segunda-feira, 15 de abril de 2013

Mania de explicação


(Texto extraído do livro "Mania de Explicação da Adriana Falcão)


"Era uma menina que gostava de inventar uma explicação para cada coisa... 

Solidão é uma ilha com saudade de barco.

Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança pra acontecer de novo e não consegue.

Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.

Autorização é quando a coisa é tão importante que só dizer “eu deixo” é pouco.

Pouco é menos da metade.

Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.

Desespero são dez milhões de fogareiros acesos dentro de sua cabeça.

Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.

Agonia é quando o maestro de você se perde completamente.

Preocupação é uma cola que não deixa o que não aconteceu ainda sair de seu pensamento.

Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.

Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.

Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.

Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.

Renúncia é um não que não queria ser ele.

Sucesso é quando você faz o que sempre fez só que todo mundo percebe.

Vaidade é um espelho onisciente, onipotente e onipresente.

 Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.

Orgulho é uma guarita entre você e o da frente.

Ansiedade é quando faltam cinco minutos sempre para o que quer que seja.

Indiferença é quando os minutos não se interessam por nada especialmente.

Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.

Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.

Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.

Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.

Alegria é um bloco de Carnaval que não liga se não é fevereiro.

Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.

Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.

Decepção é quando você risca em algo ou em alguém um xis preto ou vermelho.

Desilusão é quando anoitece em você contra a vontade do dia.

Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas, geralmente, não podia.

Perdão é quando o Natal acontece em maio, por exemplo.

Desculpa é uma frase que pretende ser um beijo.

Excitação é quando os beijos estão desatinados pra sair de sua boca depressa.

Desatino é um desataque de prudência.

Prudência é um buraco de fechadura na porta do tempo.

Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.

Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.

Emoção é um tango que ainda não foi feito.

Ainda é quando a vontade está no meio do caminho.

Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.

Desejo é uma boca com sede.

Paixão é quando apesar da placa “perigo” o desejo vai e entra.

Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado.
Não. Amor é um exagero… Também não.
É um desadoro… Uma batelada?
Um enxame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?

Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação, esse negócio de amor ela não sabia explicar, a menina.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Você é responsável por suas experiencias


Nosso subconsciente trabalha na materialização de nossas crenças.
Ele não tem senso de humor.
Faz sempre o que acreditamos.
Não falha.
Dessa forma, o fracasso não existe.
Você foi sempre um sucesso!
Sua vida é obra sua.
Você é responsável por suas experiências.
Mesmo aquelas que parecem não depender de você foram atraídas por sua forma de pensar.
As coisas não vão bem?
Só colhe infelicidade?
É hora de perceber como você consegue fazer isso.
Certamente não escolheu a atitude adequada para obter bons resultados.
Mudando essa atitude, tudo se modificará.
A vida deseja que você desenvolva seus potenciais de espírito eterno e aprenda a ser feliz.
A felicidade é nosso destino e só o bem é verdadeiro.
Para nos ensinar isso, a vida programa nossas experiências de acordo com nossas necessidades.
Através do resultado dessas experiências conquistamos a sabedoria.
Na queixa há sempre uma justificativa para continuarmos a ser como somos, mas há também uma autoimagem negativa.
Você pensa que não pode fazer nada, que é incapaz e não merece.
Conforma-se em ser pobre, em ficar em segundo plano, em pensar primeiro nos outros (“é feio pensar em você primeiro”).
Acha que, para você ter, outros terão que dar e perder.
Como se Deus fosse pobre e tão limitado que para dar a uns teria que tirar de outros. Esses pensamentos são altamente depressivos e atraem infelicidade.
Seu subconsciente obedece às mensagens que você lhe envia.
Você tem todo o poder de criar seu próprio destino.
Se deseja viver melhor, reconheça isso.
Faça uma lista de suas crenças e até das frases que costuma dizer.
Se puser atenção e for sincera, logo vai perceber quais as crenças que são responsáveis por sua infelicidade.
Não pense mais nelas.
Esqueça-as.
Quanto mais se preocupar em eliminá-las, mais pensará nelas e as alimentará.
Trate de cultivar o oposto.
Faça afirmações positivas sempre usando o presente.
Exemplo: “Eu sou feliz”, “Tenho muita sorte”, “Minha saúde está cada dia melhor”, etc. Escreva-as e espalhe-as em sua casa, nos lugares onde você possa vê-las constantemente.
Repita-as várias vezes por dia.
Mas não se esqueça de pôr emoção nelas, acreditar realmente no que afirmar.
Ignore aquela vozinha que lhe diz que não vai funcionar.
Não custa nada experimentar.
Lembre-se de que todos os problemas de sua vida foram criados por você.
Você foi, é e sempre será um sucesso.
Suas escolhas podem ter dado um resultado diverso do que você esperava, mas você conseguiu materializa-las.
Refletem o que você crê, e o que você crê seu subconsciente materializa…
Pense nisso.

Zíbia Gasparetto