quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Apenas ouça


Se te peço que me ouças e começas a dar-me conselhos, então não fizestes o que eu queria de ti.

Se te peço que me ouças e começas a dizer-me porque não devo sentir-me assim, então pisas em meus sentimentos.

Se te peço que me ouças e tu tens a impressão que deves fazer algo para solucionar o meu problema, então me deixar-te na mão, por mais estranho que isso possa soar.

Ouça! Só pedi que me ouvisses, não que falasses ou fizesses algo, só que me ouvisses.

...Posso cuidar de mim mesmo. Não estou desamparado, sem forças; talvez desencorajado ou reticente, mas não sem forças.

Se fazes algo por mim que eu mesmo possa ou deva fazer, tu cooperas com o meu medo ou a minha insuficiência.

Mas se tu simplesmente aceitas que eu me sinta assim, não importa quão incompreensível seja, então posso acabar com a tentativa de convencer-te e posso começar a compreender o que está por trás desse sentimento inexplicável.

E quando isto estiver claro então as respostas virão por si mesmas e eu não precisarei de conselhos.

Sentimentos inexplicáveis adquirem sentido quando compreendemos o que se acha por trás deles.

Então por favor, ouça, simplesmente ouça.

E, se quiseres dizer algo, espera um pouquinho, até chegar a tua vez e ouvir-te-ei.

Dr. Ray Houghton – para todos, cujo ofício é a ajuda.


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Genesis


Quero ser o rio e não o que leva a correnteza, pois quero ser a origem e não a conseqüência.
Quero ser o galho que é levado no bico e não o pássaro, pois antes de ser o criador, quero ser a massa de que é feito a criatura.
Quero ser o fruto e não a semente e menos a raiz, pois quero antes de sustentar , antes de procriar, adoçar e alimentar os que serão filhos da terra.
Quero ser o que vai e não o que vem, para antes de ser a esperança no sorriso de quem chega, ser a fé na lágrima de quem parte.
Quero antes de ser múltiplo ser único, para antes de me conformar com a perpetuidade da luta não esquecer de lutar pela sobrevivência.
Quero ser o que me proponho a ser e não o que gostaria de ser,pois assim, ainda me bastará não me tornar o que definitivamente não sou.
Seria fácil querer ser a mão ingênua que sempre perdoa mas reconhecendo não ser santo, prefiro ser o que atira a pedra convicto, pois me sobrará no juízo, depois do veredicto, o papel de ao não ser perfeito, ter sido honesto com meu sentimento de revolta e justiça; e por não ter sido leviano, ter uma nova chance de me tornar melhor.
Quero ser a pergunta e não a resposta, pra nunca perder a sede de aprender e a humildade de reconhecer meu mais absoluto despreparo como ser humano.
Ah! como eu queria amar e ser amado para não sofrer o revés de, ao ser um e não ser outro, morrer por ter um amor pela metade.
Só não quero escolher entre ser o antes e o depois, pois como Deus, não teria esse delicioso e inesgotável prazer de não ter direito a escolha, mesmo a errada, essa que tenho feito nos momentos mais delicados de minha vida mas da qual, não me passa pela cabeça qualquer arrependimento. Ou passa?
Quero ser isso e não aquilo e depois aquilo e não isso para, conhecendo os dois lados da face da moeda, saber o que me caberá quando ela for lançada no espaço e não depois que ela cair no chão.
Quero viver e morrer e renascer de novo para entender que tudo que fiz é conseqüente e que com o tempo me devolverei à origem de tudo, para poder ser parte integrante da célula inteligente, responsável por tudo aquilo que de mim nascerá pelos milênios e milênios que jamais
deixarão de vir.

Claudio Rabello

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Hoje eu chorei

E chorei não porque estava triste ou com dor...
Eu caminhava pelas ruas indo para o serviço.
Os carros rápidos e o vento no cabelo.
Os raios de sol a tentar vencer as nuvens que se formavam.

E de repente começa a tocar uma música:
Hoje eu quero a companhia preciosa do amor,
O velho amor,
Roupa leve e colorida como a aura do amor,
O novo amor
A atmosfera limpa como a essência do amor,
O puro amor
E um pôr de sol dourado(*)


Como que por magia, nesse mesmo instante, o sol começou a brilhar mais forte.
E senti-me envolvida num forte abraço...
Abraço de amor... Amor de Jesus!
Aí ao sentir a presença Amorosa do Mestre, foi muita emoção!
Não resisti e me vi em lágrimas!
Quantos momentos conturbados passamos na vida?
Eis que vem Jesus e nos conforta!

Situações que não sabemos como lidar?
Jesus se aproxima e nos encoraja!
Problemas que tanto nos preocupam?
Jesus nos acalma!
Obstáculos inesperados que nos entristecem?

Jesus ampara e devolve a esperança!
Dias em que acreditamos não ter mais forças para resistir a tantos ataques?
Jesus nos protege!

“Vinde a Mim todos vos que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei!”

Jesus nos ama!

E era esse amor que me levava as lágrimas!
Porque era um amor verdadeiro, único, poderoso, renovador!
O tempo parecia parado, as dificuldades congeladas e as aflições substituídas por uma intensa alegria.

A alegria de Jesus!
Nova atmosfera se formava...
Jesus sempre nos eleva diante das angústias.

Abre portas onde parece só existir abismo.
Chega com sua magnífica luz afastando toda a escuridão.
Eu Sou a Luz do Mundo, aquele que me segue não andarás em trevas.

Era tanta luz... Tanto amor... que como resistir?
A emoção era intensa!

E mais intenso era a força que brotava na alma.
Adversidades? Sim, mas nenhuma capaz de me derrotar.

E mesmo que o chão me receba, a mão de Jesus me levantará!
Jesus orienta meus passos!

Reconhece as minhas agonias não expressadas.
Acalenta-me em seus braços.
Traz o remédio salvador para minha alma em frangalhos.

Não se turbe o vosso coração credes em Deus, crede também em mim
Ah, como o amor de Jesus transforma.
Até a música acompanhava o ritmo...

O universo vai se abrir
Sob o efeito de um olhar
O olhar amoroso de Jesus! 

E os carros continuavam em movimento...
Ainda havia tanta pressa de chegar...
Mas algo se modificara...

Um novo horizonte despontava adiante...
Com Jesus permanecendo a oferecer o seu amor!
Amor que reanima os caídos...

Que socorre os aflitos.
Que leva ânimo aos doentes do corpo, mas principalmente do espírito.
Que conforta as mães em desespero.
Que aproxima adversários...
Que traz esperança aos que perderam entes queridos...
Que fortalece os que diante as tormentas perderam o rumo da sua vida...
Que acalma os que passam por perturbações...
Que equilibra os que vivem em dúvidas.
Que ensina o verdadeiro amor aos obsidiados e obsessores...
Que resgata os com que seus atos impensados adentram profundos abismos...
Que enxuga as lágrimas dos que foram abatidos pelas tristezas e decepções...
Que traz vida aos que já desistiram de viver.
E vida em abundância!
Ah, o amor de Jesus!
Não há tempestade que o destrua.
Nem a morte!

Não importa o quanto erramos, o quanto ainda duvidamos e ofendamos, Jesus permanece a confiar em nossa regeneração.
E a nos oferecer o seu amor!

O amor de Jesus!
O céu repleto de nuvens... mas meus olhos enxergavam a luz... a mais bela das luzes e que nunca se apaga...Jesus!

E eu chorava... Chorava num misto de alegria, paz, mas principalmente porque sentia o amor de Jesus no meu coração.

Jesus esteve ao meu lado nessa manhã...
E continua... Ao lado de todos nós!
Não temas! Eu venci o mundo!
E o amor de Jesus permanece a nos fortalecer!

Sônia Carvalho



terça-feira, 6 de novembro de 2012

Como é sua criança?

A criança em nós se localiza no conjunto de respostas aos acontecimentos dos cinco primeiros anos de nossa vida, que gravamos e guardamos desde então. Uma vez que a maioria das respostas nesta idade se encontra num nível de sentimento, a criança é nosso depósito emocional, a nossa parte onde todas as emoções residem, desde a alegria até o desespero.

As outras pessoas podem estimulá-las, mas não fazer com que elas nasçam em nós. Escute bem a “sua criança” e tente descrever tão vividamente quan
to possível sua emoções predominantes. Estas emoções acumuladas e armazenadas nos seus primeiros cinco anos podem ser reconhecidas através de suas reações emocionais mais consistentes.


Por exemplo, a sua criança se sente rejeitada, solitária, inferiorizada? Algumas vezes ela se mostra alegre, exuberante, criativa, extravagante? Ela gosta de cantar e dançar? Ela é livre o bastante para fazer coisas inofensivas, mas excêntricas? Ela se sente perseguida ou vigiada? Ela tem muita raiva acumulada? Na maioria das vezes, ela se sente segura ou insegura, confortável ou desconfortável?

Texto transcrito de O Segredo do Amor Eterno – John Powell

domingo, 4 de novembro de 2012

Tristeza

Quando triste, fique realmente triste, mergulhe na sua tristeza.

O que mais você pode fazer quando estiver triste? A tristeza é necessária. Ela é muito relaxante,uma noite escura que o envolve. Adormeça com ela, aceite-a e perceberá que, no momento em que aceita a tristeza, ela começa a ficar bela.
A tristeza é feia porque a rejeitamos; em si mesma, não é feia. Uma vez aceita, você perceberá quanto ela é bela, quanto é relaxante, calma, serena, silenciosa. Ela tem algo a dar que a felicidade nunca poderá dar. Escute o que a tristeza quer lhe dizer.
A tristeza dá profundidade, a felicidade dá elevação. A tristeza dá raízes, a felicidade dá ramos. A felicidade é como uma árvore dirigindo-se ao céu, e a tristeza é como as raízes dirigindo-se ao útero da terra. Ambas são necessárias, e quanto mais alto a árvore, maiores serão suas raízes. Na verdade, sempre há uma proporção. Esse é o seu equilíbrio.

Você não pode trazer o equilíbrio. O equilíbrio que você traz não tem utilidade, será forçado. O equilíbrio vem espontaneamente; ele já existe.

Na verdade, quando você está feliz, você fica tão extasiado que se torna cansativo. Você já percebeu? O coração imediatamente se move para outra direção, ele lhe dá um repouso. Você o sente como tristeza. Ela está dando um repouso a você, porque você estava ficando muito excitado. Ela é medicinal, terapêutica. É como quando você trabalha duro durante o dia e, ànoite, cai profundamente no sono. Pela manhã, você estará novamente rejuvenescido. Após a tristeza, você ficará novamente rejuvenescido, pronto para ficar excitado e feliz novamente.

Osho

sábado, 3 de novembro de 2012

Costurando a vida


Sabe, a vida às vezes me dá muito medo.


Fico tentando 'costurar' tudo o que me acontece, todos os dias.

Fico tentando formar uma verdadeira colcha de retalhos. Uma colcha imensa e imaginária. A vida...este amontoado de acontecimentos, que vai passando... passando tão rápido que não tenho como saber se tudo está certo ou errado. As relações mal resolvidas, trincadas. Os abraços não dados. Os 'nãos' que a gente vai espalhando. As "caras de paisagem" que a gente muitas vezes é obrigada a fazer. As aceitações das pessoas e situações em que por vezes temos que 'engolir', pois certos encontros são difíceis de serem digeridos.
Tenho medo das coisas não serem mais simples. Como deveriam ser. Tenho medo da vida passar e muita coisa ficar sem ser dita.
Sem ser feito. Sem ter sido olhado com ternura. Quando se vê, bem de perto, alguém que cruza a vida rumo à morte, a gente sente a imensidão e pequenez desta vida. O que é a vida... senão este vir e ir de pessoas, as descobertas, as paixões, as dores, as
alegrias, ansiedades, lutas. Os silêncios necessários. Ahhhh... e por que tudo não é mais simples. Preto no branco. E na era tecnológica, onde fica a tecla "entender"? Nada e ninguém, poderá nos dizer como costurar esta colcha corretamente. Como bordar os pontos corretos. Avessos perfeitos. Amanhã, talvez, eu aprenda um pouco mais. Amanhã, talvez, eu consiga ser melhor que hoje. Pelo menos tento. E sigo.

Cidinha Araujo

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Sincronia Desfazendo e Refazendo


Desfazer tudo para refazer em melhores condições, desfazer tudo e refazer, refazer desfazendo, desfazer refazendo, refazer, desfazer, refazer, já cansou? Melhor não! Você só se livrará de algo que a força das circunstâncias repetir incessantemente quando aprender a fazê-lo com perfeição.

Essa perfeição é também estética, porém, o foco inicial não seria esse, pois
não se fala aqui de resultados bonitinhos, mas de envolver a mente, o coração e todo o corpo na ação, para que, alinhados, façam circular o Universo inteiro na tarefa, ainda que essa seja tida como banal, de tão corriqueira que parecer.


Observe tudo que se repete para você desfazer, refazer, desfazer, refazer e desfazer novamente para refazer de forma incessante.


É nessas tarefas que se encerra a oportunidade de sua libertação, justamente porque a existência dessas denuncia que sua alma está aprisionada.




Quiroga o  astrólogo

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O pão de Cristo


LEIA EM SILÊNCIO E MEDITE. É MUITO CURTO E VERDADEIRO.

O que se segue é um relato verídico sobre um homem chamado Vitor.
Depois de meses sem encontrar trabalho, viu-se obrigado a recorrer à mendicância para sobreviver, coisa que o entristecia e envergonhava muito.

Numa tarde fria de inverno, encontrava-se nas imediações de um clube social, quando viu chegar um casal.

Víctor lhe pediu algumas moedas para poder comprar algo para comer.

- Sinto muito, amigo, mas não tenho trocado - disse ele.

Sua esposa, ouvindo a conversa perguntou:

- Que queria o pobre homem?

- Dinheiro para comer. Disse que tinha fome - respondeu o marido,

- Lorenzo, não podemos entrar e comer uma comida farta que não necessitamos e deixar um homem faminto aqui fora!

- Hoje em dia há um mendigo em cada esquina! Aposto que quer dinheiro para beber!

- Tenho uns trocados comigo. Vou dar-lhe alguma coisa!

Mesmo de costas para eles, Vitor ouviu tudo que disseram.

Envergonhado, quería afastar-se correndo dalí, mas neste momento ouviu a amável voz da mulher que dizia:

- Aquí tens algumas moedas. Consiga algo de comer, ainda que a situação esteja difícil, não perca a esperança. Em algum lugar existe um trabalho para você. Espero que encontre.

- Obrigado, senhora. Acabo de sentir-me melhor e capaz de começar de novo. A senhora me ajudou a recobrar o ânimo! Jamais esquecerei sua gentileza.

- Você estará comendo o Pão de Cristo! Partilhe-o - disse ela com um largo sorriso dirigido mais a um homem que a um mendigo.

Víctor sentiu como se uma descarga elétrica lhe percorresse o corpo.

Encontrou um lugar barato para se alimentar um pouco. Gastou a metade do que havia ganho e resolveu guardar o que sobrara para o outro dia, comeria 'O Pão de Cristo' dois dias.

Uma vez mais aquela descarga elétrica corria por seu interior. O PÃO DE CRISTO!

- Um momento!, - pensou, não posso guardar o Pão de Cristo somente para mim. Parecia-lhe escutar o eco de um velho hino que tinha aprendido na escola dominical. Neste momento, passou a seu lado um velhinho.

- Quem sabe, este pobre homem tenha fome - pensou - tenho que partilhar o Pão de Cristo.

- Ouça - exclamou Víctor- gostaría de entrar e comer uma boa comida?

O velho se voltou e encarou-o sem acreditar.

- Você fala serio, amigo? O homem não acreditava em tamanha sorte, até que estivesse sentado em uma mesa coberta, com uma toalha e com um belo prato de comida quente na frente.

Durante a ceia, Víctor notou que o homem envolvia um pedaço de pão em sua sacola de papel.

- Está guardando un pouco para amanhã? Perguntou.

- Não, não. É que tem um menininho que conheço onde costumo freqüentar que tem passado mal ultimamente e estava chorando quando o deixei.
Tinha muita fome. Vou levar-lhe este pão.

- O Pão de Cristo! Recordou novamente as palavras da mulher e teve a estranha sensação de que havia um terceiro convidado sentado naquela mesa. Ao longe os sinos da igreja pareciam entoar o velho hino que havia soado antes em sua cabeça.

Os dois homens levaram o pão ao menino faminto que começou a engolí-lo com alegria.

De repente, se deteve e chamou um cachorrinho. Um cachorrinho pequeno e assustado.

- Tome cachorrinho. Te dou a metade - disse o menino. O Pão de Cristo alcançará tambem você.

O pequeno tinha mudado de semblante. Pôs-se de pé e começou a vender o jornal com alegria.

- Até logo!, disse Vitor ao velho. Em algum lugar haverá um emprego.
Não desespere!

- Sabe? - sua voz se tornou em um susurro - Isto que comemos é o Pão de Cristo. Uma senhora me disse quando me deu aquelas moedas para comprá-lo. O futuro nos presenteará com algo muito bom!

Ao se afastar, Vitor reparou o cachorrinho que lhe farejava a perna.
Se agachou para acariciá-lo e descobriu que tinha uma coleira onde estava gravado o nome e endereço de seu dono.

Víctor caminhou um bom pedaço até a casa do dono do cachorro e bateu na porta.

Ao sair e ver que havia sido encontrado seu cachorro, o homem ficou contentíssimo, e logo sua expressão se tornou séria. Estava por repreender Vitor, que certamente lhe havia roubado o cachorro, mas não o fez pois Victor mostrava no rosto um ar e dignidade que o deteve.

Disse então:

- No jornal de ontem, oferecí uma recompensa pelo resgate. Tome!!

Victor olhou o dinheiro meio espantado e disse:

- Não posso aceitar. Somente queria fazer um bem ao cachorrinho.

- Pegue-o! Para mim, o que você fez vale muito mais que isto! Você precisa de um emprego? Venha ao meu escritório amanhã. Faz-me muita falta uma pessoa íntegra como você.

Ao voltar pela avenida aquele velho hino que recordava sua infância, voltou a soar em sua alma. Chamava-se


'PARTE O PÃO DA VIDA', 
'NÃO O CANSEIS DE DAR, MAS NÃO DÊS AS SOBRAS,

DAI COM O CORAÇÃO, MESMO QUE DOA'.

QUE O SENHOR NOS CONCEDA A GRAÇA DE TOMAR NOSSA CRUZ E SEGUÍ-LO, MESMO QUE DOA!

Bem, agora se desejares, reparta com os amigos.

Ajuda-os a repartir e refletir. Eu já o fiz.

ESPERO QUE SIRVA para sua VIDA...

QUE DEUS OS BENDIGA SEMPRE...!!!

Senhor Jesus:'Te amo muito, te necessito para sempre, estás no mais profundo de meu coração, bendize com teu carinho, a minha familia, minha casa, meu emprego, minhas finanças, meus sonhos, meus projetos e meus amigos'.

sábado, 27 de outubro de 2012

Carolina Salcides




Meu pavio é curto, não me acenda, não me atice. Não me venha com tolices, eu explodo, viro bicho, deixo sair as imundícies. 

Sou flor; para quem sabe enxergar, para as almas podres sou flor carnívora, devoradora, egoísta. 

Cada um sabe de sua alma, o exterior é arte; cada um contempla com a visão e limites que lhe foram dados. 


Há os que não vêem além, profundo, suas vistas são curtas, retas, internas.

Não posso mostrar meus pontos e cores para pessoas que enxergam a si mesmas no reflexo de minhas telas.

Sou crucificada, condenada, muitas vezes injustiçada, na maioria não faço nada, não deveria me preocupar tanto com os outros, fazer alarde de meus achados, compartilhar de suas bebidas, não posso me entorpecer, serei taxada de bruxa, filha do diabo, me tirarão de minha casa, de minhas vestes, me jogarão na desgraça, ao julgamento de seres ignorantes... pobres criaturas, pobres seus espíritos, as santas e curandeiras sofrem pelos caminhos de pedra, sofrem pelas doenças alheias, pelo que tentam passar e não conseguem, pelas almas que se perdem... mas sei que não sou santa, muito menos bruxa, não gosto de rótulos de pré conceitos, eu sigo meu caminho, mas faço chás para curar a dor, levo flores, amor, decoro e enfeito teu recanto, não me importo de dormir em qualquer canto, mas me deixe no meu, e respeite o meu...

O meu canto! As minhas crenças, minhas manias.

Eu canto, beijo danço, mas grito, revido, choro, encho teu ouvido, acho tuas feridas, piso nos teus calos, eu boto para cima quem me quer bem, mas boto no chão, tenho como morto na minha vida aquele que é injusto, grosso e me causa mais feridas. 

As minhas já me bastam, não me negative, não me mine com as tuas. Ou me peça perdão, mas não venha no dia seguinte, como se nada tivesse acontecido, me estender a mão.

Carolina Salcides

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Ser a mudança


Certa vez, Ghandi disse: “Você precisa ser a mudança que deseja”. Por quê? Porque o espelho não pode mudar sem você. E o mundo é apenas um espelho. Lembre-se, você só vê seus pensamentos. Quando você muda, a mudança acontece. Se você não muda, você apenas vivencia mais da mesma coisa. Não adianta dizer: “Serei aberto com você assim que você se abrir para mim”, etc. Seja primeiro. Seja diferente, caso deseje um resultado diferente. Seja a meta.

Que decisões de “ser” você vai tomar hoje? Pense em suas metas, em seus desafios, em seus relacionamentos, e pergunte-se: “Meu modo de ser vai me proporcionar aquilo que realmente desejo?”. Silencie por um instante e reajuste sua intenção de ser amável não importa o que aconteça, de ser bondoso apesar de tudo, de fazer sua luz brilhar, aconteça o que acontecer. Suas decisões de “ser” são tomadas entre você e Deus. Não permita que nada as afaste de você.

Robert Holden

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Chorar para deixar de perder


Chorar para deixar de perder
O que é chorar? Chorar é retirar a energia negativa que, estando dentro de ti, te fez atrair precisamente a circunstância que atraíste que te deixou triste. E, ao retirares essa energia – partindo do princípio de que atrais sempre uma energia igual à que emanas –, ao retirares essa energia, irás deixar de emanar e, por conseguinte, irás deixar de atrair.

Percebe o circuito: Tens uma energia dentro de ti. Energia de violência, por exemplo. Irás emanar essa energia de violência. Por conseguinte, irás atrair uma energia igual ou equivalente. Neste caso, irás atrair violência. Terás duas hipóteses:

Primeira: revoltares-te contra quem te fez mal, colocando a tua atenção no outro, que está fora de ti, não indo aí dentro, não limpando e continuando, por isso, a emanar. E assim, pela ordem natural das coisas, irás continuar a atrair porque continuas a emanar. Segunda: perceberes que esta situação te deixou triste – não julgando o outro que te fez mal –, chorando essa tristeza, retirando essa energia do teu peito, e deixando assim de emanar. E assim, pela ordem natural das coisas, não irás continuar a atrair violência porque deixaste de a emanar.

Como vês, chorar é o princípio base. O resto, faz-se por si próprio. Pegando no exemplo referido aqui: Recebes violência; Choras por ter recebido violência; Retiras a violência do teu peito; Deixas de emanar; Deixas de atrair. É simples, não é? Mas difícil de executar, eu sei.

E por isso o ser humano nasceu com o ego. O ego, quando compreende, e se compromete com a luz, tem força suficiente para fazer isto que proponho… e muito mais. Por isso, podes começar já. Chora. Vai fazer-te bem. E eu estou cá em cima caso precises de mais alguma coisa.

Alexandra Solnado

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A ilusão do corpo


 O corpo é uma ilusão.
O corpo como nós o conhecemos é apenas uma parte.
É a parte da ilusão.
Da ilusão de que ele representa tudo e que é independente do resto de nós.
O corpo é a morada da Alma. É a densidade do espírito. É a forma pela qual se manifestam nossos medos e emoções.
Destaco o medo, pois este é o começo de todas as ilusões. Sim, as ilusões, pois o medo foca naquilo que não temos ou que perderemos, e essa é a maior ilusão.
Não temos nada, tudo é “emprestado”, pois estamos aqui de passagem.
Como numa viagem de férias, que nos dirigimos a um hotel ou casa alugada de veraneio. Nós entramos lá, passaremos um tempo, usufruiremos de algo, mas sabemos que estamos de passagem.
E ainda assim cuidamos da casa, do hotel, das tolhas, pois por ali ficaremos um tempo.
Nosso corpo funciona assim, abriga nossa Alma por um tempo.
Devemos cuidar bem dele para que a estadia seja proveitosa e agradável.
E o que ajuda nosso corpo?
Os alimentos que ingerimos sem duvida nenhuma.
Todos conhecemos a frase “somos aquilo que comemos”.O que nos alimenta com amor e pureza, nos dá força, disposição, bom humor e saúde. A água pura nos hidrata, revilatiza e abastece. Faz a energia circular.
Os exercícios físicos que movimentam os músculos, ossos e nervos, avisando todo o sistema que estamos vivos e despertos também contribuem.
É a energia vital que circula por todo o corpo e ativa nossa máquina para seu pleno funcionamento.
E os pensamentos? Esses, sim, são um mistério.
São aqueles responsáveis pelas nossas emoções e sentimentos. São os gatilhos do bem-estar e do mal-estar.
São o alimento da Alma que controlam o nosso humor e saúde.

Experimentem um rápido exercício.

Pensem em algo, agora, que faça você se sentir bem, feliz, plena(o), amada(o), querida(o), importante...
Pode ser uma lembrança de algo que já aconteceu ou a imagem ou idéia de algo novo.
Percebam como este pensamento afeta suas emoções, sensações....
E percebam qual o efeito no seu corpo agora.
Isso mesmo, prestem atenção às sensações que os pensamentos e sentimentos causam no seu corpo físico.
Pensem em amor, carinho, bem-estar, disposição e sintam isso nas suas pernas, nos seus ombros, no seu peito...
Permitam que a conexão aconteça com o campo de todo bem estar.
PLUG com o Universo.

E compreendam que quando aceitamos que não temos nada e nos desapegamos dos pensamentos de falta, carência e medo e aceitamos a transitoriedade da vida, nós Plugamos no Universo.
E, assim, recebemos tudo.
A conexão com a fonte -o PLUG- nos dá a certeza da abundância e da eternidade.
Sem a conexão, estamos apenas de passagem; inquilinos e hóspedes da vida.
Plugados somos parte integrante do todo.
Donos da vida.Eternos na vida, na vida maior.
O que você quer escolher para sua vida hoje?

Nathalie Favaron

domingo, 21 de outubro de 2012

Declare amor


No mais profundo do meu ser, no centro de minha essência existe uma infinita fonte de amor. Agora eu permito que este amor flua para a superfície.

Esse amor preenche o meu coração, o meu corpo, a minha mente a minha consciência, e o meu ser irradia essa energia de mim para todas as direções e volta para mim multiplicado. Quanto mais amor eu dou mais amor tenho para dar, ele nunca acaba. Dar amor faz-me sentir bem, é a mais pura expressão da minha felicidade interior.

Eu me amo e por isso amo e cuido do meu corpo. Carinhosamente o alimento fornecendo-lhe comida e bebida, vestindo-o e o meu corpo me responde amorosamente com vibrante saúde e energia.

Eu me amo, e por isso providencio para mim uma casa confortável, que satisfaz todas as minhas necessidades e onde é um prazer estar. Eu encho os quartos com vibrações de amor para que todos que entrem sintam este amor e sejam nutridos por ele.

Eu me amo e por isso realizo com prazer um trabalho que realmente gosto de fazer, onde uso o meu talento e habilidades criativas trabalhando com e para pessoas que amo, e que me amam, e ganhando um bom salário.

Eu me amo e por isso me comporto e penso de um jeito amoroso para com todas as pessoas porque sei que tudo o que dou volta para mim multiplicado. Somente atraio pessoas amorosas para o meu mundo, porque elas são os reflexos do que sou.

Eu me amo e por isso perdoo e liberto totalmente o passado e todas as experiências passadas, e sou livre. Eu me amo e por isso vivo totalmente no presente, experimentando cada momento como bom e sabendo que o meu futuro é brilhante feliz e seguro, porque sou uma pessoa amada do Universo e o Universo sempre cuida de mim com amor.

E assim é.

Louise L. Hay

sábado, 20 de outubro de 2012

Somo o que pensamos


            Muitas vezes o que precisamos fazer diante dos episódios da vida é apenas parar um pouco e refletir. E logo concluiremos que até podemos não compreender aquele episódio, mas que certamente haverá ali algo de bom.
            Acontece que da forma como percebemos o mundo – com nossos cinco sentidos – muitas vezes deixamos de ver o todo, o contexto, o holos, e por isso concluímos mal e errado. Interpretamos como algo ruim, o que, no contexto, não só é necessário, como é até bom e certo.

            Muitos, antes de mim, já afirmaram que somos o que pensamos. Hoje eu concordo plenamente com isso, mas até bem pouco tempo eu afirmava:

- Pois é, somos o que pensamos, mas quem controla o nosso pensamento?

            Sempre achei que o pensamento é provocado por alguma coisa de fora e não por meus arquivos internos. Hoje sei que é o conjunto de tudo isso e muito mais. Mas, tudo começa nos nossos programas, que são as informações registradas na nossa "Caixa Preta" do subconsciente, desde nossa fase embrionária. É com base nesta programação que surgem os pensamentos, e estes levam aos sentimentos, que, por sua vez, conduzem às ações, e estas, ao resultado. Então, como controlá-lo?

            Reconheço que, até o presente, nem a ciência nem a espiritualidade elaboraram uma fórmula mágica de mudar os pensamentos, mas sei que se de fato há alguma coisa que eu possa fazer pelo mundo, e por mim mesmo, é pensar Bem. E, talvez só isto baste!

            Não posso, sequer, prever o efeito do bater de asas de uma borboleta. Pois, como se diz: “O bater de asas de uma borboleta, nos Estados Unidos, afeta a colheita de arroz, na China”. Tal é a implicação e complexidade dos fatos e coisas deste mundão de Deus. Tudo está estreitamente interligado e nada existe, por si só.

            Ora, se não posso controlar, ou ao menos prever os efeitos do bater das asas de uma bela borboleta, como quero, e insisto em querer, controlar e mudar o outro a meu bel prazer?

            Então, concluo que tudo o que realmente posso (se é que posso) , e de fato é somente isso que me interessa, é controlar o meu próprio pensamento. E, convenhamos, é uma tarefa hercúlea!

 LUZ DA SERRA

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Vida a dois


A convivência entre duas pessoas com certeza é bastante complicada, uma vez que somos todos diferentes por natureza intima. 
Essa diferença é um dos motivos que nos atraem para a outra pessoa, pois temos a necessidade de complitude. 

Nascemos com certeza necessitados de um complemento divino, alguém que possa dar a nós aquilo que achamos que nos falta. 

As qualidades que um tem falta ao outro ou ficou camuflada interiormente, sem ser exteriorizada e trabalhada.

As pessoas às vezes confundem complemento divino com alma gêmea, e são duas coisas distintas uma da outra, pois no caso da alma gêmea são pessoas que tem os mesmos gostos, pensam da mesma forma e é igual a você, por isso o termo alma gêmea. 

Exatamente por achar que são tão parecidos que se atraem e vão viver eternamente sem problemas. 

Gostam das mesmas coisas e acreditam que por isso vão estar sempre bem, nunca vão brigar, divergir em opiniões e pensando assim a vida seria um mar de rosas e serão felizes para sempre.

Mas não é assim que acontece, pois se são tão parecidos assim nas qualidades, podem ser também em relação aos defeitos. 

Normalmente não gostamos de alguns defeitos nos outros e com certeza são os que temos e não queremos ver.

O não querer ver está relacionado ao fato de que normalmente, foi motivo de crítica e cobranças pelas pessoas de nosso convívio. 

Ninguém gosta de ser cobrado e criticado, então criamos resistência em entrar em contato com aquilo.

É natural que isso aconteça, pois ao sermos cobrados e criticados pelos outros sempre nos defendemos, para fugir das punições que poderiam acontecer. 

Os problemas das relações a dois são resultantes dos nossos medos e atitudes direcionadas pelo passado, pela magoa e por tudo que nos marcou. Essas marcas tornam as coisas muito assustadoras para nós.

A vida não pode nos dar a decisão de ficar adultos. Só acontece com uma decisão que vem de dentro e temos que aprender a definir o que é ser adulto. 

Isso não pode partir de qualquer outra pessoa, pois tudo o que é imposto é rejeitado.

Às vezes a pessoa até já ajudou os outros a encontrar o adulto dentro dele, mas não usou isso para si mesmo, porque não tomou a decisão de amadurecer. 

Isso vem do fato de não ter digerido algumas coisas ainda. Vamos conseguir ao decidir não mais ser criança, fingir e disfarçar. 

É preciso jogar limpo e serio, pois as consequências só nós vamos sentir.

Só quando começa a doer fazendo mal, resolvemos tomar uma atitude. Então o sofrimento e o ódio podem acordar a pessoa pra fazer por si mesmo.

A criança não quer fazer porque espera de Deus, do amigo, dos pais ou do governo (é a coisa infantil dentro de nós). É alguém que se sente menos porque não consegue fazer por si.

A pessoa só se resolve quando as coisas mais difíceis vêm à tona, a mente toma conhecimento, entra em contato e quer perceber e resolver. 

A vida nos mostra, mas quando não queremos ver, não adianta.

Até então começamos a atrair muitos desencontros, desacertos, medo, inseguranças, entraves e bloqueios, que atrapalham a pessoa. 

Então ela não flui bem em sua vida. Quando a pessoa quer se resolver ela reconhece e resolve se olhar. 

Estabelece uma auto-análise pra discernir, onde está errado e tem a coragem de assumir para os outros e pra si mesmo.

O que importa é o meu compromisso diante de mim, não é nem dos outros nem de Deus. 

Não é Ele que cobra, mas é a necessidade minha de que as coisas se resolvam pra que os problemas não aconteçam mais, com tanta freqüência como antes. É preciso resolver pra vida poder fluir.

Se eu faço curso e procuro a melhora, assumi um compromisso comigo, por ter ido buscar algo melhor para mim. 

Quando apenas me cobro e não tomo atitude, eu me decepciono comigo e me sinto muito infantil. Então começo a me punir por não ter feito. 

Às vezes uso desculpas pra não assumir... Minto pra mim mesma e faço tipo para os outros. Então a vida pega minha mentira e joga contra mim mesma, só pra ver se eu acordo. 

Quando eu me assumo e fico do meu lado a vida me apoia e fica tudo mágico. Em primeiro lugar temos que ter um firme propósito ao entrar num curso para fazer nossa melhora. 

Se eu assumir vou entender, assimilar e usar. Mudanças incríveis vão acontecer em minha vida e muito rápido.

A prosperidade exige que eu me estabeleça metas altas, mas possíveis de serem atingidas pra que eu possa fazer tudo pra conquistá-las.

Estabelecer algo alto demais, vai fazer com que eu arrume desculpas para justificar o fracasso. 

Eu me torno criança e imaturo, quando sei que algo é bom e não uso. Deus sabe que eu sei, então não vai ajudar em nada porque eu mesmo posso fazê-lo. 

Ele só ajuda quando não posso fazer por mim, então ele me auxilia dando intuição para eu agir correto.

Às vezes começo a agir pelos vícios que adquiri ao longo da vida e não mudo, nem admito que não é mais o meu melhor.

Chega de ter medo, insegurança, de não querer assumir-se por medo de errar, deixando que a vaidade fale mais alto. 

Como é que os outros vão me encarar se eu errar?... Como eles irão me cobrar e me criticar? Eu não vou agüentar a auto-crítica. Vou me estrangular por dentro... 

Uma coisa importante é ver as verdades que existem dentro de nós, encara-las e assumi-las. A primeira coisa que devo querer ver é a mentira de que eu amo a vida, quando na verdade tenho ódio dela e dos outros.

A maioria das pessoas acha que a vida é difícil que é um enigma, desampara as pessoas e que há injustiça em tudo. Por isso temos medo do amanhã.

Isso por que nos sentimos incapazes de controlar tudo. Esta incapacidade de controlar as coisas nos torna inseguros... Isso faz sentido, pois só me sinto seguro naquilo que posso segurar e controlar.

Por isso temos necessidade de estar no controle de um relacionamento a dois, por medo de que se eu não puder segura-lo ele vai escapar, vai embora. 

Essa sensação de insegurança faz com que passemos a querer dominar a outra pessoa pra que ela ceda aos nossos desejos, fazendo nossas vontades. 

Queremos na verdade que ela sinta que somos muito necessários em sua vida, a ponto de não poder viver sem a nossa companhia.

Ao mesmo tempo criamos um envolvimento com a pessoa, mas também a estamos sufocando com nosso amor e nossa necessidade de comandá-la. 

Isso faz com que ela sinta uma dualidade de emoções em nossa companhia... 

Ao mesmo tempo, que ela fica envolvida pelo nosso carinho e atenção, sente-se sufocada pelo exagero de nossas atitudes em relação a ela.

Às vezes esse sentimento toma conta de nosso ser, a ponto de estarmos nos anulando por causa do outro e nossa vida perdeu completamente o sentido, porque vivemos em função do outro. 

Se perdermos essa pessoa, temos vontade até de morrer e só não fazemos uma besteira, pois sabemos que não é correto e teremos mais problemas ainda.

Se soubéssemos como esse ódio da vida influi no relacionamento com as pessoas…

À medida que não me vejo e não encontro a verdade em mim, também não conseguirei ver a verdade do outro, pois não terei olhos pra ver a verdade em nenhum lugar. 

Não combina com os meus padrões enxergar o melhor dos outros, pois não aprendi a ver o melhor da vida. 

Acho que a vida é um perigo, então passo a achar que as pessoas não são boas ou confiáveis. 

Minha vida se torna pobre afetivamente, profissionalmente e emocionalmente.

Quando não me dou uma chance para acreditar que a vida é boa, como vou acreditar que a minha vida ao lado do outro também pode dar certo?

Deixo então o ódio da vida e me abro para ver o melhor de tudo e de todos. 

Quando procuro o melhor no outro, vou me sintonizar com esse melhor que existe por si só no mundo. 

Mesmo que essa pessoa seja ruim com todos, para mim ela vai demonstrar sua bondade, pois através da confiança que depositei nela, consegui me sintonizar com o melhor dela. 

Isso acontece porque estou no meu melhor e quando assim é, vou me sintonizar com o melhor de todo mundo.

A relação entre pessoas na verdade é uma troca, então quando consigo me doar sem limites e sem esperar retorno, ele acontece espontaneamente.

Quando supero o medo de me doar e falar dos meus sentimentos, sinto-me de bem com a vida e me abro com confiança para um novo amor, sem medo de não dar certo, pois me ocupo com o momento sem apego ao resultado.

Quando não crio expectativas e não alimento ilusões, não vou atrair desilusões que vão tirar o meu ânimo e alegria de viver. 

Quando me desiludo acabo por afastar o entusiasmo pela vida. É como se eu tivesse cortando o fio que me prende vivo aqui na Terra e já começasse a morrer internamente. Então começo a atrair doenças de toda a sorte. 

Desencadeio a mágoa que atrai problemas de estômago, por não digerir os acontecimentos, ou outro tipo de doença, pela degeneração interna que atraí por conta de ter acalentado sentimentos ruins que nos destroem por dentro.

Quando a pessoa resolve acabar com o ódio dentro de si, ela pode começar a fazer uma renovação interior muito grande e começa uma fase de renascimento interior. 

Então desencadeia um processo de cura, pois quando substituo o ódio por amor, posso me curar. A auto-cura está ligada ao fato de começar a me aceitar como sou e respeitar-me do jeito que estou no momento.

Quando me respeito, estou respeitando a individualidade que existe em mim, sabendo que ninguém é igual a ninguém. Só tomo consciência disso no convívio com as outras pessoas.

Se eu me sentir agradecido ao outro por ter permitido esse confronto, vou saber que eu sou diferente, então vou passar a me aceitar e a aceitar o outro.

Então tudo começa a se encaixar, pois comecei a aceitar a vida e me aceitar... A partir de então me torno pronto pra viver um novo amor...


Jandira Moraes