“O muro é confortável.
Não queria admitir, mas eu gosto do muro.
Enxergo tudo aqui de cima...os dois lados.
Os dois extremos.
Os lados opostos.
Não sou extremista, queria que não existissem estes extremos.
Fico pendendo para um lado e para o outro.
Me equilíbrio um pouco e volto ao centro do muro.
De repente levo um susto e quase caio para um dos lados.
Tenho medo de um deles, mesmo parecendo tão mais emocionante.
O outro lado é maravilhoso, mas não consigo me encaixar nele.
Parece que nunca vou conseguir.
Mas sei que é o lado certo e aquele em que eu já deveria ter me estatelado faz tempo.
Mas não consigo sair do muro.
Entendam a minha dificuldade.
Fui pressionado minha vida inteira, por ambos os lados, mas me mantive em equilíbrio.
Em um deles sinto um conforto muito grande e do outro sinto uma atração que posso considerar "fatal", literalmente.
Tenho medo de perder o equilíbrio.
Eu sei que vai acontecer, mais cedo ou mais tarde.
E outra pessoa vai ocupar o meu lugar no muro... a fila é grande.
Vou ser mais útil fora dele...”
viajante no mundo
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