"E no meio do inverno eu descobri que dentro de mim havia um verão invencível".
Quando li essa frase de Rubens Alves, tremi. Definia-me. Acho dentro de mim , invariavelmente, muitos verões. Ou pelo menos primaveras, quando o tempo ainda não está totalmente firme, mas as flores garantem o frescor das manhãs, e os pássaros chamam alegria. Sou uma otimista incorrigível. Tenho baques, como tantos, mas ponho a culpa nos hormônios e sigo em frente.
A única coisa que me pega de jeito, e me derruba se eu deixar, é o não seguir o que penso. É o não fazer o que sei ser o melhor para mim. Tenho em minha frente as respostas e ignorantemente ignoro. Isso acaba comigo, esta fraqueza, essa fragilidade humana que me impede de ser feliz.Mas a minha capacidade de sair do buraco é imensa. Talvez tenha aprendido que depois da tempestade vem um dia lindo, que o sol brilha mais depois da chuva. E que a parte mais escura da noite é de madrugada, pouco antes do amanhecer de um novo dia.
Não, não sou perfeita. Sou é teimosa. E aprendi a esperar o melhor momento. A usar de estratégias para ser feliz. Não dou mais murro em ponta de faca, nem choro pelo leite derramado. Espero, sempre, o melhor tempo para agir. O meu melhor tempo de reagir. Talvez seja uma falha, talvez seja uma vantagem.
Não sei. Só sei que dentro de mim sempre há um verão invencível.
Joyce Diehl
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