que dá e bendito ao que recebe". (William Shakespeare, dramaturgo e poeta inglês).

E não devemos deixar que o outro nos atinja. Somos nós mesmos que permitimos que o outro nos acerte, e somos nós mesmos que colocamos mais peso dentro da nossa Mochila da Vida. O próximo não tem nada com nossa frustração. É algo particular de cada um. Como então ficar aborrecido, se não temos como controlar um processo que é único e exclusivo resultado do livre arbítrio do próximo? Somos nós que aceitamos colocar às nossas costas o peso da frustração que alguém, intencionalmente ou não, impingiu.

- Você é a razão da minha felicidade - Como é possível expressar tal sandice? Isto é algo que leva fatalmente ao desenvolvimento de ressentimentos e raiva. A necessidade de perdoar vem do outro nem sempre fazer o que esperamos. E a conclusão a que se chega deste raciocínio é que amar está mais para doar que para esperar.

Outra razão freqüente de perdão vem de uma pessoa que não tem tempo equilibrado em coisas distintas. Fatalmente terá muitos momentos de decepção se não procurar equilibrar seu tempo para todos os aspectos da vida.

Para poder perdoar e esquecer o que contribui muito são: boa saúde; alimentação correta; relaxamento; meditação; pensamento positivo e exercícios físicos.

Problemas de relações interpessoais são cinco por cento reais e noventa e cinco porcento o que fazemos deles. Deve-se analisar as possibilidades, o nível de expectativa real, sem fantasias. Isto diminui as frustrações.

E como as frustrações geram culpa, ao perdoarmos a nós próprios aliviamos o peso da nossa Mochila da Vida. E só então, devidamente fortalecidos, temos reais possibilidades de perdoar aos ofensores, àqueles que quebraram nossas expectativas. Com isto temos a energia emocional de aceitar aos outros como eles são, sem a obrigação de aceitar o mal que fazem ou a maneira como se comportam.

Como não temos meios de controlar as ações de terceiros, também não somos obrigados a nos tornarmos coniventes com o indesejado. Aceitar seria ferir nosso direito à felicidade e prejudica nossa saúde.

"A doença alimenta-se da falta de perdão. O perdão não tem nada a ver com aceitar um mau comportamento. A pessoa que você acha mais difícil de perdoar em geral é aquela da qual você mais precisa se libertar. Eu descobri que perdoar e em seguida deixar partir o ressentimento são atitudes que ajudam a curar até mesmo o câncer." (Louise L. Hay, consultora, professora e conferencista norte-americana.

E como nunca faremos os outros mudarem, então a mudança deve vir de nós mesmos.

E, normalmente, como são os mais próximos que nos ofendem, então resta apenas colocar limites. Ao mudarmos nosso relacionamento com estas pessoas, elas mudam com certeza. De alguma forma, sempre se obtém resultados positivos ao aliviar nossa Mochila da Vida. Porque "O fraco jamais perdoa: o perdão é característica do forte." (Mahatma Gandhi, advogado indiano). E o forte tem sua Mochila da Vida sempre aliviada, tão leve que, não existisse a gravidade, poderia até voar.

Charles Evaldo Boller

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Culpa

Este momento!... O aqui-agora... fica esquecido quando você começa a pensar em termos de conquistar alguma coisa.

Quando a mente realizadora se manifesta, você perde contato com o paraíso em que está. Esta é uma das abordagens mais liberadoras: ela o liberta imediatamente!

Esqueça tudo a respeito do pecado e da santidade - ambas são idéias estúpidas. Juntas, destruíram todas as alegrias da humanidade. O pecador se sente culpado, e com isso sua alegria fica perdida.

Como é possível apreciar a vida se você está sempre se sentindo culpado? Se o tempo todo você fica indo à igreja para confessar que fez isto e aquilo errado? Errado, errado, errado... a sua vida inteira parece ser feita de pecados.

Como viver com alegria? Fica impossível sentir prazer na vida. Você se torna pesado, carregado. A culpa instala-se no seu peito como uma pedra - ela o esmaga; não permite que você dance.

Como seria possível dançar? Como a culpa pode dançar? Como a culpa pode cantar? Como a culpa pode amar? Como a culpa pode viver? Assim, quem pensa que está fazendo coisas erradas sente-se culpado, pesado, um morto antes da hora - já está dentro do túmulo.

Osho Take it Easy, Volume 1 Chapter 3

Comentário:

A culpa é uma das emoções mais destrutivas em que podemos nos deixar aprisionar. Se tivermos agido mal com alguém, ou procedido contrariamente à nossa própria verdade, naturalmente nos sentiremos mal. Mas permitir que fiquemos sobrecarregados de culpa é fazer um convite à enxaqueca. Acabaremos envolvidos por nuvens perturbadoras de dúvidas a nosso próprio respeito, e por sentimentos de desvalor, a ponto de não conseguirmos enxergar as belezas e alegrias que a vida está tentando nos oferecer.

Todo mundo anseia por ser uma pessoa melhor - mais amorosa, mais consciente, mais sincera consigo mesmo.

Quando, porém, nos punimos por nossas falhas, sentindo-nos culpados, podemos cair prisioneiros de um ciclo de desespero e desesperança que nos tira toda a clareza de visão a nosso próprio respeito e a respeito das situações que encontramos pela frente. Você é absolutamente bom do jeito que é, e é absolutamente natural errar o caminho de vez em quando. Apenas aprenda com a experiência; siga em frente e aproveite a lição para não cometer o mesmo erro outra vez.

Tarô Zen de Osho

domingo, 8 de agosto de 2010

Nossas verdades interiores são, realmente verdades?

Chega um momento no qual, todos nós, contemplamos nossos armários e damos conta de que temos muitas coisas que não usamos mais. Experimentamos, temos a reafirmação da nossa rejeição para com algumas de nossas roupas, e colocamo-las de volta nos cabides.

O mesmo acontece com aquele sapato que aperta nosso pé, mas que continua preservado, acondicionado na caixa. Novinho em folha. Existe ainda aquele vestido ou aquela roupa social, que você usou uma única vez e que, efetivamente, não ficou bem em você, mas que, insistentemente, você teima em guardá-la.

Uma amiga querida, a Maria Del Mar, uma vez me disse: Livre-se de tudo o que você não usa mais, e você verá que vai se sentir melhor. As coisas na sua vida movimentarão.

Ocorre que os armários das nossas casas não são os únicos locais onde preservamos coisas que não nos são mais úteis. Cada um de nós tem um armário semelhante no nosso interior. Faça uma análise no que você vem conservando na sua mente.

Avalie, com sinceridade, o que você vem, ao longo dos anos, guardando interiormente e faça uma faxina descartando aquilo que não mais tem utilidade para sua vida. Dê um fim a opiniões ultrapassadas, idéias e conhecimentos já superados. Dê uma chacoalhada na árvore de suas amizades para caírem as podres.

Retire da sua vida aquelas pessoas pessimistas, cuja amizade só lhe traz prejuízos, pessoas negativas cuja companhia é nefasta e contraproducente.

Observe, com atenção, aquelas pessoas com senso de criação, pessoas que sonham, que possuem capacidade de realização e junte-se a elas. Não fique aguardando que as circunstâncias o levem a fazer aquela limpeza geral interna. Inicie já e vivencie momentos de crescimento e evolução.

Exercite essa sua capacidade de desprendimento. Crie uma nova vida. Mexa-se....

Euripedes R. Reis
Fundação Espírita André Luiz

sábado, 7 de agosto de 2010

Responsabilidade de cada um

Nada que nos acontece veio sem uma longa preparação. De repente, está na nossa vida, de surpresa! Tudo é resposta a ações nossas passadas, muitas das quais já esquecemos; a pensamentos nossos, que nem sequer registramos com atenção, a desejos e sonhos um dia formulados. Hoje isto me chegou e me pareceu tão fácil, tão casual. Mas não foi bem assim. Se está aqui comigo, eu o atraí para a minha vida. Quando? Não sei – mas não importa.

Importante é que eu esteja bem consciente da responsabilidade que tenho pelo que me acontece. Não são os outros que mudam a minha vida, sou eu quem permito que façam isso. Tenho o leme do meu barco e nem sempre quero acreditar que sou o autor dos meus erros e desacertos - mas sou.

O que penso no silêncio da minha alma, o que desejo com o meu coração, estas coisas me chegarão. Faço as encomendas e as recebo algum dia, quando talvez nem me recorde mais que as pedi. Mas são de minha responsabilidade. Esta é toda a verdade!

Pensar e cultivar na mente o que não quero que um dia me aconteça, é fazer planos errados que um dia se concretizarão.

O que fui ontem? Muitos gostariam de saber. Todas essas experiências vividas estão guardadas no inconsciente – reservatório de nosas vivências passadas. Sou hoje o que no passado construí com a minha forma de agir. Minhas tendências, meus talentos, são conquistas de outrora, frutos de trabalho e esforço. Meus relacionamentos? Muitos são amigos que já fiz e que hoje me ajudam a prosseguir, outros são desafetos que me buscam o convívio para que nos reajustemos e nos perdoemos.

Enfim, somos responsáveis pelo que fomos ou viremos a ser. Com esta consciência, mudamos de atitude diante da vida que nos cabe no momento e passamos a estar atentos a quaisquer acontecimentos!

Cristina
 
foto: Morro das Pedras (Floripa)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Meu diário no aquário, mas e os peixes?


A poesia abaixo foi criada matematicamente para torná-lo capaz de viver mudanças profundas na realidade que tem envolvido a sua existência desde que nasceu.
Mudar a vida para melhor todo o mundo quer, mas conseguir efetivamente tornar este desejo algo concreto, físico, real, portador de uma energia de conservação que o preserve até quando assim se desejar, não é uma tarefa simples.
Campos específicos de fótons precisam ser produzidos por sua essência para que isto ocorra. E esta poesia uma vez impregnada no seu ser tornará isto realidade.

Olhei bem lá fora a velocidade do tempo

e me senti vindo embora de onde não lembro.

Olhei para as luas e no céu só vi uma.

Perguntei aos telhados se assim era em Bruma,

a cidade do encanto, da raiz da magia.

Que mostrava aos humanos sua alma vazia.

Formada por pedaços de um bolo solado

retratos de um dia ofegante, suado e cansado.

Fabricados numa cozinha onde as intenções sucumbiam aos fatos.

Num mundo de sábios idiotas convencidos do seu talento,

obtido com títulos e diplomas carimbados com “sou lento”.

Uma besta exemplar, forjada para fracassar, sorrir e chorar.

Pensei quão bem vinda seria uma gota de chuva tinto verdadeira e macia,

nas vozes de uma cidade vazia, de gente de gesso.

Virada ao avesso e sem timbre de encanto, só compromissos com os espetos.

Espetos? Sim os espinhos de um poeta sem vinho.

Que só bebe cachaça num banco de praça.

Me perguntei da ladeira. Mas que ladeira?

Um flash de Alzheimer?

ou um crash na banheira.

Cai fora Deodora!!!

Mas e a poesia? Que coerência haveria

falar destas coisas no final de um dia?

Somente um rascunho perfeito de um poeta sem jeito.


Lê-la uma ou mais vezes, todos os dias, durante uns três meses produzirá resultados fantásticos.

Gilson Chveid Oen
Engenharia Dimensional