Quem age de modo autodestrutivo
pode estar carente
“Quando uma pessoa estiver agindo
de modo autodestrutivo, em conflito, é preciso descobrir de que tipo de Carícia
ela está precisando.” Na sua luta diária
pela sobrevivência, parece que é impossível viver bem com as pessoas que você
ama. Ninguém dá atenção a ninguém.
Ninguém mais diz: “Puxa, como
você é importante para mim”. E é aí que começam as carências, começam os
conflitos.
No início de meu treinamento em
Análise Transacional, tive a honra de aprender com um dos maiores especialistas
da área: Cecílio Khermam. Certa vez, ele disse uma frase que ficou para sempre
em minha memória: “Quando você não estiver entendendo o que está acontecendo
com alguém, pense em termos de Carícias”. Assim:
• Um adolescente pode usar drogas
como forma de dizer aos pais: “Preciso de sua atenção”.
• Uma jovem tem atos de rebeldia
por talvez estar precisando de alguém que lhe diga: “Você é muito inteligente”.
• Um universitário que vive
estressado para tirar a nota máxima pode estar sofrendo da necessidade de que
alguém lhe fale: “Eu amo você independentemente da nota que você tirar”.
• Um chefe que para de falar com
o subordinado pode estar dizendo: “Eu me sinto desvalorizado porque você está
sempre atrasado”.
• Um funcionário exemplar que
começa a atrasar pode estar dizendo: “Eu não me sinto importante aqui”.
• Uma pessoa que se tranca no
quarto para ficar horas na internet pode estar totalmente incapaz de criar um
vínculo afetivo pessoal.
• Um pessoa casada que busca sexo
virtual em sites de relacionamento pode estar procurando a satisfação que não
encontra em casa.
• Uma mulher linda que começa a
ficar desleixada pode estar precisando ser vista como competente.
• Um marido que perde o desejo
pela esposa pode estar dizendo que não se sente mais amado.
• Uma mãe com crise de alergia
sem uma causa aparente pode estar dizendo que sente falta de carinho.
Quando alguém, em qualquer lugar,
tiver um comportamento que não faz parte do seu jeito de ser, pode estar
falando bem alto: “Preciso me sentir importante para você!”. Se fala alto e não
é ouvido, começa a gritar. Se não recebe nada em troca, fica afônico. Tudo isso
para chamar a atenção e pedir a sua atenção e o seu reconhecimento.
O corpo perde o viço, o olhar
perde o brilho. A pessoa não consegue se sentir importante para quem ama ou
quem considera importante e admira.
Quando uma pessoa estiver agindo
de modo autodestrutivo, em conflito, é preciso descobrir de que tipo de Carícia
ela está precisando.
A Carícia certa para ela será a
sua Carícia Essencial.
Descobrir e dar a Carícia
Essencial de que esse indivíduo precisa é a melhor maneira de esvaziar o
comportamento distorcido dele, fazer com que ele volte ao eixo. E, sem dúvida,
é a melhor maneira de ajudá-lo.
Essa orientação do meu professor
me ajudou demais a ajudar muita gente. Vejo que neste mundo de cobranças
desumanas as pessoas precisam, mais do que nunca, se sentir importantes e reconhecidas
naquilo que fazem de melhor.
Quando esses sintomas aparecem, é
hora de você agir, de sair do próprio umbigo e olhar para o outro com
generosidade, e descobrir como você pode ajudá-lo a ser feliz.
Neste mundo, está fácil dar todo
tipo de presente, do eletrônico que o filho pede a rosas para a mulher que se
quer conquistar. O que não se encontra facilmente é alguém que nos ajude a nos
sentirmos especiais.
E você pode ser essa pessoa na
sua família, no seu trabalho, na sua roda de amigos. Você pode fazer a
diferença e viver bem com aqueles que ama, com as pessoas que são realmente
importantes para você.
Roberto Shinyashiki
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