terça-feira, 31 de julho de 2012

Amigos


Amigos...

São poucos, lindos e geralmente loucos. Lêem minha alma, sabem da minha vida e me amam mesmo assim. 

Difícil mesmo falar sobre vocês. O que há pra se falar quando se trata de amigos? Há tanto e mesmo assim tão pouco porque nos entendemos pelo olhar.

Amigos verdadeiros, daqueles que se contam nos dedos. Quem é, sabe que é. Sem citar nomes. Amigo que é amigo entende.

Amor de amigo é diferente. É um amor fora do espaço, um amor que mora em outra alma, um amor que não precisa de beijos, só de abraços. Um amor que não precisa ser louco e ensandecido, não precisa ser desvairado, só precisa de carinho.

Um amor que não precisa estar junto o tempo todo, você sabe e isso basta. Um amor que não precisa da presença física, de beijos e ‘eu te amos’, só precisa estar ali – no coração. 

Um amor que não mede palavras, distâncias nem tempo. Ele continua e se fortalece com a passagem do tempo. Você fica sem ver a pessoa por anos e quando se veem parece que foi ontem que se viram pela última vez.

A sintonia, a sinergia, a energia (chame como quiser), tudo continua a mesma coisa. Coisa de almas que se entendem.

Amigo te faz crescer. Amigo não mede esforço. Amigo que é amigo defende você, não importa se você está certo ou errado. Às vezes não precisam falar nada, um olhar, um sorriso, e basta: já se entenderam e ninguém sabe.

Amigo é clarividente. Amigo tem linguagem própria. Amigo é saber dividir espaços, segredos, manhas, birras, palavras, passado, presente e futuro sem incomodar.

Amigo é morar em outro corpo, em outra cabeça, em outro coração. Amigo é amor. Mas um amor puro. Um amor diferente. Amor de amigo.


Paolla Milnyczu

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Observe os sinais


De uma coisa podemos ter certeza: de nada adianta querer apressar as coisas; tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que lhe foi previsto.

Mas a natureza humana não é muito paciente.

Temos pressa em tudo e aí acontecem os atropelos do destino, aquela situação que você mesmo provoca, por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo. Mas alguém poderia dizer: Qual é esse tempo certo?

Bom, basta observar os sinais.

Quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua vida,
pequenas manifestações do cotidiano enviarão sinais indicando o caminho certo.

Pode ser a palavra de um amigo, um texto lido, uma observação qualquer.

Mas, com certeza, o sincronismo se encarregará de colocar você no lugar certo,na hora certa, no momento certo, diante da situação ou da pessoa certa.

Basta você acreditar que nada acontece por acaso. Talvez seja por isso que você esteja agora lendo estas linhas.

Tente observar melhor o que está a sua volta.

Com certeza alguns desses sinais já estão por perto e você nem os notou ainda.

Lembre-se, que o universo sempre conspira a seu favor quando você possui um objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento.

Paulo Coelho

domingo, 29 de julho de 2012

Os doze mandamentos contra o stress


I - OS DESEJOS SÃO ILIMITADOS, O SEU TEMPO NÃO.
Defina metas, prioridades da sua vida. Faça periodicamente uma revisão de seus objetivos.

II - VOCÊ É RESPONSÁVEL E SENHOR DA PRÓPRIA QUALIDADE DE VIDA.
Defenda seus direitos. Aprenda a ser eficaz e a ter ritmo: trabalho / lazer, alimentação / jejum, ação / repouso, inspiração / expiração. A qualidade de vida é uma planta que necessita ser regada sempre.

III - VOCÊ É UM SÓ.
Você só tem um coração. Portanto, faça uma coisa de cada vez. Tenha atividades e relações relaxantes, que não tragam a necessidade contínua de competir ou correr atrás o tempo todo.

IV - CUIDE DO SEU CORPO.
Escolha alimentos saudáveis, evitando agressões do tipo fumo, droga, excesso de bebida e comida. Reduza a ingestão de café. Beba oito copos de água, no mínimo, por dia. Mantenha seus intestinos bem funcionando.
Faça atividades físicas, no mínimo três vezes por semana, compatíveis com seu temperamento e condições físicas. Mantenha seu peso corporal em um nível satisfatório para você.
Ponha os pés descalços na terra por um mínimo de 20 minutos, em um lugar de muito verde, uma vez por semana, para descarregar. Faça um chek-up anualmente. Tenha um médico de confiança.

V - CUIDE DE SUA MENTE.
Seja seletivo com o que lê e vê. Reduza o hábito de assistir televisão. Exercite sua criatividade com música e artes em geral. Faça coisas que nunca fez, indo a lugares que nunca foi. Quebre rotinas e experimente o novo.

VI - QUE A SUA CASA SEJA UM LAR.
Um lugar acolhedor que o receba ao final de um dia cansativo, oferecendo-lhe conforto, calor à sua alma, repouso e amorosidade. Que seja um ninho para refazer as suas forças. Cuidado: não gaste todas as suas energias para ter uma casa e todos os bens de consumo do mundo moderno. Pode não lhe sobrar nem um minuto para usufruí-la.
Tornar uma casa um lar é um aprendizado contra o stress.

VII - DESCUBRA QUEM É VOCÊ.
Qual é seu temperamento, quais são suas crenças? Seja coerente com elas. Defenda seu bem-estar. Cultive um respeito saudável por sua individualidade e privacidade.

VIII - NÃO SEJA ONIPOTENTE.
Aprenda com os outros, procure ajuda necessária com amigos, médicos, terapeutas. Ouça e veja, para depois identificar quem são os aliados necessários e aqueles que deve evitar.
Não avalie pessoas e situações com preconceito. Às vezes, a resposta de uma situação difícil e estressante está numa atitude ou pensamento inédito.

IX - CONHEÇA E RESPEITE O OUTRO.
Ouça com atenção, buscando compreender o que o outro quer dizer. Ao verbalizar, certifique-se de estar sendo claro e compreensivo com o outro. O outro não é melhor nem pior que você. Ele é diferente, o que torna necessário o esforço de entendimento de ambos os pontos de vista.
Aceitar e usufruir as diferenças é sabedoria.

X - AMOR, INTIMIDADE E SEXUALIDADE.
Relações compulsivas, superficiais, narcisistas são como fast-food: costumam ser atraentes, mas não são nutritivas e podem custar muito caro em médio prazo. Cuide para desenvolver intimidade com pessoas com as quais sinta afinidade.
Cultive a espontaneidade, sinceridade, amizade, alegria e prazer nas trocas afetivas. Deixe o sentimento fluir: "O amor faz bem ao coração".

XI - CENTRE-SE E EQUILIBRE-SE.
Todos os dias encontrem em tempo para esvaziar-se e estar consigo mesmo (pelo menos um banho prolongado e tranquilo). Use técnicas auxiliares como meditação, respiração e massagens para relaxamento.
Não seja escravo nem de si mesmo. Tenha férias! Contra o estresse, o período mínimo de férias é de 21 dias consecutivos. Tenha férias compatíveis com suas condições físicas, psíquicas e financeiras. Lembre-se: programas com muitos estímulos são prazerosos para quem está vitalizado. Não leve em sua bagagem de férias seu chefe, sua firma, companhias desgastantes, seu computador e outras malas sem alça.

XII - TENHA FÉ.
Uma situação, qualquer que seja, nunca é apenas boa ou ruim. Haverá sempre custos e benefícios. Quanto mais luz, mais sombra. Nunca se esqueça de que tudo é temporário. É muito importante preservar-se para a próxima etapa.
Você é único, o que te faz valioso. Confie em você mesmo e na ajuda cósmica.
  
JORNAL ESTADO DE MINAS
ACELY GONÇALVES

terça-feira, 24 de julho de 2012

Pedra no caminho


Nos tempos das fadas e bruxas, um moço achou em seu caminho uma pedra que emitia um brilho diferente de todas as que ele já conhecera. Impressionado, decidiu levá-la para casa. 

Era uma pedra do tamanho de um limão e pertencia a uma fada, que a perdera por aqueles caminhos, em seu passeio matinal. Era a Pedra da Felicidade. Possuía o poder de transformar desejos em realidade.

A fada, ao se dar conta de que havia perdido a pedra, consultou sua fonte de adivinhação e viu o que havia ocorrido. 

Avaliou o poder mágico da pedra e, como a pessoa que a havia encontrado era um jovem de família pobre e sofredora, concluiu que a pedra poderia ficar em seu poder, despreocupando-se quanto à sua recuperação.
Decidiu ajudá-lo.

Apareceu ao moço em sonho e disse-lhe que a pedra tinha poderes para atender a três pedidos: um bem material, uma alegria e uma caridade.

Mas que esses benefícios somente poderiam ser utilizados em favor de outras pessoas. Para atingir o intento, cabia-lhe pensar no pedido e apertar a pedra entre as mãos.

O moço acordou desapontado. Não gostou de saber que os poderes da pedra somente poderiam ser revertidos em proveito dos outros. Queria que fossem para ele. 

Tentou pedir alguma coisa para si, apertando a pedra entre as mãos, sem êxito. Assim, resolveu guardá-la, sem muito interesse em seu uso.

Os anos se passaram e este moço tornou-se bem velhinho. Certo dia, rememorando seu passado, concluíu que havia levado uma vida infeliz, com muitas dificuldades, privações e dissabores.

Tivera poucos amigos, porém, reconhecia ter sido muito egoísta. Jamais quisera o bem para os outros.

Antes, desejava que todos sofressem tanto quanto ele. Reviu a pedra que guardara consigo durante quase toda sua existência. Lembrou-se do sonho e dos prováveis poderes da pedra. Decidiu usá-la, mesmo sendo em proveito dos outros.

Assim, realizou o desejo de uma jovem, disponibilizando-lhe um bem marterial. 

Proporcionou uma grande alegria a uma mãe revelando o paradeiro de uma filha há anos desaparecida e, por último, diante de um doente, condoeu-se de suas feridas, ofertando-lhe a cura.

Ao realizar o terceiro benefício, aconteceu o inesperado: a pedra transformou-se numa nuvem de fumaça e, em meio a esta nuvem, a fada, vista no sonho que tivera logo ao achar a pedra, surgiu dizendo:

Usaste a Pedra da Felicidade. O que me pedires, para ti, eu farei. Antes, devias fazer o bem aos outros, para mereceres o atendimento de teu desejo. Por que demoraste tanto tempo para usá-la?

O homem ficou muito triste ao entender o que se passara. Tivera em suas mãos, desde sua juventude, a oportunidade de construir uma vida plena de felicidade, mas, fechado em seu desamor, jamais pensara que fazendo o bem aos outros colheria o bem para si mesmo.

Lamentando o seu passado de dor e seu erro em desprezar os outros, pediu comovido e arrependido:

Dá-me, tão somente, a felicidade de esquecer o meu passado egoísta



 Desconheço o autor

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Quem tece a realidade?


A união entre o passado, o presente e o futuro.

Este é um dos presentes para àqueles que pertencem ao totem da Aranha, que inclui a criatividade a tecer o equilíbrio de nosso destino entre o passado e o futuro, o físico e espírito, o masculino e o feminino. Por isso a Aranha traz a força e a delicadeza numa combinação perfeita.
Essa é a energia primal é concedida aos seus eleitos e desperta neles a sensibilidade criativa, pois ela é o “Guardião Espiritual” do alfabeto primevo que ensina a nós e aos seus apadrinhados como escrever de forma criativa.
Observe que os corpos dos Aracnídeos são compostos na forma do número 8, Aranhas possuem oito pernas e isso simboliza as inúmeras e infinitas possibilidades de criação. Essas oito pernas representam os 4 Ventos primordias da mudança, as 4 direções dos pontos cardeais integrados nos dóis pólos da Roda e do Ciclo da Vida na medicina primal.

Há muitas histórias sobre a Avó Aranha, a tecelã. Conta a lenda que ela carregava em suas costas o dom do fogo e do conhecimento em uma cesta tecida por ela mesma. Posteriormente, ela apresentou-o aos homens os quais tiveram medo de recebê-lo.

Outro mito nos diz que seu poder está ligado a todos os elementos que juntos alicerçaram a construção da Terra. Essas lendas, arquetipicamente, apontam para um Animal de Poderque liga o passado e o futuro, o nascimento e a criação.
Quando a Aranha entra em nossa consciência, ela nos alerta que é chegada a hora de reconstruirmos a teia da nossa vida, de acordo com o projeto que o Criador nos concedeu. Ou seja, devemos descobrir qual é a nossa verdadeira vocação e seguí-la.

Isso porque, uma Aranha tece sua própria teia e da mesma forma nós mesmos tecemos as nossas realidades.

Esse totem nos lembra que somos nós quem criamos muitas das situações em nossas vidas, sejam elas positivas ou não. A exemplo das Aranhas que têm a capacidade extraordinária de criar, tecer e fiar suas próprias teias, com esta habilidade ela nos mostra e quer ensinar o dom de criarmos nossa realidade.
Portanto, somos nós quem detemos o poder de criar o que acontece em nossas vidas, tanto para nós quanto para os outros.
Esse “Guia Espiritual” deseja que percebamos isso, pois é por meio das escolhas que fazemos e de nossas atitudes que selamos nossos destinos. Nessas duas ações, escolher e agir é que residem o maior poder do qual dispomos.

Quando a Aranha chama um indivíduo para sua teia, isto é, quando elege um protegido, então é necessário que essa pessoa perceba com qual poder, seja de expansão ou contração, está tecendo os fios da sua vida.

Se com fios de amor, desprezo, ciúmes, inveja, arrogância, soberba ou humildade e benevolência? Eis algumas perguntas a se fazer para quem possui esse primal: – Estou contente comigo? As coisas estão indo bem em minha vida? Se as coisas estão bem em vários setores, então parabéns! O poder desse primal está atuando na sua vida.
Ao refletirmos sobre nossas atitudes e nossas escolhas isso nos dá a clara noção de onde e do por quê estamos onde nos encontramos. Se o indivíduo cria situações positivas, então deve agradecer ao seu totem e continuar nessa trilha.
Entretanto, se a pessoa está em um baixo astral, muitos são os acontecimentos negativos e existe o real desejo em querer melhorar essa situação, então ela deve repensar em como suas atitudes e escolhas têm refletido na criação da atual situação em que se encontra.

Como o tecelões de nossa vida, nós somos os criadores de nossa própria realidade.

Uma vez que essa responsabilidade é assumida pelo indivíduo, quando ele deixa de responsabilizar os outros e o mundo por se encontrar onde está, então, será a partir disso que sua situação começa a se transformar para melhor.
Essa consciência de que temos o poder de construir nossa própria vida significa que qualquer pessoa pode fazer da sua existência algo mais positivo e feliz.
Essa é a maior lição deste Animal de Poder, o qual recomenda não só aos seus eleitos mas a todos nós, a praticarmos uma atitude positiva perante todos e quaisquer acontecimentos. Esse é um dos caminhos para a sabedoria e ao escolhermos as boas atitudes, veremos manifesto na realidade e na nossa vida, o que de fato desejamos viver.

Quando as pessoas limpam a casa, costumam se livrar das teias de uma Aranha por pensarem que elas representam sujeira ou coisas velhas. Puro preconceito e crença moderna, pois desde os tempos imemoriais teias de Aranhas vivas representam o ato da construção da vida.

A criança que testemunhar um pequeno Aracnídeo tecer sua teia poderá ficar hipnotizada pela frágil, porém mágica rede de tecelagem natural que simboliza o movimento universal cósmico.
É claro que para muitos isso parecerá bobagem contudo, aos olhos de um observador atento é possível ver tal fenômeno de várias maneiras e muitos ângulos diferentes. Isso faz parte da magia desse Animal de Poder. Afinal, ele é o mestre artesão cujos fios tecem, envolvem e unem partes separadas do tecido vital num padrão integrado.

Eis um lembrete importante: o de que estamos constantemente tecendo o tecido de nossas vidas.

A construção de uma rede está ligada à geometria da criação e, ao fazê-la, a Aranha lança um fio de seda pegajoso contra o Vento.
Se a brisa leva o fio a um ponto onde ele adere, a primeira ponte é formada.
Então, a Aranha cuidadosamente cruza outra linha para reforçá-lo com um segundo fio e este processo continua até que uma estrutura sólida seja feita, em que nessa rede ela possa estar segura do emaranhado de ruídos e coisas externas.
Simbolicamente, isso nos faz lembrar da nossa interconexão com toda a vida e com tudo que acontece.
Porém, ao contrário da Aranha, nem sempre somos capazes de ter essa percepção e a consciência de que criamos nossas realidades e caminhamos através e por meio dessas nossas criações.
Infelizmente, muitas vezes, não temos a capacidade de uma Aranha em ver nossas vidas como um todo.

Por essa razão é que nos encontramos quase que permanentemente em conflito com algo ou em algum setor de nossas vidas, por não termos a certeza, clareza e tampouco a percepção de como integrar nossos desejos e caminhos que parecem oporem-se uns aos outros.

Portanto, quando a Aranha entra na vida de alguém, ela quer ensinar-lhe algumas coisas, dentre as quais como e do quê o indivíduo precisa para sintonizar-se com essa energia tecelã?
A resposta tem início quando o indivíduo percebe que as paredes internas de suas emoções parecem separar muitos dos aspectos da vida, mas essas paredes não são tão sólidas como parecem. Ser capaz de enxergar as coisas de formas e maneiras diferentes fará com que muitas barreiras desapareçam e, com isso, o indivíduo aprenderá que a vida pode ser vista de uma forma mais integrada e harmoniosa.

A Aranha quer também que o indivíduo perceba que os fios que tecem o tecido da vida não precisam ser fontes de emaranhamento e sim, de uma rede de estradas para viajarmos e aprendermos com a jornada de nossa existência nesse plano.

Esse primal auxilia a nos integrarmos mais profundamente através da sua ligação com o espiral, o símbolo básico da energia universal.
A figura de número oito se relaciona fisicamente com forma da Aranha, ou seja, é o símbolo de infinito.
Isso nos dá a idéia de que esse totem representa todo o cuidado e a consideração que devemos ter ao sabermos que todos nós estamos interconectados nessa vida. E que não há passado nem futuro que nos separa, apenas o agora, que é infinito.
Esse totem desperta o nosso mais intuitivo sentido criativo e nos encoraja a projetar o tecido de nossas vidas e de nossas almas à intenção original. Se um indivíduo se deparar com uma Aranha em sua teia, isso sugere que deve prestar muita atenção ao criar algo novo, pois este é um símbolo que o obriga a lembrar onde ele está na tecelagem do seu próprio destino.

 Saiba que as Aranhas são realmente muito delicadas e que representam a energia da gentileza e isso é repassado aos seus eleitos, que geralmente não são agressivos, a menos que necessitem defender suas vidas ou suas idéias.

Avançar em qualquer que seja a situação, com uma força suave é uma das habilidades que muitas vezes precisa ser aprendida por aqueles que possuem este Animal de Poder.
A mensagem que a Aranha traz àqueles que ela protege é a de que se deve lembrar que somos infinitos, que vamos continuar a tecer os padrões de vida e viver ao longo do tempo. Isso quer dizer que devemos nos lembrar, permanentemente, de que há um plano eterno da criação para todos.

Valter Barros Moura

sábado, 21 de julho de 2012



Na maior parte do tempo, estamos mais conscientes de como os outros nos tratam do que de como nós mesmos nos tratamos.

Isso ocorre porque estamos pouco familiarizados com a possibilidade de sentir nossos próprios sentimentos sem nos sobrecarregarmos com os ditames dos pensamentos rígidos advindos da autocrítica.
Quem não foi bombardeado com frases acusatórias de como deveríamos ser e o que deveríamos fazer para nos tornarmos pessoas mais felizes?
Quando nos sentimos encurralados por situações que nos oprimem e revelam que ainda não somos bons o suficiente para lidar com as exigências da vida, estas frases voltam à nossa mente fazendo com que a auto-observação transforme-se numa obrigação, numa ordem.
Tal imposição nos leva a uma sensação ainda maior de ineficiência e inadequação.
Pois, ao mesmo tempo em que nos propomos a sentir nossos sentimentos (com a esperança de que assim poderíamos achar os defeitos que nos levaram a sofrer), nos desestabilizamos com as expectativas exageradas a respeito de nós mesmos de como deveríamos nos comportar para não sofrer deste jeito.
No entanto, ter consciência de nossos limites não quer dizer reconhecermos que somos seres limitados.
Mas, simplesmente que podemos respeitar o estado em que nos encontramos e buscar novos recursos para avançarmos novamente.
Muitas vezes, quando tocamos nossos limites, ao mesmo tempo em que sentimos vontade de avançar, sentimos o medo da falta de recursos para fazê-lo.
Nestes momentos, tanto recuar como seguir em frente serão atitudes desestabilizantes.
Então, é melhor admitir que ambos lados estão presentes e aguardar mais um pouco antes de desistir ou arriscar-se precocemente.
Precisamos nos poupar, recuperar nossa força vital e psíquica.
Afinal, se não reconhecermos nossos limites inevitavelmente cairemos na exaustão.
Este tempo de cura envolve um processo de relaxamento e entrega, que nos leva a recebermos a força que necessitamos.
Enquanto estávamos demasiadamente presos às nossas percepções, não nos dávamos conta do quanto estávamos fechados para receber ajuda.

Na expectativa de sermos pessoas eficientes e autônomas, muitas vezes nos cegamos em relação aos outros.
Ou seja, não é bom confundirmos responsabilidade pessoal com a presunção de que podemos comandar tudo sozinhos!
Em nossa cultura capitalista, não há espaço para desenvolvermos a gentileza de sermos honestos em reconhecermos nossos reais limites.
Devemos sempre fazer mais.
Até mesmo quando nos propomos a descansar, lançamo-nos em atividades que nos exigem mais esforço e concentração. Reconhecer nossos limites é cultivar respeito por nós mesmos.
Aliás, quando somos honestos com os nossos próprios limites, estamos sendo honestos também com os outros.
Ser verdadeiro consigo mesmo é a base para sermos verdadeiros com os outros.
É simples e claro: não podemos dar mais do que somos capazes em todas as áreas de nossa vida, sejam elas de ordem afetiva, profissional ou financeira.
Mas, em geral, evitamos encarar nossas limitações presentes para não sentirmos o risco da exclusão.
Curiosamente, é ao agir enganosamente (como se pudéssemos, quando na realidade não somos capazes), que corremos o risco real de sermos excluídos.
Pois, uma vez que nossa incapacidade for revelada, seremos inevitavelmente vistos em nossas falhas.
Mas, o medo de ser excluído ainda é maior do que a capacidade de revelar nossas vulnerabilidades.
Então, este é o ponto a ser encarado: a sensação de insuficiência nos remete à ameaça de sermos excluídos!
Aprendemos a ler este risco ainda quando éramos crianças bem pequenas.
Sob a pressão de atender as exigências de sermos uma criança perfeita para não decepcionarmos os nossos cuidadores, nos comportamos como se fosse natural dar conta de tudo que nos fosse solicitado.
Quem não reconhece a lembrança de uma comunicação implícita que de uma vez que nossos pais nos davam tudo que necessitássemos deveríamos ser igualmente capazes de responder à altura do que eles almejavam para nós?
Desta maneira, a priori, estaríamos nos comportando de acordo com o esforço incomensurável que eles faziam por nós.
Diante desta lei silenciosa de ordem e obediência, não havia espaço para o auto-reconhecimento de nossas falhas e limites.
Era feio e inadequado ter limites.
Afinal, diante de nossas fraquezas frequentemente escutávamos:
"É só querer".
Incapazes de responder a tais expectativas exageradas, crescemos com a sensação, quase que despercebida, de que quando oferecermos algo, jamais será o suficiente.
Aliás, o outro, além de pedir por mais, não terá empatia pelo nosso esforço já realizado...
A maioria de nós foi educada com a mensagem de que poderia ser e fazer sempre mais e mais.

Por exemplo, quando fazíamos algo bem, ao elogio era adicionado uma expectativa ainda maior:
"Muito bem, agora que fez isso, faça aquilo".
Em outras palavras, a energia do reconhecimento não estava unicamente associada ao regozijo, mas também cobrança de algo "mais".
Neste sentido, o próprio reconhecimento vinha carregado de uma mensagem de insuficiência!
Diante da insuficiência, sentimo-nos isolados, encapsulados na inadequação.

Como romper esta barreira que um dia nos serviu para nos proteger do risco de decepcionar os outros com nossas fragilidades?
Como sanar a sensação de dever ser ou dar sempre mais? Primeiro, podemos reconhecer a ansiedade e a inadequação como sentimentos que nos revelam algo além do desconforto: eles nos alertam que estamos nos pressionando e sendo pressionados.
Segundo, reconheça este aviso como um alerta importante e não duvide de si mesmo.
Pois a dúvida nos paralisa instantaneamente.
Continue a encarar a inadequação como um aviso de fronteiras.
Lembre-se: os outros podem nos tratar mal, mas ainda assim podemos nos tratar bem!
Em seguida, devemos trabalhar o medo da exclusão.
Pois, diante da ameaça da exclusão acionamos o mecanismo compulsivo de suprir as exigências alheias.
Mas, lembre-se: não reconhecermos nossas fragilidades é um modo de nos excluirmos de nós mesmos!
Ao aceitarmos nossos limites, sejam eles passageiros ou não, tornamo-nos inteiros.
Neste sentido, reconhecer nossos limites é tanto uma forma de auto-organização como de harmonizar os relacionamentos com os outros.
Pois, quando revelamos nossa condição real, os outros também poderão nos perceber de um modo integrado.
Nesse momento, a ameaça de sermos excluídos não será mais vista como uma única possibilidade.
Na medida em que percebemos que o medo da exclusão é regido por nossas projeções mentais negativas, podemos olhar a realidade com novas possibilidades de solução.
Tudo é cíclico.
Assim como nosso desenvolvimento interior.
Podemos a qualquer momento treinar o auto-reconhecimento se nos alegrarmos com o que já sabemos e quem somos agora mesmo!