A meu ver para chegarmos a entender e amar os outros é a empatia. A empatia começa quando ouvimos com atenção e compreendemos intuitivamente a originalidade e a especificidade do outro. A empatia só faz uma pergunta: Como você é?
Empatia é entrar na pele do outro, andar com seus sapatos, ver e experienciar a realidade como ela é percebida pelos olhos do outro. No fim, a empatia não dá conselhos, só compreende. “Sim claro entendo”.
Se a essência da empatia é ouvir e viver indiretamente a experiência do outro, o preço de sua empatia é a exigência de você se esquecer temporariamente de si mesmo, dos próprios pensamentos e sentimentos, valores e crenças. Quando empatizo com você, saio do lugar onde estou para estar com você onde quer que esteja.
Carl Rogers sugere que nossa experiência da condição humana envolve muitas vezes sentimentos como os de uma pessoa que caiu num poço fundo e seco. O homem desesperado aprisionado no fundo do poço não tem como subir e por isso fica batendo, batendo, batendo nas paredes do poço.
Finalmente, depois de muito tempo batendo nas paredes do poço, ouve uma batida de resposta do lado de fora. Alguém ouviu! O pobre homem tem uma explosão de alívio e contentamento. “Graças a Deus!
Por fim, alguém sabe que estou aqui.” Rogers diz que, quando alguém realmente nos ouve e mostra compreensão, sentimos a mesma agradecida explosão de alívio. “Graças a Deus! Alguém finalmente sabe quem sou. Alguém finalmente sabe como eu sou!”
Texto transcrito de livro de John Powell
Roberto Machado
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