domingo, 27 de setembro de 2009

A dificil arte de ser o que se é!


Às vezes, me pergunto: por que é tão difícil sermos simples, essenciais, originais, no sentido da pureza existencial?
Muitas vezes acreditamos que ser simples é apenas agir com sinceridade, não enganando, de forma alguma, aqueles que em nosso caminho passam.
Mas para sermos simples, devemos ser autênticos, pois, afinal, somos seres únicos e jamais encontraremos algum ser igual a nós.
Na verdade, é isso o que buscamos nos outros: seres iguais a nós. Por isso a diferença nos outros nos incomoda.
Para que sejamos autênticos, precisamos agir com sinceridade e pureza, atuando com naturalidade, tendo a coragem de se expor e, também, de mostrar fragilidade em determinados momentos e situações. É preciso ter a coragem de chorar e, muitas vezes, falar coisas que nosso coração sente, tirando os preconceitos e deixando que as máscaras que sempre usamos caiam por terra, doa a quem doer.
Precisamos destruir as barreiras que durante muitas vidas viemos construindo, (por acharmos que as muralhas em torno de nós são as que vão nos proteger dos nossos maiores inimigos). Porém, quando nos vemos cercados por essas altas e fortes muralhas, concluímos que nosso maior inimigo está dentro de nós mesmos, mais protegido que qualquer um. E de nada adianta empunhar poderosas armas de destruição, uma vez que o que devemos destruir está dentro de nossa alma.
Preferimos prender nos nós da garganta as palavras que muitas vezes deveriam ser ditas, mas nos curvamos diante de nossa mediocridade evolutiva e as engolimos.
Preferimos esconder as lágrimas que brotam do mais intimo dos nossos sentimentos, para que nos vejam como fortes, indestrutíveis e infalíveis. E, ao mesmo tempo, preferimos buscar respostas imediatas, a ter que refletir sobre determinadas coisas, só pra mostrar que sabemos, mesmo que superficialmente.
Buscamos ter idéias formadas sobre tudo, mesmo que de forma rasa e sem qualquer tipo de embasamento.
E assim, vamos nos transformando naquilo que não somos, afundando-nos em falsas palavras, atitudes e sentimentos. Mas isso causa aos outros uma sensação de sempre estarmos senhores da situação.
Não que sejamos mentirosos, mas chegamos com a repetição desse tipo de atitude a uma situação em que já nos encontramos perdidos daquilo que realmente somos, e as nossas falsas atitudes passam a ser a nossa verdade, a ponto de esquecermos quem realmente somos, perdendo nossa essência.
E com o passar do tempo, distanciamo-nos de nós mesmos, e um vazio frio e úmido passa a nos envolver, e nossos dias se tornam tristes, nossas amizades vazias, pois nos enterramos em falsidades conceituais para parecer agradáveis aos outros, esquecendo de nossa verdadeira essência: O Amor.
E daí não adianta ficar chorando baixinho, sentindo saudade de nós mesmos, de nossa essência divina.
Sejamos nós mesmos, autênticos e firmes em nossos objetivos.
Certamente muitos se afastarão de nós, pois não seremos mais convenientes para eles; mas outros tantos se aproximação, pois verão que somos simples, sinceros, e nossa essência divina irá brilhar, pois seremos aquilo que realmente sempre fomos: Puro Amor, em essência.




Fernando Golfar

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Comprometa-se

NegritoComprometa-se!
Quanto mais você aceitar tanto seu lado bom quanto o ruim, tanto menos crítico será para com as pessoas que o cercam.
Se estivermos dispostos a agir de forma honesta, cada relacionamento pode tornar-se um espelho.
Quando reagimos com irritação desproporcional ao comportamento de outra pessoa, isso normalmente acontece porque tal atitude espelha algo que não queremos perceber em nós mesmos.
Ao identificar e aceitar as múltiplas facetas de sua natureza, você estará se capacitando a aceitar com maior facilidade as pessoas e, portanto, a viver mais em paz consigo e com as pessoas que importam em sua vida.
Sob uma perspectiva espiritual, a meta do amor consiste em enxergar você no outro e o outro em você.
Este estado de consciência unificadora é a expressão da divindade na humanidade.
Ao se sentir confortável dentro de si, seu contentamento interior ajuda naturalmente aqueles que estão ao seu redor a se sentirem mais confortáveis.
Um coração repleto de compaixão transmite a mensagem :
“Reconheço você...Conheço você...Aceito você.
Você pode assumir um risco, indo além de seus limites normais, mas isso significa mover-se para fora de sua zona de segurança...vale a pena.
Abraçar o desconhecido nos oferece nossa maior oportunidade de crescimento pessoal, enquanto desperta nossos maiores temores.
Quando você se apaixona torna-se uma pessoa diferente...
Existem vários tipos de relacionamentos apaixonantes...
O amor expande nosso sentido de nós mesmos, algo que, uma vez expandido, jamais retorna a seu tamanho original.
Uma vida desfrutada em amor é a única vida que vale a pena.
Como citado em Coríntios, sem amor, o conhecimento e a caridade são vazios. Entre a fé, a esperança e o amor, o amor é maior.
Comprometa-se a amar sob todas as suas expressões.
Mesmo depois de tanto tempo, o sol nunca diz para a terra, “você me deve”.
Veja o que acontece com um amor como este, Ele ilumina o céu inteiro.
Libertar-se de hábitos exige atenção focada e força de vontade.
Os hábitos preenchem necessidades.
Para abandonar um comportamento indesejável, você deve substituí-lo por um que o gratifique.
À medida que você trouxer para o seu cotidiano influências que apóiem seu bem estar emocional e físico, o alívio temporário que seu antigo hábito lhe oferecia será substituído por conforto e harmonia duradouros.
Procure relacionamentos e comunidades que reforcem seu compromisso de adotar escolhas que promovam a vida.
Somos a soma das escolhas que fizemos.
Lembre-se a cada momento: todo mundo faz seu melhor, com base em seu atual estado de consciência.
Das amebas unicelulares aos seres humanos com trilhões de células, a dança da vida inclui a alternância entre pausa e o movimento.
A vitalidade e o entusiasmo são frutos de uma vida em harmonia com os ritmos da natureza.


David Simon

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Minha mala... um fim?


Quando procuramos ajuda estamos em busca de um fim. Um fim que termine com o que está me incomodando, um fim a alguém que habita meu coração, um fim a uma lembrança, a um sentimento e por aí vai.
Cada um de nós, com sua respectiva história: família de origem, crescimento, escola, amigos, amores, sexo, etc. trazem consigo certa bagagem, uma mala completamente distinta de todas as outras.
E lá meu vou, lanço-me na vida com minha malinha.
E me vou, faceiro, cheio de expectativas me achando o cara porque eu tenho minha mala. Ela é minha e dela me apodero como uma verdade absoluta. Lembre: nela estão à história de cada um de nós, com todas as impressões, percepções e sentimentos das pessoas e da vida. E me sinto munido das ferramentas necessárias para construir minha vida.
Vou seguro (a) achando que tenho as ferramentas necessárias para viver a vida.
Mas, um dia percebi que minha mala não tinha tudo que necessitava e foi exatamente naquele momento, e já faz tempo, em que me vi só e sem saber o que fazer e como reagir. Pensei: Vida, o que é isto? Por quê? Crise! Como assim? Fiz tudo como me disseram e agora isto? Como? Esta é a crise! A falta de ferramentas, a constatação de que, ao contrário do que pensava, eu não tenho tudo de que necessito para viver a vida.
Vida, que queres de mim? Fiz tudo certinho, me lancei na vida bonito (a), como manda o "figurino", o que aconteceu?
Mas, o tombo é inevitável e a queda faz com que percebamos que em alguns momentos da vida estaremos sós. A mala não é tudo e não tem tudo que gostaríamos de encontrar lá dentro, principalmente algumas respostas.
Naquele momento minha mala espatifou-se no chão e na queda percebi que ela era muito menor do que pensava, aliás, bem pequena até. Puxa, quando me atirei na vida achava ela enorme ou era meu ego que eu estava vendo? Que egão!
Quando minha mala caiu no chão ela distanciou-se um pouco de mim, saiu de minhas mãos, daí pude percebê-la melhor. Que estranho, até parece outra mala. Na queda também pude perceber como ela estava desorganizada por dentro e como havia coisas lá dentro que eu desconhecia. Meu Deus, o que é isso tudo? Quanta coisa tem aí dentro!Eu não sou eu!
Humildemente, mas também sem muita alternativa, me abaixo, junto minhas coisinhas e as coloco dentro daquela mala pequena; esta é minha bagagem para a vida. E me vou como peregrino quase despido para outro dia, outro momento, outras pessoas. E vem a insegurança, a solidão. E como desejo dar fim a esses sentimentos; aquele fim que falávamos no início.
Na vida me lanço, mas com outra postura. Antes estava ereto, certo, convicto e com a sensação de ter a vida em minhas mãos. Agora caminho de forma mais lenta, corpo mais curvado, olhar mais reservado e agarrado a minha mala como se fosse meu último suspiro. Agora parece ser um eguinho.
Egão x eguinho, como quero dar um fim nisto!
Para piorar, algo me diz que aquele não foi meu primeiro tombo e que minha mala poderá ficar menor ainda. Meu Deus, o que faço? O que faço comigo?
Bom, na falta de alternativas, tenho que trabalhar com o que tenho e o que possuo é ela: a mala. Então vou para um canto, me sento e tomo a decisão de com ela me entender. Naquele canto faço meu recanto... E vou olhar para mim. Abro minha pequena mala e vejo algumas coisas organizadas com aprumo e outras nem tanto. Algumas nem ligo, mas algumas são de chamar a atenção; elas não expressam o que sou. Puxa, tem algumas coisas nesta mala que até desconheço. Identifico nela um pouco da minha história, dos valores, lembranças, sentimentos, mas também muito do que não sei sobre mim: egão x eguinho, de novo
.O tempo passa... até porque me esqueci dele tentando me achar em mim mesmo. A impressão que tive foi a de que me atirei num infinito de questionamentos e novas percepções.
Vendo minha pequena mala com tão poucas coisas percebi que tinha uma única alternativa: fazer o movimento contrário - olhar para fora de minha mala. Então a fechei com zelo, segurei-a em meus braços e me levantei. Saí do meu canto e comecei a caminhar.
Que fantástico! Tudo parece diferente! Olha só quantas pessoas com malinhas pequenas caminhando, buscando alguma coisa! Não estou só! Choro. E choro mais um pouco. Meus passos têm outro sentido, outro movimento. Penso: vem vida, estou aqui! Animo-me e caminho mais rápido em direção a todas as possibilidades de viver. Mas, na caminhada que ora inicio vejo que alguns não saíram de seus recantos. Perderam-se em si e com suas coisas ficaram aturdidos, quase cegos. Choro.
Outros caminham como eu... Outros ainda nem percebi e outros sei que estão por aí.
Olhando para trás consigo-me ver saindo para a vida com aquela mala grande, me sentindo grande. Hoje me vejo com esta pequena mala, mas me sentindo comigo. Então, egão e eguinho não são mais uma disputa porque no lugar deles está parte do meu eu, o ego. Aquela parte necessária, estrutural para o ponto de partida, para nos tornarmos mais do que somos hoje.
Nessa história toda procurava fervorosamente por um fim... E encontrei um fim para um início.
O fim não existe.
Domicio Brasiliense

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Reciclagem de vida


Não sei se a vida se recicla. Não, talvez não. Mesmo se após um tempo de reflexão decidimos mudar nossa vida, seremos sempre nós mesmos no fim. Mudados, mas nós. Com todas as marcas e cicatrizes para que não nos esqueçamos do que fomos.
Sabemos que jamais poderemos recolar os pedaços das coisas vividas e construir novas. Colchas de retalhos são muito bonitas, mas não passam de colchas de retalhos. Remenda-se panos, recola-se papel ou vidro, mas não se remenda vidas, não se recola momentos passados, coisas que deixamos pra trás.
Recomeçar? Sim. Recomeçar é possível, mesmo (e felizmente!) se já não somos os mesmos. Aprendemos, à custa de dor, mas aprendemos. Não cometeremos duas vezes os mesmos erros, não beberemos a mesma água.
Durante anos vivemos como se não tivéssemos outras alternativas. A vida é assim, é o destino. Mas nosso destino, nós fazemos. Nossas prioridades, escolhemos e aprendemos a viver com elas. E só depois, mais tarde, é que nos questionamos sobre o fundamento das nossas escolhas. Há pessoas que acham que é tarde demais para mudar e continuam na mesma linha, mesmo se conscientes de que talvez esse não tenha sido o melhor caminho. Homens e mulheres que se mataram a vida toda para ganhar dinheiro terminam muitas vezes a vida sozinhos, cheios de dinheiro, vazios de amor.
E felizes há aqueles que descobrem que ainda é tempo para fazer alguma coisa. E que podem redefinir as próprias prioridades e assumi-las. Vai doer, mas vai valer a pena, porque no fim das contas vamos ter a consciência tranqüila de que tentamos. Um dos piores sentimentos que existem é o de não poder recapturar um momento que gostaríamos que tivesse sido diferente. O eu de hoje não teria feito isso ou aquilo, mas o que eu era ontem não sabia o que sei agora. Se soubesse, teria cometido menos erros. Mas temos um Deus tão bom e tão grande que Ele está sempre nos oferecendo a opotunidade de nos redimir e fazer novas escolhas.
E agora? Agora sabemos. Não vamos pegar atalhos. Eles podem ser atraentes, mas nos impedirão talvez de aproveitar as belezas da jornada. O caminho da vida é bonito, apesar de ser mais difícil para uns que para outros. Mas é bonito se sabemos tirar o máximo do que é bom. Noites escuras podem nos fazer ver mais claramente as estrelas. Só veremos o nascer do sol se acordarmos cedo. Coisas simples que a natureza nos ensina.
Reciclagem de vida? Talvez sim. Talvez sejamos, no fim das contas, uma colcha de retalhos da vida. Mas que sejamos então uma bela colcha nova enfeitando um quarto, um coração, talvez mesmo muitos corações e muitas vidas, a começar por nós mesmos.


Leticia Thompsom

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Como voce avalia sua habilidade de fazer escolhas?

Você provavelmente já ouviu falar no ditado: "na vida há duas formas de aprender: pelo amor ou pela dor". Fico imaginando por que, normalmente, só escutamos o que o nosso Eu Superior (seu Deus ou energia que você considera o Puro Ser) tem a nos ensinar quando alguma coisa que julgamos ruim acontece.
De acordo com este ditado temos, geralmente, duas formas de fazer nossas escolhas:
1-pelo amor: analisar honestamente e profundamente nossos valores e crenças, ações e palavras; manter um canal aberto com nosso Eu Superior e fazer disto uma prioridade em nossas vidas, adquirir a habilidade para deixar de lado a consciência de vítima (p. ex: eu me sinto injustiçado) e assumir responsabilidade sobre nossas ações (p.ex.: por me sentir injustiçado eu não tenho compaixão pelos problemas dos outros), ter interesse genuíno nas pessoas sem esperar nada em troca e ser um líder servidor que dedica sua vida para apoiar as pessoas a se tornarem o melhor que elas possam ser.
2-pela dor: perda de pessoas próximas que não tivemos tempo de conviver ou dizer o quanto as amávamos, doenças graves, traições, ser machucado, abandonos, sofrer perdas financeiras, injúrias, sermos julgados e condenados quando somos inocentes etc.
A única forma de colocar esta teoria em prática é expandindo nossa consciência e desenvolvendo habilidades para o autoconhecimento. Todas as respostas estão dentro de nós e precisamos aprender como acessá-las. Precisamos de um mapeamento do que estamos realmente plantando (e não o que achamos que estamos plantando) e escolher o que queremos colher em nossas vidas.
Mas, neste exato momento, você vai precisar refletir que apesar de, instintivamente, já saber disto, talvez você não tenha dedicado tempo suficiente para este tema. Talvez ainda não seja prioridade para você. Afinal existem vários compromissos com que você está envolvido, e como você vai saber se esta é a melhor hora?
Vamos tentar um breve exercício?
. Respire profundamente e relaxe;
. Coloque toda sua atenção neste exato momento no seu Ego. Admire-o. Fique por um minuto ou dois lembrando-se de suas conquistas e do caminho que fez para chegar até onde chegou;
. Respire profundamente e relaxe;
. Agora deixe de ser seu Ego para vê-lo de fora. Como se ele fosse uma bolha e você um expectador. Reconheça esta bolha como parte de você, mas perceba que ela não é você;
. Perceba o que sente agora. Quais as escolhas que você tem feito desde pequeno?
. Você precisa ser o(a) melhor? Bem sucedido(a)?
. Realmente provar para si mesmo(a) e para os outros a que veio? Ser reconhecido(a) e elogiado(a)? Ok. Isto traz satisfação pessoal certo?
. Seu Ego te trouxe até aqui e te ajudou a cumprir seus planos e metas. Ele foi importante. Reconheça e agradeça.
Respire fundo novamente e coloque atenção na sua felicidade.
. Como está a sua saúde? Se sente bem disposto(a)? Calmo(a) e em paz?
. Como você tem se relacionado com a sua família? Tem paciência e amorosidade com ela?
. Conseguiu perdoar fatos do passado que te fizeram sofrer?
. Quanto tempo você tem dedicado a seus amigos? Você os tem incentivado nas dificuldades e participado de suas vitórias?
. Como são suas atitudes no trabalho? Você trata as pessoas com humildade e como gostaria de ser tratado? Fica feliz quando elas são promovidas ou ganham um prêmio ou um bônus? Mesmo se for maior que o seu? Como seus colegas o vêem?
. Como está seu relacionamento com seu Eu Superior? Você tem agido com os outros como um Deus misericordioso agiria? Lembre-se por um minuto das pessoas que tem ajudado sem esperar nada em troca.
Ok. Chegou a hora de equilibrar ainda mais sua vida. Seu Ego é muito importante e te trouxe até este momento. Seja grato pelas suas escolhas: elas foram fundamentais para seu aprendizado e crescimento até aqui.
Agora você precisa fazer uma especialização na sua vida, valores e crenças e ter a convicção que está indo na direção certa. Você pode seguir em frente e se conectar com seu Eu Superior e realmente olhar para dentro de si. Sentir a felicidade a cada passo, a cada dia. Só você pode fazer esta escolha. Nem as pessoas que o amam podem fazer isto por você. É a sua vida.
Apenas lembre-se que o quanto antes você fizer isto, mais rápido vai parar de plantar o que não quer e mais depressa vai colher o que realmente vai te fazer experimentar a felicidade de ser. E, por não saber quanto tempo nos resta pela frente, cada minuto é precioso!
Caio C. Santos
foto: Ferrugem - SC

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Estar em si


Será que você sabe realmente quem você é? Muitas vezes estamos dando o melhor de nós, mas não estamos satisfeitos com o que conseguimos. Isso acontece porque quando não nos conhecemos interiormente, o melhor de nós é muito pobre, muito vazio. Muita gente olha para os filhos, esposa, bens materiais e acha que a resposta está neles. Quando isso acontece, sua imagem perde a referência, você vira personagem da vida alheia. Começamos a inventar desculpas para nossas impossibilidades.


Você começa a estar em si quando percebe que tudo na sua vida depende de você, sua felicidade, sua emoção e sua razão. Estar em si é encontrar paz nos momentos difíceis da vida, é silenciar num momento de incompreensão do outro. É aceitar e compreender a visão de vida de cada pessoa, entender que todos somos iguais sim, mas com pontos de vista e escolhas diferentes.


Estar em si é não ter medo de demonstrar emoção, de chorar quando sentir vontade, com medo que as pessoas achem que você é fraco. É sentir na alma a decepção, mas ter a consciência de que o mundo não acabou. É entender que cada experiência é uma nova lição.


É aprender a curtir ao máximo as pessoas que amamos, pois a perda é inevitável. É ter a humildade para reconhecer os erros, e a sabedoria para crescer com eles. É não cobrar atitude de pessoas que você sabe que não estão preparadas para tal. É dar uma chance a si mesmo em cada novo desafio, e entender que desafios são degraus de subida e não barreiras que devem ser derrubadas. É entender que o fracasso não existe, mas sim, que você aprendeu que ?aquela? maneira de agir não funciona.


Quem está em si mesmo ama livremente, sem cobranças, protegendo suavemente, sem esperar nada do outro, a não ser sua felicidade. Quem está em si mesmo, sabe que antes de amar o outro, precisa amar-se. É saber que não são os outros que lhe magoam, mas sim, que você se "deixa magoar".


É prosseguir sempre, é crescer sempre, é aprender sempre, tendo a humildade suficiente para enxergar e respeitar as diferenças de comportamentos daqueles que não estão no mesmo caminho. É saber que apesar de tudo, apesar da hipocrisia de muitos, apesar do medo de amar e ser amado, apesar de muitos prenderem seus sentimentos mais puros em nome da moral e bons costumes, apesar de todas as ilusões que as pessoas enfrentam e vivem, a vida vale a pena sim.


Estar em si mesmo é ter a real convicção da própria vida, da vida das pessoas, do amor que esta em volta dos corações deprimidos procurando uma brecha para brilhar sua Luz e ascender para um novo mundo. O seu mundo!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Autoconhecimento


O autoconhecimento é um processo lento que pede, antes de tudo, confiança. A espera necessária para alcançar aquilo que buscamos - uma profunda consciência acerca de quem, de fato, somos - só será suportada se existir dentro de nós a confiança de que a semente inevitavelmente germinará.
Se não estivermos preenchidos por essa certeza, nenhum resultado poderá ser obtido e desistiremos diante do primeiro obstáculo que surgir. E eles serão muitos, pois a mente nos coloca inúmeras armadilhas para nos convencer de que viver sob seu domínio é a única forma de existência possível.
A confiança, porém, não pode vir acompanhada de ansiedade ou expectativa, porque estas constituem os principais entraves para um estado de relaxamento e paz. Aqueles que já se encontram nesse caminho, sabem que ao invés de ansiar pelo resultado final, devemos usufruir de cada instante que vivermos durante essa jornada, pois ela em si já se constitui numa grande bênção.
Se focarmos nossa energia na ânsia por obter algum resultado, certamente deixaremos de enxergar os momentos preciosos que a vida vai colocando em nosso caminho. A serenidade e a alegria são os principais critérios para sabermos se estamos de fato no caminho de volta para nosso verdadeiro ser.
Quanto mais preenchidos por estes sentimentos nos mantivermos, mais perto estaremos da fonte original de onde eles emanam: o divino, a dimensão onde o ego e a mente perderam todo o poder e somente a consciência de uma profunda união com tudo o que existe permanece.
Da observação à não-mente... Uma vez que um homem esteja em um estado de não-mente, nada pode desviá-lo de seu ser. Não há poder algum maior que o da não-mente. Nenhum mal pode ser feito a tal pessoa. Nenhum apego, nenhuma cobiça, nenhuma inveja, nenhuma raiva, nada pode surgir nele. A não-mente é absolutamente um céu puro, sem qualquer nuvem.
Existe uma lei intrínseca: pensamentos não têm vida própria. Eles são parasitas; eles vivem na sua identificação com eles.
Quando você diz, 'eu estou com raiva', você está despejando energia vital na raiva, porque você está ficando identificado com ela.
Mas quando você diz: 'eu estou observando a imagem da raiva na tela da mente dentro de mim', você não está mais dando qualquer vida, qualquer alimento, qualquer energia à raiva. Você será capaz de vê-la porque você não está identificado, a raiva é absolutamente impotente, não tem qualquer impacto sobre você, não muda você, não afeta você. Ela é absolutamente oca e morta. Ela passará e deixará o céu limpo e a tela da mente vazia....
E uma vez que você começa a se mover no caminho certo, o seu êxtase, as suas belas experiências vão se tornar mais e mais profundas, mais e mais amplas, com novas nuances, novas flores, novas fragrâncias.
... Esses são os caminhos e o critério de como escolher: se você se move em algum caminho, usa alguma metodologia e isso lhe traz alegria, mais sensitividade, torna-o mais observador e lhe dá uma sensação de imenso bem estar, esse é o único critério de que você está indo no caminho certo. Se você estiver se tornando mais miserável, mais raivoso, mais egoísta, mais ambicioso, mais luxurioso, estas são as indicações de que você está se movendo num caminho errado.
No caminho certo, a sua felicidade irá crescer dia após dia e suas experiências de belas sensações irão tornar-se tremendamente psicodélicas, muito coloridas, com cores que você nunca viu no mundo, com fragrâncias que você nunca experimentou. Então, você poderá seguir no caminho sem qualquer medo de que possa estar indo errado......
A meditação com certeza leva à não-mente, assim como todo rio se move em direção ao mar, sem qualquer mapa, sem qualquer guia. Todo rio, sem exceção, finalmente, alcança o oceano. Toda meditação, sem exceção, finalmente, alcança o estado de não-mente....
Não-mente é uma palavra simples, mas ela significa exatamente iluminação, liberação, liberdade de todas as escravidões, experiência de imortalidade.
Essas são palavras grandiosas e eu não quero que você fique assustado, por isso eu uso uma palavra simples, não-mente. Você conhece a mente... e você consegue conceber um estado em que essa mente esteja sem funcionamento. Uma vez que esta mente esteja sem funcionamento, você se torna parte da mente do cosmos, da mente universal.
Quando você é parte da mente universal, a sua mente individual funciona como uma bela serviçal. Ela terá reconhecido a mestra e ela trará novidades da mente universal para aqueles que ainda estão presos à mente individual.
Quando eu estou falando para vocês, é na verdade o universo que está me usando. As minhas palavras não são minhas palavras, elas pertencem à verdade universal.
Esse é o poder, o carisma e a magia delas."
OSHO - Satyam, Shivam, Sundram - tradução: Sw.Bodhi Champak




Elisabeth Cavalcante
foto: Itapuã

domingo, 13 de setembro de 2009

Me ajude a te ajudar


Quantas pessoas vêm à minha procura precisando de ajuda, querendo compreender melhor a vida e os fatos que acontecem?
Com certeza, amigo leitor, a resposta é que muitas pessoas querem ajuda, precisam muito de uma luz, um direcionamento, mas muitas delas apesar do sofrimento e do desejo de mudar de vida não estão abertas ao novo. Querem mudar, mas apenas para dar certo naquilo que sua mente racional aponta como solução.
Tenho falado em meus cursos e grupos que precisamos abrir a mente, deixar de pensar apenas com o racional porque, como dizem os mestres, a razão é uma competência puramente humana, um aprendizado que se baseia apenas no passado, nas experiências que já tiveram lugar em nossas vidas. Muita gente que já sofreu sérias decepções e diz ter se tornando mais pé no chão, mais racional, muitas vezes está preso ao pessimismo, ao reflexo do que viveu e também não está exatamente sendo racional. Porque a razão deveria ser um estado mais lúcido da mente, um reforço para ações esclarecidas e não é isso que vemos em muita gente que se diz racional.
Afinal, de que adianta saber de tudo de si mesmo, dos seus sofrimentos, se não temos a esperança de seguir em frente de uma outra forma?
E a criatividade? E a esperança em dias melhores e relacionamentos mais afetivos?
Por que por conta de experiências difíceis precisamos nos fechar e não acreditar em mais nada?Por que não podemos mais acreditar em amor depois de um desamor?
Nem sempre a vida é como queremos, mas para o nosso próprio bem, temos de dar oportunidade ao destino. Precisamos nos abrir para o novo.
Todos sabemos de fatos inusitados que mudam a vida das pessoas, por que isso não poderia acontecer conosco?
Claro que pode. Tudo pode. Esta vida é feita de incertezas, e acredito que seja um dos nossos maiores desafios conviver com a incerteza.
Tenho observado que principalmente as mulheres desejam muito controlar a vida. Querem a todo custo saber o resultado das coisas antes de acontecerem, como se pudessem evitar o sofrimento. Mas por que transformamos situações difíceis em verdadeiros monstros?
Talvez se tirássemos das situações o orgulho ferido, a vaidade quebrada, o sentimento de pouca valia, depois de um fora, as situações se tornassem mais fáceis...
Apesar de estarmos vivendo numa época com tantas inovações, internet, viagens ao exterior a preços acessíveis, por que será que ainda damos tanto valor ao que as outras pessoas pensam de nós, das nossas atitudes. Porque nos prendemos ao que os outros vão pensar.
Para uma terapia de fato ajudar alguém é preciso um despojamento desse tipo de barreira criada para proteção. Pode parecer estranho pensar assim, mas precisamos permitir sermos tocados em nossa dor para o outro efetivamente nos ajudar. Sem essa coragem de se abrir ninguém será capaz de entrar no nosso mundo.
É muito comum numa fase de sofrimento as pessoas se fecharem, não querendo muita conversa. Isso acontece porque tentamos evitar falar de algo que traz sofrimento. Queremos fugir, encontrar outros atrativos, mas sempre essas tentativas são em vão porque para onde quer que formos levaremos junto os sentimentos. E sentimentos não se curam apenas com uma mente racional. Sentimentos não se explicam, não se comprimem ou se adaptam àquilo que é esperado de nós.
Quando nos apaixonamos por alguém, nem sempre essa pessoa é adequada, nem sempre a pessoa é livre, ou nós não somos livres. Sentimentos são muitas vezes surpresas até para nossa mente racional. Pois é difícil escolher o que sentir.Vemos muito isso em encontros de Vidas Passadas. Já atendi várias pessoas que reencontram antigos parceiros e, quando isso aconteceu, a chama do amor de então se acendeu de forma avassaladora e mesmo a pessoa sendo séria, casada, não deixou de perceber que ali existia algo forte. Agora fazer ou não a escolha de ficar com essa pessoa mesmo já tendo um compromisso, colocando em risco perder o equilíbrio de amor exigiu um bom diálogo interior.
Assim, amigo leitor, para receber ajuda é preciso compreender que olhar os sentimentos às vezes é doloroso, e exige muito de nós.
Receber ajuda pode mostrar que você está agindo errado faz tempo e que é preciso mudar.Receber ajuda existe também humildade. Talvez você precise pedir e,, inclusive correr o risco de ouvir um não como resposta.
Juliana uma cliente estava justamente nessa condição, precisava de ajuda mas não queria mostrar fragilidade porque numa vida passada perdeu tudo quando o marido morreu e deixou dívidas para a família. Ela que era uma mulher forte, trabalhadora, jovem se sentia como um velha senhora. Esse sentimento de derrota era tão profundo nela que mesmo fazendo terapia convencional não conseguia avançar. Estava presa a um desejo inconsciente de se proteger da dor.
Naquela vida em que tinha perdido tudo, aos poucos tentou preservar ela e os filhos.
Assim, tentava agora manter seu casamento falido novamente pensando nos filhos. Quando conversamos sobre a família moderna, sobre pais que conseguem ficar amigos, inclusive mantendo uma convivência amigável, ela compreendeu que estava fechada, que tinha medo de se abrir e até de olhar para sua história de uma outra forma. Disse que não conseguia pensar no seu apartamento destruído.
Mas por que temos que ser assim tão fatalistas?
Por que ela não pensava em um outro lugar, com uma outra energia, com uma outra decoração?Quando finalmente começamos a olhar para sua vida de uma forma mais leve, o sorriso voltou a enfeitar a face dessa moça que estava se libertando do peso das rugas da mulher perdedora que foi em vidas passadas.
Emoções nascem não apenas do reflexo dos fatos da vida atual, mas também de formas pensamento e crenças que carregamos conosco de muitas vidas.
Para poder receber ajuda é preciso avaliar o conteúdo dessa grande valise que você carrega consigo.
Amigo, Coragem!
Maria Silvia Orlovas

sábado, 12 de setembro de 2009

Vida de um bilionário


Houve uma entrevista de uma hora, na CNBC, com Warren Buffet, um dos homens mais ricos do mundo, que recentemente fez uma doação de 31 bilhões de dólares para a caridade. A seguir, alguns aspectos interessantes de sua vida:
1. Comprou a sua primeira ação aos 11 anos, e hoje lamenta tê-lo feito tardiamente! As coisas eram baratas naquele tempo... Incentive seus filhos a investirem.
2. Comprou uma pequena fazenda aos 14 anos, com as economias oriundas da entrega de jornais. Pode-se comprar muitas coisas com pequenas economias. Incentive seus filhos a iniciarem algum tipo de negócio.

3. Ainda vive na mesma casa modesta, de 3 quartos , no distrito de Omaha, a qual comprou após se casar, 50 anos atrás. Diz ele que tem tudo o que precisa naquela casa. Sua casa não possui muros nem cercas. Não compre mais do que você 'realmente precisa', e incentive seus filhos a fazerem e pensarem o mesmo.
4. Dirige seu próprio carro para todo lugar, e não tem motorista particular, nem equipe de segurança à sua volta. Você é o que é...
5. Nunca viaja em jato particular, embora seja proprietário da maior companhia aérea privada do mundo. Pense sempre num jeito de realizar as coisas de maneira econômica.
6. Sua empresa, Berkshire Hathaway, possui 63 companhias. Escreve apenas uma carta anual aos principais executivos destas companhias, dando-lhe as metas para o ano. Nunca promove encontros nem os convoca habitualmente. Nomeie as pessoas certas para as missões certas.
7. Transmitiu aos seus executivos somente duas regras:
Regra nº 1: não perca nenhum centavo do dinheiro de seu acionista.
Regra nº 2: não se esqueça da regra nº 1.
Estabeleça metas e certifique-se de que as pessoas nelas se concentrem.
8. Não costuma freqüentar a alta-sociedade. Seu passatempo, após chegar em casa, é fazer ele mesmo um pouco de pipoca e assistir a televisão. Não tente se mostrar, simplesmente seja você mesmo e faça aquilo que gosta de fazer.
9. Warren Buffet não usa telefone celular, nem tem computador sobre sua mesa.
10. Bill Gates, o homem mais rico do mundo, encontrou-se com ele, da primeira vez, cinco anos atrás. Bill Gates achava que nada tinha em comum com Warren Buffet. Portanto, programara seu encontro apenas por meia hora. No entanto, quando Gates o encontrou, este encontro perdurou por dez horas, e hoje em dia, Bill Gates o considera o seu guru.
Seus conselhos aos jovens: 'Fique longe de cartões de crédito e empréstimos bancários, invista o seu dinheiro em você mesmo, e lembre-se:
A. O dinheiro não cria o homem, mas é o homem quem criou o dinheiro.
B. Viva a sua vida da maneira mais simples possível.
C. Não faça o que os outros dizem - ouça-os, mas faça aquilo que você se sente bem ao fazer.
D. Não se apegue às grifes famosas; use apenas aquelas coisas em que você se sinta confortável. E. Não desperdice o seu dinheiro em coisas desnecessárias; ao invés disto, gaste nas coisas que realmente precisa.
F. Afinal de contas, a vida é sua ! Então, por que permitir que os outros estabeleçam leis em sua vida ?
"As pessoas MAIS FELIZES NÃO TEM, necessariamente, as 'MELHORES' COISAS. Elas simplesmente APRECIAM aquilo que tem"


foto: Itapuã - RS

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Reflexão

“Eu faço as minhas vontades e você faz as suas. Eu não estou neste mundo para viver de acordo com suas expectativas e você não está neste mundo para viver de acordo com as minhas. Eu sou eu e você é você. Se um dia nos encontrarmos, vai ser lindo! Se não, nada há de se fazer.”
Frederick Perls
Fomos treinados para ter medo de pensar bem sobre nós ou sobre a capacidade de gerenciar nossos caminhos. Fomos treinados para atender as expectativas. Fazendo isso medimos nosso valor pessoal pela avaliação que os outros fazem de nós. Por medo de rejeição, em muitas situações, agimos contra os sentimentos apenas para agradar e sentir-se incluído, aceito. Quem se define pelo outro, necessariamente tombara em conflitos e decepções, mágoas e agastamentos.
Autonomia é a maior defesa da alma porque estabelece limites, produz a serenidade, dilata a autoconfiança e coloca-nos em contato com Deus.
Em algumas ocasiões, a conquista da autogerencia requer solidão e recomeço. Às vezes precisamos de muita coragem para abandonar estruturas que construímos durante a vida e seguir os sinais que nos indicam novos caminhos. Nessa fase o medo aparece. Esse medo surge porque gostaríamos de contar apenas com o êxito em nossas escolhas. Adoramos respostas e soluções imediatas, prontas pra usarmos. Nessa hora teremos que escutar nossos sentimentos e seguir. Ouvi-los não quer dizer escolher o certo, mas optar pelo caminho particular em busca da experiência sentida e conquistada dentro da sua realidade.
Libertar-se do ego é um parto psicológico. A sensação de insegurança é iminente. Mas o resultado libertador. Essa liberdade psíquica e emocional da alma é uma conquista pessoal.


O individuo autônomo tem 4 principais características:
1- Auto-estima: É o aprendizado do valor pessoal. Quem se ama sabe sua real importância.
2- Resistência Emocional: É a capacidade de suportar os próprios sentimentos, que muitas vezes levam-nos a crises e opressões. Atravessar dores amadurece.
3- Saber o que se quer: Somente fazendo escolhas, descobrimos nossas aspirações. Algumas dessas escolhas incluem a corajosa decisão de romper com velhas “muletas mentais”.
4- Escutar os sentimentos: Nos sentimentos está o mapa de nosso plano divino. Aprender a ouvi-los sem os ruídos da ilusão será a nossa sintonia com o “Deus Interno”.
A ausência da autonomia pode nos levar à condição de mendigos de amor ou vitimas do destino. Considerando-a como gestora da almejada condição de “sentir-se bem” perante a existência, na sua falta o ser humano debate-se em flagelos morais lamentáveis que o escravizam a condutas autodestrutivas, tais como conflitos crônicos, mágoas permanentes, baixo tolerância a frustrações, projeções psicológicas nos outros, vergonha de si.
Imperisoso saber quem somos, pois do contrario, seremos quem querem que sejamos.
Jesus, nosso divino Tutor asseverou: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?”
A colocação de Jesus é rica de clareza acerca da autonomia como sendo nossa maior defesa na rota de ascensão.


Ermance Dufaux

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Voce gostaria de viver em um mundo tão honesto quanto voce?


Ao longo deste caminho de "despertar da consciência" estava lendo um texto sobre Honestidade. Sim, e daí? Óbvio que sou honesto e você também, certo? O texto dizia que piratas, vigaristas e trapaceiros proclamam em alta voz a honestidade deles. Eu pensei enquanto lia: "Essa turma não tem vergonha mesmo!". Então, tempos depois, caiu uma ficha enorme (na verdade, parecia mais um caça níqueis): eu comecei a perceber que passei minha vida julgando as pessoas, mas não parei um minuto sequer para perceber a minha própria desonestidade! E você?
É claro que existem graus diferentes como, por exemplo, roubar um banco ou matar uma pessoa, mas tudo depende da consciência de cada um. Por exemplo, para o Dalai Lama matar uma flor ou uma formiga é uma transgressão com o Universo e para outros matar por defesa da honra é um fato sem maiores conseqüências.
Quando comecei a pensar a respeito desta pergunta foi uma avalanche desenfreada. Alguns exemplos de "pequenas coisas que todo mundo faz": colar numa prova, não recolher todos os impostos que deveriam, tentar se beneficiar das "brechas da lei", dar uma graninha para o guarda, dirigir alcoolizado, dirigir acima da velocidade permitida, se aproximar de pessoas com segundas intenções, cobiçar uma mulher/homem bonita(o) passando na rua mesmo que acompanhada(o), manipular pessoas nos relacionamentos e não por interesse genuíno na felicidade delas, tentar levar vantagem em cima dos outros, etc. Aliás, e bota "etc." nisso. Achamos que seremos absolvidos pela crença popular que "todo mundo faz isto"! A impunidade que tanto se fala não é da justiça brasileira, mas sim da nossa própria consciência e de nossos valores morais.
O que temos visto no mundo é um reflexo de nossa própria desonestidade! De que adianta ficar acusando os políticos se nós mesmos não somos exemplo? Eles são apenas um reflexo de nossos valores e atitudes. E se você estivesse no lugar deles com poder nas mãos e acesso ao dinheiro público?
Isto também se aplica aos assaltantes. Se você tivesse nascido em uma favela, passando fome, sofrendo maus tratos de todos e presenciando as maiores atrocidades desde que se entende por gente, você seria um "cidadão honesto"?
Se cada um de nós lembrar que o mundo é um reflexo nosso, começaremos a olhar para dentro e tentar mudar nossos valores e atitudes ao invés de ficar atirando pedras nos outros. Até porque, segundo a lei universal, nós colhemos o que plantamos: se atiramos pedras não podemos esperar que nos atirem rosas de volta.
A questão é que isto é muito fácil de falar e difícil de fazer, pois desde bebês aprendemos a não assumir responsabilidade. Quem assume responsabilidade apanha! "Filho, quem quebrou o porta-retrato?" "Não fui eu mamãe, eu juro! Deve ter sido meu irmão!"
Mas existe esperança! Precisamos recuperar nossa auto-estima nos tornando mais íntegros sem qualquer supervisão externa ou punição. Esta é a única forma de sabermos se estamos realmente no caminho certo para recuperar nossa integridade.
Uma frase que retrata muito bem esta situação é a de Ghandi: "Devemos ser a mudança que queremos ver no mundo".
Caio Cesar Santos
foto> Jardim Botanico

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Recomeçar

Não importa onde voce parou...
Em que momento da vida voce cansou...
O que importa é que sempre é possivel e necessario "Recomeçar".
Recomeçar e dar uma nova chance a si mesmo...
renovar as esperancas na vida e o mais importante...
Acreditar em voce de novo.
Sofreu muito nesse periodo?
Foi aprendizado...
Chorou muito?
Foi limpeza da alma...
Ficou com raiva das pessoas?
Foi para perdoa-las um dia...
Sentiu-se só por diversas vezes?
É por que fechaste a porta até para os anjos...
Acreditou que tudo estava perdido?
Era o inicio da tua melhora...
Pois ...
Agora e hora de reiniciar...
De pensar na luz...
De encontrar prazer nas coisas simples de novo.
Um novo curso...
Ou aquele velho desejo de aprender a pintar...
Desenhar...
Dominar o computador...
Ou qualquer outra coisa...
Olha quanto desafio...
Quanta coisa nova nesse mundo de meu Deus te esperando.
Tá se sentindo sozinho?
Besteira...
Tem tanta gente que voce afastou com o seu "periodo de isolamento"...
Tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu para "chegar" perto de voce.
Quando nos trancamos na tristeza...
Nem nós mesmos nos suportamos...
Ficamos horriveis...
O mau humor vai comendo nosso figado...
Até a boca fica amarga.
Recomeçar...
Hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde voce quer chegar?
Ir alto...
Sonhe alto...
Queira o melhor do melhor...
Queira coisas boas para a vida...
Pensando assim trazemos pra nós aquilo que desejamos...
Se pensamos pequeno...
Coisas pequenas teremos...
Já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor...
O melhor vai se instalar na nossa vida.
E é hoje o dia da faxina mental...
Joga fora tudo que te prende ao passado...
Ao mundinho de coisas tristes...
Fotos... Peças de roupa, papel de bala...
Ingressos de cinema, bilhetes de viagens...
E toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados...
Jogue tudo fora...
Mas principalmente....
Esvazie seu coração...
Fique pronto para a vida...
Para um novo amor...
Lembre-se, somos apaixonáveis...
Somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes...
Afinal de contas...
Nós somos o
"Amor"...
Paulo Roberto Gaefke

foto: Jardim Botanico - POA

domingo, 6 de setembro de 2009

Janelas da vida


Janelas da Vida Abra a janela do teu coração e deixe a alma arejar!
Sabe aquele cheiro de mofo de sonhos que envelheceu e você nem se deu conta?
Deixe que o vento leve para longe...

Livre-se também do ranço amargo de toda mágoa e do rancor, faça uma boa limpeza na vidraça do coração, garanto que você enxergará melhor a vida lá fora.

Deixe a luz inundar tudo, apagar as marcas das decepções, as tristezas das derrotas e da mania de sofrer por sofrer e acima de tudo, permita que o sol derreta o gelo da solidão.

Apaixone-se por um sorriso e sorria junto, ilumine as janelinhas dos olhos...

Ame a pessoa que o espelho reflete todas as manhãs.

Escancare a janela dos desejos e esbanje sonhos, ninguém sonha em vão, e também não é verdade que os sonhos fogem, as pessoas é que desistem, e eles morrem.

Desenhe um horizonte além da tua janela, exagere nas cores e...

Faça florescer todos os campos que sua vista alcança.
Vá além, muito além....
Abra a janela da vida e seja pleno em cada coisa ainda que pareça pequena.
Viva com a espontaneidade de uma criança.
Debruce na janela e não olhe a vida passar através dela...
Viva!
Lady Foppa
foto: Veraneio Hampel - S.F.P. - RS

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Não culpe Deus


As ações são suas. As escolhas são suas...
Muitas vezes podemos não saber como agir frente a algum desafio.
Podemos até sofrer com a dúvida sobre qual a atitude correta, mas ainda assim não culpe Deus pelas questões que você enfrenta.
O poder universal que a tudo permeia também está no seu interior e se manifesta neste mundo fenomênico através de regras e leis divinas.
Como a Lei do Retorno que traz para nós o fruto de nossas ações, como a Lei do Amor que nos conecta onde exista Amor, como a lei da Não-resistência que nos ensina a equanimidade frente aos altos e baixos do destino.
Muitas são as leis que compõem a mente divina.
Então, não foi Deus que colocou obstáculos no seu caminho.
Também não foi Deus que privou você de um amor.Situações complicadas são desdobramentos de escolhas do passado.
E se você se acha vítima de um destino infeliz é importante abrir a mente e mudar essa crença dentro de você.
Claro que nem tudo acontece como desejamos, nem todas nossas iniciativas chegam a um lugar feliz, mas tudo traz aprendizado e libertação se nos abrirmos para receber.
Mesmo escolhas inconscientes, que são atos reflexos, nos quais não pensamos também, são escolhas.
A omissão - digo não fazer nada - deixando a vida levar até uma solução qualquer também é uma escolha; a reação a uma agressão é uma escolha porque mesmo numa situação impulsiva de raiva e de erro é possível não revidar e agir de forma mais lúcida não entrando na roda de samsara dos atos impensados.
É esperado dos humanos escolhas.
É esperado dos humanos ações mais conscientes.
É esperado dos humanos uma aproximação da sua consciência divina, uma elevação dos pensamentos e propósitos.
É esperado dos humanos um despertar, uma abertura para os conceitos espirituais, no mínimo um espaço entre uma resposta impulsiva e uma idéia diferente na ação.O homem foi feito à imagem e semelhança de Deus, não apenas na harmonia do corpo físico, mas também nas infinitas possibilidades do seu pensamento.
Lembre-se que você pode pensar diferente do que pensa hoje, pode agir diferente do que age hoje, pode mudar tudo na sua vida.
O karma não é um limitador absoluto, mas um medidor de tempo que como as margens de um rio direciona o fluxo da água.
Superar o karma é se deixar fluir aprendendo com a vida, com as pessoas e se modificando constantemente.
Filhos da minha luz , invistam na sua espiritualidade e tragam essa consciência para sua prática diária.
Não guardem a espiritualidade para centros de oração e igrejas.
A ação espiritual deve ser uma constante na sua vida, inclusive consigo mesmo.
E não culpe Deus como uma força amorfa pelos seus fracassos dizendo que foi sua vontade.
Deus está em você, Deus age através de você quando você se permite elevar sobre as vontades pequenas do seu ego, quando você consegue abrir a mente e se deixar conduzir por uma força maior se distanciando dos seus condicionamentos.
Deus é uma força positiva e cheia de amor que supre todas as necessidades humanas, mas que não os priva dos aprendizados.
Porém escolher sofrer ou aprender com as vicissitudes da vida depende de você.
Não foi Deus quem criou os desafios para você enfrentar.
Foi você que gerou a necessidade de passar por eles.
Gere agora uma conexão mais amorosa e tranqüila e observe os frutos que em breve virão.

Mensagem de Sananda
foto: fim de tarde no Lami

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Homenagem à D. Nidya


Ontem à noite partiu a fundadora do centro espírita em que trabalh0. Não tenho palavras para expressar o significado dessa perda. Mas fica aqui minha homenagem e minhas saudades da grande mulher que foi D. Nidya.




Perder alguém querido


Não há palavras para expressá-la. Não há livro que a descreva. Por isso, o melhor jeito de consolar é falar pouco, orar junto, sentir junto e estar presente, cada um do jeito que sabe.


Palavras não explicam a morte de alguém querido. Sabem disso o pai, a mãe, os filhos, os irmãos, o namorado e a namorada, o marido e a mulher, amigos de verdade.


Quando o outro morre, parte do mistério da vida vai com ele. A parte que fica torna-se ainda mais intrigante.


Descobrimos a relação profunda entre a vida e a morte quando alguém que era a razão, ou uma das razões, de nossa vida vai-se embora.


Para onde? Para quem? Está me ouvindo? A gente vai se ver novo? Como será o reencontro? Acabou-se para sempre, ou ela apenas foi antes? Por que agora? Por que desse jeito?


As perguntas insistem em aparecer e as respostas não aparecem claras. Dói, dói, dói e dói...


Então a gente tenta assimilar o que não se explica. Cada um do jeito que sabe. Há o que bebe, o que fuma, o que grita, o que abandona tudo, o que agride, o que chora silencioso num canto,
o que chama Deus para uma briga, o que mergulha no fatalismo e o que, mesmo sem entender ou crer, aposta na fé.


Um dia nos veremos de novo... enquanto este dia não chegar, entes que eu amo sei que me ouvem e oram por mim, lá, junto de Deus. Para eles a vida tem, agora, uma outra dimensão. Alcançou o definitivo. Quem fica perguntando e sofrendo somos nós. Mas como a vida é um riacho que logicamente deságua, a nossa vez também chegará e, quando isso acontecer, então não haverá mais lágrimas. As que aqui ficaram chorando terão a sua explicação. Por enquanto, fica apenas o mistério.
...
A vida é uma só: começa aqui no tempo e continua, depois, na ausência de tempo e de limite. Alguém a quem amamos se tornou eterno. E essa pessoa já sabe quem e como Deus é. E também sabe o porquê de sua partida. Por isso, convém falar com ela e mandar recados a Deus por meio dela. Se ela está no céu, então alguém, além de Deus, de Jesus e dos santos, se importa conosco.


Definitivamente, não estamos sozinhos, por mais que doa a solidão de havê-la perdido. Mas é apenas por pouco tempo. Quem amou aqui, sem dúvida, se reencontra no infinito...


Pe. Zezinho

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Achadamente apaixonado



Era todo um bailado de pássaros
em cores amanhecendo ao teu lado
em constantes carinhos
entardecendo nos sonhos que nos fizeram perfeitos um para o outro,
em puros e perdidos encontros de delícias e ternuras,
deslizando em sabores de vinhos tintos secos
em corpos molhados de suor dos nossos prazeres.


Nada se perdia tudo se transformava como parte do universo!


Nossos olhares sempre se encontravam em beijos e falas mansas,
no exagero de tantos sussurros que acreditei ser apenas nossos,
e no que te acolhia em meus segredos e recatos
tinha-te mais amiga e companheira,
sem perceber o teu trair.
Ao encontrar-te em perdidas contradições,
ainda assim, te amei por ódio.
E no impulso de tanta paixão
me encontrei num descompassado pensar.


Como em toda ação, existiu outra igual e contrária, por lei da natureza.


Ao tirar tua máscara engaiolei os versos que te continha
no vendaval de tantas surpresas da tua cruel infidelidade.
Ainda que podadas as promessas de tantos poemas,
brotam ainda como galhos e novos pássaros em cores
todas as poesias que me fazem reencontrar apenas em mim,
o mesmo amante que sempre sou...
um achadamente apaixonado.
Jaak Bosmans