Um dia de sol tão bonito, uma brisa suave que brinca de fazer cócegas, um céu azul que espalha paz e serenidade e os seres humanos encapsulados e presos na própria mente, que relembra o que já passou e que foi triste, que se preocupa com o minuto seguinte, que revive momentos de dor, que resmunga, que se queixa, que pensa pequeno, que se desvitaliza e sofre… O milagre que está em volta nem sequer é notado e nem é aproveitado!
De que adianta a beleza circundante, se não a percebemos sequer? De que adianta termos saúde, todos os sentidos funcionando, se não temos consciência de como é bom viver?
Por que a maioria das pessoas vive prisioneira, se a porta da cela da mente está sempre aberta e é tão fácil sair?
Por que a urgência aflita de companhia, se sabemos que o estar junto não é a presença física, apenas, que nos proporciona, mas sim a afinidade, que quando existe supera as distâncias e une os seres?
Por que não respiramos a plenos pulmões a energia da vida, vivendo como se estivéssemos constantemente com medo, ansiosos, preocupados, estressados?
De que adianta termos tantas coisas materiais, se não estamos conscientes delas, ao ponto de usá-las com alegria, com prazer? Ter apenas para possuir e não usufruir do que se tem, de que nos serve?
Por que falamos o que não sentimos? Por que sorrimos, se estamos tristes? Por que dizemos gostar do que sabemos que não nos agrada? Por que copiamos o outro, se nem sequer o entendemos perfeitamente?
Por que nos queixamos sempre e pouco agradecemos? O que nos falta será que realmente é importante para nós, ou será que nos viciamos em desejar o que não é nosso?
Por que esquecemos que o nosso corpo precisa de movimento e vivemos sempre cansados e amortecidos, amolecidos na letargia da falta de entusiasmo e da preguiça?
Sentir o que se é, o que se faz, o que se diz, com profundidade e atenção, com carinho, cuidadosamente, pode nos fazer perceber o quanto somos felizes, sempre o fomos, sem que o soubéssemos sequer…
Atenção! Este momento já está passando e foi perfeito…
Cristina
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