quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Você é seu remédio


Viver sem amor, compaixão ou qualquer outro valor
 espiritual cria um estado de desequilíbrio tão
 grave que todas as células anseiam por
 corrigi-lo. Em última análise, é
 isso que existe por trás
 do início da
 doença.

Dr. Deepak Chopra

            Você tem experimentado raiva, frustração, pavor, ressentimento, culpa e autodesprezo. Tem experimentado os reflexos físicos desses sentimentos negativos que intoxicam seu corpo espiritual e descem para os níveis físicos em formas de doenças das mais variadas espécies.

            Chegou a hora de você experimentar o amor como o elixir capaz de restaurar a saúde espiritual. Chegou a hora de você inverter a polaridade negativa que se estabeleceu em sua vida por conta das escolhas que tem feito até agora. Mude o botão da sintonia. 

            O amor não é material, é sentimento que se converte na mais poderosa energia de vida. Sentimos amor todas as vezes que manifestamos compaixão, doação, bondade, perdão, alegria e paz. E quando exprimimos amor, todo o nosso cosmo orgânico vibra na sua mais alta frequência, afastando a doença e restabelecendo a saúde e o bem-estar. 

            Se você procura o Médico Jesus, convença-se de que Ele não tem outra receita a lhe dar. Jesus não quer apenas tratá-lo, remediar suas dores para que você continue a ser a mesma pessoa que era antes de adoecer. O Médico Jesus deseja, sim, curá-lo para que você experimente uma vida muito mais feliz e compensadora.

            Creia que você mesmo é o seu remédio ou seu próprio veneno, você mesmo é o seu bem ou o seu mal. Quem se permitiu adoecer tem todo o poder para neutralizar a doença.

            A cura é o processo do regressar ao seu estado natural, à sua essência divina, na qual o amor e a alegria representem seu jeito saudável de viver. È como um regressar à infância.   

            O Médio Jesus recomenda sessões permanentes de fisioterapia espiritual mediante a assimilação do “Brilhe a Vossa Luz”. Creia que você é luz de Deus, criatura dotada de todos os recursos necessários a uma vida feliz e saudável. A doença surgiu porque em algum momento a sua luz deixou de brilhar e a negatividade escureceu seu caminho.

A enfermidade é um quarto escuro. Ponha a mão no interruptor da positividade, da esperança, da fé em si mesmo e da fé em Deus, recupere seu entusiasmo pela vida e assim, logo mais, a luz da saúde brilhará para você. Essa luz já existe em você, já lhe pertence por herança divina. Vamos, então, acendê-la?
  
TRECHO DO LIVRO “O MÉDICO JESUS”  -  JOSÉ CARLOS DE LUCCA

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Cinco tipos de apego


1. Apego ao ego: está relacionado a idéias e pensamentos fixos. Pessoas apegadas ao ego são menos compreensíveis e mais preconceituosas. Na vida cotidiana, estamos sempre pensando em termos
de "meu espaço", "meu tempo", "meu trabalho", "meus pertences", "meus amigos", minha família, meu status, meu sucesso, meu amor….Quando trabalhamos o apego, permitimos que os outros realmente possam se tornar mais próximos de nós.

2. Apego à opiniões estreitas: Acontece quando a pessoa é cabeça dura e insiste em idéias errôneas sobre si mesmo ou sobre os outros. Notamos isso, por exemplo, quando os pais exigem que seus filhos sejam como eles querem, projetando neles as próprias realizações.

3. Apego ao princípio do prazer: Quando a pessoa é dependente de drogas, bebidas, jogos, chocolate, gula e sexo em demasia, estão apegadas ao princípio do prazer. No entanto, notamos também, pessoas apegadas ao principio da dor.

4. Apego ao princípio da dor: EX: Mulheres que costumam apanhar do marido, mas que justificam, dizendo que eles são trabalhadores e que não deixam faltar nada em casa!

5. Apego à visão limitada: Ocorre quando a pessoa não consegue enxergar além de seu próprio nariz! Tem dificuldade em enxergar as necessidades, e os sentimentos alheios. Vivendo egoisticamente em seu mundo fechado.

Constata-se também que o apego não ocorre apenas a nível de pessoas ou objetos….também ocorre com os sentimentos, especialmente, os negativos, como: mágoas, rancores, ressentimentos e decepções com os outros. Algumas pessoas podem perder até anos de suas vidas, cultivando esse apego aprisionante, que em nada acrescenta".

Glaucia Moderno

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Tristeza


Quando triste, fique realmente triste, mergulhe na sua tristeza.

O que mais você pode fazer quando estiver triste? A tristeza é necessária. Ela é muito relaxante,uma noite escura que o envolve. Adormeça com ela, aceite-a e perceberá que, no momento em que aceita a tristeza, ela começa a ficar bela.
A tristeza é feia porque a rejeitamos; em si mesma, não é feia. Uma vez aceita, você perceberá quanto ela é bela, quanto é relaxante, calma, serena, silenciosa. Ela tem algo a dar que a felicidade nunca poderá dar. Escute o que a tristeza quer lhe dizer.
A tristeza dá profundidade, a felicidade dá elevação. A tristeza dá raízes, a felicidade dá ramos. A felicidade é como uma árvore dirigindo-se ao céu, e a tristeza é como as raízes dirigindo-se ao útero da terra. Ambas são necessárias, e quanto mais alto a árvore, maiores serão suas raízes. Na verdade, sempre há uma proporção. Esse é o seu equilíbrio.

Você não pode trazer o equilíbrio. O equilíbrio que você traz não tem utilidade, será forçado. O equilíbrio vem espontaneamente; ele já existe.

Na verdade, quando você está feliz, você fica tão extasiado que se torna cansativo. Você já percebeu? O coração imediatamente se move para outra direção, ele lhe dá um repouso. Você o sente como tristeza. Ela está dando um repouso a você, porque você estava ficando muito excitado. Ela é medicinal, terapêutica. É como quando você trabalha duro durante o dia e, ànoite, cai profundamente no sono. Pela manhã, você estará novamente rejuvenescido. Após a tristeza, você ficará novamente rejuvenescido, pronto para ficar excitado e feliz novamente.

Osho

sábado, 15 de setembro de 2012

Dez lições que ninguém nunca ouviu, mas deveria ouvir!


"Primeira: Você é extraordinário.

Segunda: Sempre vai ter alguém que vai te surpreender, sem você notar.

Terceira: Você pode e deve sofrer e se sentir a pior pessoa do mundo. Te darei 15 minutos para isso. Não mais.

Quarta: Nada resiste a uma boa música. Aumente o volume!

Quinta: Abra a janela, respire o ar, tampe os ouvidos e grite o mais alto que puder.

Sexta: Dance sozinho balançando uma das mãos para cima.

Sétima: Abrace, e nunca canse de dizer te amo a quem merece muito mais que isso.

Oitava: Nenhum fracasso é pequeno, eles são grandes. Sorria, agora você tem a chance de dar a volta por cima.

Nona: Não sei que horas, nem dia são hoje. Mas, você está vivo. E não há nada que você queira fazer, que não possa ser feito.

Décima: Deus está com você, e isso é o mais importante.


Luis Fernando Veríssimo

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Como se fosse o último


Quem dera eu aprendesse a viver cada dia como se fosse o último. O último para dizer “obrigada”. O último para dizer “me desculpa”. O último para dizer “eu te amo”. O último para abraçar cada pessoa amada com aquele abraço bom que faz um coração cantar para o outro. O último para apreciar a vida com o entusiasmo que não guarda nenhuma delícia nem ternura pra depois. O último para fazer as pazes. Para desfazer enganos. Para saborear com calma, como se me servissem um banquete, a preciosidade genuína que cada único respiro humano representa.

Quem dera eu aprendesse a viver cada dia como se fosse o último. O último pra esquecer tolices. O último para ignorar o que, no fim das contas, não tem a menor importância. O último para rir até o coração dançar. O último para chorar toda dor que não transbordou e virou nódoa no tecido da vida. O último para aprontar todas as artes que a emoção quiser. O último para ser útil em toda circunstância que me for possível. O último para não deixar o tempo escoar inutilmente entre os dedos das horas.

Quem dera eu aprendesse a viver cada dia como se fosse o último. O último para me maravilhar diante de cada expressão da natureza com o olhar demorado de quem olha pela primeira vez. O último para ouvir aquela música que acende sóis por toda a extensão da minha alma. O último para ler, de novo, o poema que diz tanto de mim que eu me sinto caber nos olhos do poeta que o escreveu. O último para desembaraçar os fios emaranhados dos medos que me acompanham.

Quem dera eu aprendesse a viver cada dia como se fosse o último. Eu não perderia uma chance para me presentear com os agrados que me nutrem. Eu criaria mais oportunidades para dizer o meu amor. Para expressar a minha admiração. Para destacar para cada pessoa a beleza singular que ela tem. Para compartilhar. Eu não adiaria delicadezas. Não pouparia compreensão. Não desperdiçaria energia com perigos imaginários e com uma série de bobagens que só me afastam da vida.

Quem dera eu aprendesse a viver cada dia como se fosse o último, porque pode ser.

Ana Jácomo

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O mundo do meio


Todo tipo de coisas me desviam para longe de minha ciência à qual eu acreditava estar dedicado firmemente. Através dela, queria servir à humanidade, e agora, minha alma, tu me levas para essas coisas novas. 

Sim, o mundo do meio, intransitável, multiplamente cintilante. Esqueci que cheguei a um mundo novo, que antes me era estranho. 

Não vejo caminho nem trilha. Aqui deverá tornar-se verdade o que acreditei sobre a alma, que ela sabia melhor seu próprio caminho e que nenhum desígnio lhe poderia prescrever um caminho melhor. 

Sinto que é tirado um grande pedaço da ciência. Deve estar certo, por amor à alma e por amor à sua vida. Dolorosa é apenas a idéia de que isto só aconteceu para mim e que talvez ninguém consiga tirar alguma luz daquilo que eu produzo. Mas minha alma exige esta produção.

Devo poder dizê-lo também só para mim sem esperança—por amor a Deus. Deveras um caminho duro. Contudo, aqueles eremitas dos primeiros séculos cristãos—o que faziam de diferente? 

E eram, por acaso,as piores e mais imprestáveis pessoas que viviam naqueles tempos? De modo nenhum, pois eram aqueles que tiravam a mais inexorável conseqüência da necessidade psicológica de seu tempo. 

Eles deixavam mulher e filhos, riqueza, fama, ciência—e se dirigiam ao deserto—por amor a Deus. Assim seja.

Carl Gustav Jung

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Descompasso


"Depois que virei gente grande, descobri, com lucidez embaraçosa, que alguns amores se afastam do nosso alcance igualzinho ao que acontecia com aqueles balões que vi se distanciarem cada vez mais, cada vez mais, cada vez mais. No início, a gente caminha todo prosa, um pé de vida florido, pontinha do sonho amarrada ao pedaço de linha que se chama esperança. Planos de jardim com girassóis, filho contente, cachorro, horta, rede na varanda, e aquela mão segurando a nossa, estrada afora. De repente, começa a ventar o vento que tira os sonhos do lugar, que faz o fio da linha se desprender do dedo, que recolhe a ponte e deixa o abismo. Um vento soprado pela desatenção, o descuido letal para os balões e os amores.
Há um momento sem sol em que a gente percebe que o amor anoiteceu. O coração enxovalhado, ferido, está exaurido pela aflição de tanto esticar-se para tentar alcançar o fio da linha que se soltou e amarrá-lo de novo na pontinha dos sonhos. No fundo, ele sabe que não o alcançará: voa longe demais da possibilidade de alcance. Se ainda insiste, buscando impulso para pulos cansados, é porque aquele amor, exatamente aquele, ainda é tudo o que ele mais deseja. Porque não sabe onde colocará as mãos, o encanto, o olhar, depois daquele instante. Porque não lhe importa que outro amor venha ao seu encontro. É aquele, aquele lá, que ainda o descompassa.”

Ana Jácomo

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Como lidar com seu sabotador interno



A sombra só é ameaça quando não é
 reconhecida. Só pode ser prejudicial quando
negligenciamos identifica-la com atenção,
respeito e afabilidade.”
                                                                                Ermance Dufaux

            Repito duas vezes, em voz alta, essas frases: “NINGUÉM, MAS NINGUÉM MESMO, PODE TIRAR MINHA PAZ E MEU EQUILÍBRIO! EU ADORO MINHA VIDA! EU ME AMO ABUNDANTEMENTE! EU TENHO PLENA FÉ NO DEUS NOSSO PAI!”
            Observe que depois de dizer isso, bate por dentro uma sensação de que isso é mentira e que esses conceitos não são aplicáveis ou verdadeiros.
            Sabe quem faz você pensar dessa forma? É o seu sabotador interno!
            Chamamos assim todas aquelas programações mentais que conspiram contra nosso equilíbrio e nossa paz interior.
            Esses sabotadores se escondem em hábitos, modos de pensar e comportar e, sobretudo, na forma de sentir. A raiz dessas estruturas mentais também pode ser chamada de crenças. São as crenças que determinam como vemos ou sentimos a nossa vida.
            Existe uma crença que é muito antiga na vida mental de muitas pessoas: é a crença do desvalor pessoal que nos envolve em uma energia de inferioridade e incapacidade de se proteger perante a vida. Ela responde pela baixa autoestima, pela sensação de abandono e incapacidade que costumamos experimentar.
            Talvez possamos mesmo afirmar que esse é o maior inimigo que temos em nossas vidas, porque anda conosco o tempo todo. Está presente em cada acontecimento, em todos os lugares, causando um doloroso nível de estresse por meio de conflitos e sentimentos de insegurança ante os desafios da vida.
            Saber lidar com esse sabotador interno é assunto para um livro, mas vamos anotar algumas reflexões nesse artigo no intuito de colaborar com medidas práticas na educação desses processos interiores.
            Para vencer seu sabotador interno, temos alguns passos:
1- Saber da existência dele. Muita gente nem sabe que tem esse inimigo interno.
2- O que primeiro você precisa identificar são as crenças que ele usa como base para erguer as suas artimanhas. Isso pode, em alguns casos, exigir ajuda especializada para ser descoberto.
3- Aprender como ele age dentro de você usando essas crenças. Habitualmente, ele se utiliza de cinco sentimentos para isso: medo, culpa, mágoa, orgulho e tristeza.
4- As situações mais típicas de quem cai em suas garras são: nível alto de cobrança, crítica de desvalorização, preocupação excessiva, sensação de frustração por não conseguir controlar fatos e pessoas, ansiedade e angústia.
5- O sabotador interno não suporta ser olhado nos olhos, ou seja, é a única forma de você superá-lo. Conversar com ele, dizer a ele que agora você está no comando. Que agradece pelas suas investidas, mas quem escolhe é você. Essa atitude de meditação é a solução para adquirir consciência e domínio sobre suas movimentações. Claro que isso é um treino e não vai ser conseguido com uma ou duas tentativas.
            De alguma forma, fazer contato com nossos sabotadores internos pode ser trabalhoso no início, mas há de trazer inúmeros benefícios na construção de uma relação mais pacífica e amigável conosco mesmo. Não há como nos amar sem travar contato com esse aspecto sombrio de nossa vida mental. Somente conhecendo bem esse terreno do inconsciente, podemos transformá-lo em forças positivas e poderosas em favor do nosso bem-estar emocional.
            No meu trabalho profissional, em alguns casos, com alguns clientes, chegamos a dar nome a esse sabotador no intuito de começar um relacionamento paciente e educativo. Isso funciona.
            Quando deixamos de domar as nossas inclinações, abdicamos de fazer luz no caminho. Essa a razão pela qual, o quanto antes, é recomendável uma amizade com nossos sabotadores que, em última análise, na verdade nos convocam a novas posturas perante a vida, o nosso próximo e nós próprios.
            Como diz Ermance Dufaux: “A sombra só é ameaça quando não é reconhecida. Só pode ser prejudicial quando negligenciamos identificá-la com atenção, respeito e afabilidade.”

REVISTA CRISTÃ DE ESPIRITISMO  -  POR WANDERLEY OLIVEIRA

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O espetáculo da vida


Que você seja um grande empreendedor. Quando empreender, não tenha medo de falhar. Quando falhar, não tenha receio de chorar. Quando chorar, repense a sua vida, mas não recue. Dê sempre uma nova chance para si mesmo.

Encontre um oásis em seu deserto. Os perdedores vêem os raios. Os vencedores vêem a chuva e a oportunidade de cultivar. Os perdedores paralisam-se diante das perdas e dos fracassos. Os vencedores começam tudo de novo.

Saiba que o maior carrasco do ser humano é ele mesmo. Não seja escravo dos seus pensamentos negativos. Liberte-se da pior prisão do mundo: o cárcere da emoção. O destino raramente é inevitável, mas sim uma escolha. Escolha ser um ser humano consciente, livre e inteligente.

Sua vida é mais importante do que todo o ouro do mundo. Mais bela que as estrelas: obra-prima do Autor da vida. Apesar dos seus defeitos, você não é um número na multidão. Ninguém é igual a você no palco da vida. Você é um ser humano insubstituível.
Jamais desista das pessoas que ama. Jamais desista de ser feliz. Lute sempre pelos seus sonhos. Seja profundamente apaixonado pela vida. Pois a vida é um espetáculo imperdível.

Augusto Cury

sábado, 8 de setembro de 2012

Ana Jácomo


(foto Brian Ernst)
Vamos combinar que muitas vezes não há segredo algum, inimigo algum, interrogação alguma, nenhuma entidade obsessora além da nossa autosabotagem. A gente sabe que esticar a corda costuma encolher o coração, mas a gente estica. A gente sabe que nos trechos de inverno é necessário se agasalhar, mas a gente se expõe à friagem. A gente sabe que não pode mudar ninguém, que só podemos promover mudanças na nossa própria vida, mas a gente age como se esquecesse completamente dessa percepção tão sincera. A gente lembra os lugares de dor mais aguda onde já esteve e como foi difícil sair deles, mas, diante de circunstâncias de cheiro familiar, a gente teima em não aceitar o óbvio, em não se render ao fluxo, em não respeitar o próprio cansaço.
Eu pensava em todas essas armadilhas enquanto caminhava na Lagoa, um dia de céu de cara amarrada, um tiquinho de sol muito lá longe, tudo bem parecido comigo naquela manhã. Eu me perguntei por que quando mais precisamos de nós mesmos, geralmente mais nos faltamos. Que estranha escolha é essa que faz a gente alimentar os abismos quando mais precisa valorizar as próprias asas. Como conseguimos gostar tanto dos outros e tão pouco de nós. Eu me perguntei quando, depois de tanto tempo na escola, eu realmente conseguirei aprender, na prática, que o amor começa em casa. Por que, tantas vezes, quando estou mais perto de mim, mais eu me afasto. Eu me perguntei se viver precisa, de fato, ser tão trabalhoso assim ou se é a gente que complica, e muito. Como conseguimos ser tão vulneráveis, ao mesmo tempo que tão fortes. Somos humanos, é claro, mas ser humano é ser divino também.
Eu não tenho muitas respostas e as que tenho são impermanentes, como os invernos, os dias de céu de cara amarrada, os lugares de dor, os abismos todos, o bom uso das asas, os fios desencapados, as medidas e as desmedidas. Tudo passa, o que queremos e o que não queremos que passe, a tristeza e o alívio coabitam no espaço desta certeza. Eu não tenho muitas respostas.O que eu tenho é fé. A lembrança de que as perguntas mudam. Um modo de acreditar que os tiquinhos de sol possam sorrir o suficiente para desarmar a sisudez nublada de alguns céus. E uma vontade bonita, toda minha, de crescer.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Oração para a cura interior


Jesus, eu lhe peço que entre em meu coração e toque aquelas experiências de vida que precisam ser curadas.
Você me conhece muito melhor que eu mesmo me conheço. Derrame então o seu amor por todos os cantinhos do meu coração.
Onde quer que encontre a criança ferida, toque-a, console-a, liberte-a.
Retroceda na minha vida até o momento mesmo em que fui concebido.
Limpe-me e liberte-me de tudo aquilo que possa ter exercido uma influência negativa naquele momento.
Abençoa-me enquanto eu estava sendo formado no ventre de minha mãe e remova todos os empecilhos para a integridade que me possam ter afetado durante aqueles meses de confinamento.

Conceda-me o profundo desejo de querer nascer e cure todos os traumas físicos ou emocionais que me possam ter prejudicado durante o parto.
Obrigado Senhor, por ter estado lá para me receber em seus braços no momento em que nasci, para me acolher na Terra e me assegurar de que nunca deixaria de me ajudar e nem me abandonaria.

Jesus, eu lhe peço que envolva minha infância com a sua luz e toque aquelas memórias que me impedem de ser livre.
Se o que me falta mais é o amor de mãe, envie-me a sua Mãe Maria, para suprir a minha carência.
Peça-lhe que me abrace, me embale, me conte estórias e me dê o conforto e o calor que me faltam, e que só quem é mãe pode dar. Talvez a criança dentro de mim se sinta carente do amor de pai. Senhor, deixe-me ser livre para eu poder chamá-lo de Abba, Papai com todo meu ser.
Se me faltou o amor de pai e a segurança de ter sido desejado, profundamente amado, peço-lhe que me abrace, me deixe sentir seus braços fortes e protetores.

Renove em mim a confiança e a coragem para enfrentar as dificuldades da vida, porque sei que seu amor de pai virá em meu auxílio se eu tropeçar e cair.
Percorra minha vida, Senhor, conforte-me quando as pessoas não foram bondosas comigo.
Cure as feridas dos encontros que me deixaram assustado, que me levaram a me fechar em mim mesmo e levantar barreiras entre mim e os outros.
Se me sentir só, abandonado e rejeitado pela humanidade, conceda-me, mediante o seu amor regenerador, uma nova consciência de meu valor como pessoa.

Jesus, eu me entrego totalmente a você, corpo, mente e espírito.
E lhe agradeço por me restaurar a integridade.

Obrigado, Senhor!

(Recebido de Eleonôra Rodrigues)

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Tem dia...


Tem dia em que eu acordo e, de verdade, pouco importam as minhas dificuldades, sejam elas até já desgastadas pelo tempo, sejam elas viçosas, recentemente inauguradas, tudo me parece perfeito. Tudo é como pode ser agora, eu estou onde consigo estar, o tempo das coisas é o tempo das coisas, e isso vale também para cada pessoa que compartilha a sala de aula comigo.

Tem dia em que eu acordo e faço contato com uma gentileza tão linda que desconhece essa história de acertos e erros, sejam meus ou alheios, viver é trabalhoso e todo mundo se atrapalha, de um jeito ou de outros. Toda gente só precisa de consciência, cura e amor. Toda gente só quer ser feliz. Não há motivo para pressa e também não há estagnação, eu permito que a vida possa simplesmente fluir, sem tentar, em vão, amarrar ou alterar o jeito de dizer das suas ondas.

Este sentimento pode durar poucos quarteirões do dia, um monte deles, até mesmo só alguns centímetros de passo, enquanto dura é absoluto. E eu me sinto feliz e grata por tudo, vejo amor, mestria, chance de aprendizado, em cada ínfima coisa que me acontece. Ainda que chova, e às vezes chove muito, a memória da ternura luminosa e imutável do sol faz eu lembrar da natureza preciosa da vida. O sol não vai a lugar nenhum, ele fica exatamente onde está, mas a nuvem, a chuva, sempre passam.

Tem dia em que eu acordo lindeza e coloco bobagem pra dormir porque a nítida prioridade é a harmonia do meu coração, o contentamento natural capaz de me nutrir, proteger e me ajudar a seguir. Este sentimento pode durar poucos quarteirões do dia, um monte deles, até mesmo só alguns centímetros de passo, enquanto dura é lembrança da realidade divina perene que é sol por trás da temporária nuvem, da temporária chuva, que possam molhar os olhos da personagem. Enquanto dura é alegria e descanso e eu lembro do que, de verdade, me importa.

Ana Jácomo

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Perceba...



Que toda vez que uma adversidade surge e você acredita que será impossível superá-la, sente-se cansado e desanimado...
Que quando algo não sai como planejou, a revolta sorrateiramente busca se instalar e você abandona a paciência em qualquer canto...
Que quando você sofre uma derrota, sente-se completamente abandonado e passa a questionar a Providência Divina...
Que quando o físico enfraquece, a resignação e a esperança começam a desaparecer e seus pensamentos se tornam tristes...
Que quando um ente querido encontra-se em dificuldades, a aflição toma conta de seus passos e você pensa que o Pai não ouve suas súplicas...
Que quando uma profunda dor lhe fere, você fica sem chão e passa a questionar se realmente vale a pena perseverar...
Que quando deixa de sintonizar-se com o Alto, torna-se mais frágil e como os ataques chegam de todos os lados...
Que quando discussões são frequentes, você sente-se sufocado e como se nuvens pairassem pela sua cabeça...
E que quando a vida é atingida por tempestades, você muitas vezes perde a sua fé, sentindo-se completamente desamparado.

Perceba... Perceba que cada vez que permite que sua confiança seja sufocada por sentimentos negativos e pensamentos tristes, afasta-se da Luz Divina.
É preciso passar pelas provas, sejam elas quais forem! Derramando lágrimas se necessário, mas nunca abandonando a confiança de que a prova não será eterna, nem as lágrimas...
Se mantivermos a chama da confiança acesa, ela nos guiará, estejamos onde estivermos!
Agora se no momento da tormenta nos entregarmos ao pessimismo, nosso alicerce espiritual será abalado e não seremos capazes de perceber o auxílio que vem em nossa direção.
Aquele que diante da tempestade mantém a cabeça erguida, enxerga entre as nuvens a luz da sua salvação. Mas o que prefere olhar para baixo, jamais vencerá as trevas.
Aconteça o que acontecer não deixe de acreditar na Força Maior que o envolverá.
Caminha, talvez com dificuldade ou vacilante, mas não deixa de caminhar!
Porque caminha com Alguém ao lado, sempre a lhe sustentar.
Faz a sua parte, evitando que as nuvens do pessimismo lhe envolvam e fazendo do sofrimento a sua eterna prisão.
Vamos! Não se renda às amarguras nem retarda seu crescimento espiritual.
Mantém a confiança e perceba como o caminho se modifica.
Algumas situações serão delicadas, mas mesmo assim, mantém sua confiança no Alto. Nada ocorre por acaso e se no agora não consegue compreender, desperta a confiança e segue, o Pai sempre sabe o que faz!

Não fica apenas a olhar para trás, busca o novo, refaz seu trajeto, rescreve sua história e prossegue, há muito ainda a ser feito!
Quando a escuridão lhe envolver, ao invés de medo, busca novamente pela confiança porque ela é e jamais deixará de ser a luz a iluminar seu caminho.
E perceba que toda vez que mantivê-la acesa, poderá estar no meio de inúmeros desafios, mas sua paz íntima não lhe será tirada.
Porque com confiança está ligado à Providência Divina e Esta lhe banhará com a paz.

Confia! E perceba que sempre que abrir sua alma e buscar o amparo dos céus, também não ficará sem resposta.
E se ainda não se sente em condições de decifrar essas respostas, prossegue, porque com o tempo, compreenderá... Confia!
A Luz habita dentro de ti e é chegada a hora de despertá-la.
E desperta, a luz a tudo iluminará, fazendo com que seus passos estejam diante de novos horizontes e as trevas, ah, as trevas fiquem para trás...
Confiança... Perseverança...Sintonia com o Alto: novo cenário surge!
Perceba...

Sonia Carvalho

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Aprendizado de uma vida

A vida é um aprendizado!

As pessoas com quem nos relacionamos - seja no trabalho, no amor, na família, no dia a dia-, na realidade, são colocadas nos nossos caminhos para aprimorarmos a nossa evolução como seres humanos, como pessoas.
Não existem "coincidências"!
Nascemos numa mesma família, para termos a oportunidade de apararmos as arestas, superarmos desentendimentos, mágoas e ressentimentos com o objetivo de sermos felizes.

Conviver é uma arte!
No decorrer da minha vida, deparei-me com determinadas palavras, sentimentos, que têm me ajudado no meu desenvolvimento pessoal.
São elas: Amor - Perdão - Compreensão - Aceitação - Não Criticar - Não Julgar.

* Amor - amor incondicional. Amar o próximo como a si mesmo.

* Perdão - é perdoando que se é perdoado. 
Quando nos perdoamos e perdoamos o nosso irmão, a nossa consciência se aquieta e nosso coração se enternece. 

* Compreensão - a capacidade de avaliar o sofrimento do nosso irmão - compreensão empática. 
O mais importante é comunicarmos o desejo de compreender. O problema é que procuramos compreender alguém (o outro) - quando na verdade, devemos compreender com... Tentar perceber como ele sente os acontecimentos que se abatem sobre ele. Encarar a situação a partir da perspectiva dele. Imaginar qual seria a situação, caso estivéssemos no lugar dele, e como ele lidaria com o fato. - Compreender com ele. Sentir com ele.

* Aceitação - se aceitar para aceitar o outro. 
Se eu me aceitar nas minhas limitações, com certeza aceitarei as limitações existentes no meu próximo! 
É aceitá-lo, respeitando seus sentimentos, ideias e valores próprios sem querer modificá-lo. 
Aceitar a pessoa como ela é. Não como gostaríamos que ela fosse.

* Não criticar - não falar mal de ninguém.
O ser humano não realizado em si mesmo tem a tendência de falar mal do outro. É preciso ter cautela ao criticar alguém. 
Não se deve criticar a pessoa em si, mas sim, o seu comportamento, as suas atitudes. 
Criticar o nosso irmão em público, seja na frente de amigos ou familiares, jamais! Agindo assim, passamos da crítica para a humilhação. 
A crítica é muitas vezes um espelho. Critico no meu irmão... o que não consigo enxergar em mim mesmo. Vejo no outro... a minha própria imagem! 
Vamos, portanto, antes de criticar alguém, olharmos detalhadamente no espelho, a nossa alma!

* Não julgar - não julgue para não ser julgado.
Primeiro corrija a si mesmo. Não atire a primeira pedra, pois ela poderá voltar-se contra você.

A jornada não é fácil! Vivenciar estes ensinamentos muitas vezes é doloroso!
Tornar-se Pessoa depende da nossa vontade, da nossa perseverança e fé numa vida melhor para nós mesmos, nossa família, nossa comunidade, nosso país, enfim... para a humanidade!

Desejo, que no decorrer da sua vida, você encontre palavras, sentimentos e ensinamentos que o ajudarão a alcançar a "iluminação".
Pois...

A vida é também transformação


Alzirita Travassos