segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Dez dicas para o crescimento espiritual

O crescimento espiritual é o processo do despertar interior, tornando-se consciente de nosso ser interior. Isto significa a elevação da consciência além da existência comum, e o despertar para algumas verdades 
Universais. Significa ir além da mente e do ego e compreender quem realmente 
você é.

O crescimento espiritual é um processo de desprendimento de nossas concepções, pensamentos, crenças e idéias errôneas, tornando-nos mais e mais conscientes de nosso ser interior. Este processo revela o espírito
interior que está sempre presente, mas oculto além da personalidade-ego. O 
crescimento espiritual é de grande importância para todos, não somente para as 
pessoas que buscam a iluminação espiritual e escolhem viver em locais distantes 
ou isolados. O crescimento espiritual é a base para uma vida melhor e mais 
harmoniosa para todos, livre de tensão, medo e ansiedade. Ao descobrirmos quem 
nós realmente somos, nós temos uma abordagem diferente da vida. Nós aprendemos 
a não permitir que as circunstâncias externas influenciem o nosso ser interior 
e o estado da mente. Nós manifestamos serenidade e desprendimento, e 
desenvolvemos poder e força interior, os quais são ferramentas muitos úteis e importantes.

O crescimento espiritual não é um meio para escapar das responsabilidades, com comportamentos estranhos e sendo uma pessoa não prática. É um método de evoluir e se tornar uma pessoa mais forte, mais feliz e mais 
responsável. Vocês podem percorrer o caminho do crescimento espiritual, e ao 
mesmo tempo, viver o mesmo tipo de vida como todos os outros. Vocês não têm que 
ter uma vida reclusa, em algum lugar distante. Vocês podem criar uma família, 
trabalhar ou dirigir um negócio, e ainda, ao mesmo tempo, se engajarem em 
práticas que levem ao crescimento interior.

Uma vida equilibrada requer que cuidemos não somente das necessidades do corpo, sentimentos e mente, mas também do espírito, e este é o papel do crescimento espiritual.

Dez dicas para o crescimento espiritual:
1 - Leia livros espirituais e edificantes. Pense no que lê, e descubra como você pode usar a informação em sua vida.
2 - Medite, por pelo menos 15 minutos todos os dias. Se não souber como meditar, é fácil encontrar livros, websites ou professores que podem lhe ensinar a meditação.
3 - Aprenda a acalmar a sua mente através de exercícios de concentração e da meditação.
4 – Reconheça o fato de que você é um espírito com um corpo físico, não um corpo físico com um espírito. Se puder realmente aceitar esta idéia, isto mudará a sua atitude em relação a muitas coisas em sua vida.
5 – Olhe freqüentemente para si mesmo e para a sua mente, e tente descobrir o que é que o torna consciente e vivo.
6 – Pense positivo. Se você estiver pensando de modo negativo, imediatamente mude para o pensamento positivo. Esteja no controle do que entra em sua mente. Abra a porta para o positivo e a feche para o negativo.
7 – Desenvolva o hábito da felicidade, olhando sempre o lado bom da vida e se esforçando para ser feliz. A felicidade vem do interior. Não permita que as suas circunstâncias externas decidam a sua felicidade por você.
8 – Exercite freqüentemente a sua força de vontade e a sua capacidade de tomar decisões. Isto o fortalece e lhe dá o controle sobre a sua mente.
9 – Agradeça ao Universo por tudo o que você recebe.
10- Desenvolva a tolerância, a paciência, o tato e a consideração pelos outros. O crescimento espiritual é o direito nato de todos. É a chave para uma vida de felicidade e de paz de espírito, e da manifestação 
do enorme poder do espírito interior. Este espírito está igualmente presente na 
pessoa mais materialista e na pessoa mais espiritualizada. O nível da 
manifestação da espiritualidade depende de quanto o espírito interior está 
próximo à superfície e de quanto ele está oculto pelos pensamentos, crenças e 
hábitos negativos.

Remez Sasson 

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Porque tudo se renova

Outro dia, sem nem perceber... me peguei me aceitando, em algumas coisas que antes não aceitava em mim... e pude sentir o gosto da liberdade bem na ponta da língua, de tão real...

Sabe aquelas coisinhas que você julga que não são muito boas, coisinhas bobas e sem importância, mas que, por memórias equivocadas não se adequam ao que cabe dentro das regras, e você se vê, automaticamente, seguindo ainda essas regras... e fazendo muita coisa porque ainda tem que.

Pois é... de repente me vi livre de muitos tem que.... e foi tão bom... mas tão bom que pude sentir como é simples ser feliz.


Percebi como ainda tinha medo de me revelar por inteiro... como sou... sem mais nem menos... E é tão bom, quando dentro das suas possibilidades do momento, você se aceita mais um pouquinho que seja, com seus supostos defeitos e qualidades... sem julgar se aquilo é um defeito ou qualidade, mas aceitando que aquilo é Você na forma em que se encontra hoje...
Mesmo porque defeito e qualidade são muito relativos e o que é defeito para um pode ser qualidade para outro... Eu mesmo já mudei de idéia quanto a muita coisa que achava que era defeito e que vi que era qualidade e vice-versa... Afinal, nosso juízo sobre esses assuntos são muito direcionados por padrões de normalidade que, cá entre nós, não são lá muito confiáveis... porque foram criados para que neles coubessem muitas pessoas.... mas muitas mesmo...

Por isso, quando a gente descobre que não precisa se adequar a nenhum padrão de comportamento que não seja o ditado pela nossa Alma, a liberdade que vem daí não tem preço... Liberdade não só para você, mas para todo mundo que você também queria enquadrar...
Você começa a perceber a beleza única de cada um... a riqueza infinita de formas de ser e de fazer, que não se repetem uma única vez... as infinitas possibilidades da Criação se manifestando em cores e nuances mágicas que, fazem da vida um arco-íris que se estende até o infinito, como um tapete macio e colorido que recebe pés que ousam dar o primeiro passo, a cada passo...

Você percebe a beleza irrepetível de fazer a aparentemente mesma coisa, de forma única, porque sabe que na abundância ilimitada da criação existem infinitas possibilidades de combinações que nos possibilitam sempre trazer o novo... mesmo no velho...

Você percebe que o velho nem existe.... porque tudo se renova. O que existe é o nosso apego às coisas que... cristalizamos com ele e com isso paralisamos no tempo tendo a falsa ilusão que aquilo não muda...

E, então, você acorda um dia maravilhada por descobrir que aí mesmo na sua casa, da maneira que é você é, no seu jardim... ou no quintal... ou mesmo na janela do seu apartamento, existe todo um mundo novo esperando para se revelar para você... que também já não é a mesma pessoa que dormiu ontem... nem por dentro nem por fora. Ninguém passa por um dia ou por uma noite impunemente... sempre saímos diferentes do que entramos...

E você entende, de repente... que ser feliz é como uma brisa que sopra suave e acaricia seu rosto... lhe fazendo puxar o ar inesperadamente para bem profundo... ao constatar que você está sendo cuidada pela vida...


Rubia Danté

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Procuro um amante

Amante é "aquilo que nos apaixona". É o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono, e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir. O nosso amante é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta. É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.
Às vezes encontramos o nosso amante em nosso parceiro, outras em alguém que não é nosso parceiro, mas que nos desperta as maiores paixões e sensações incríveis. Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música ou na política, no esporte ou no trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente ou na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto...

Enfim, é "alguém" ou "algo" que nos faz "namorar" a vida e nos afasta do triste destino de "ir levando". E o que é "ir levando"? É ter medo de viver. É vigiar a forma como outros vivem, é se deixar dominar pela pressão, é perambular por consultórios médicos, é tomar remédios multicoloridos, é afastar-se do que é gratificante, é observar decepcionado cada ruga que o espelho mostra, é se aborrecer com o calor ou frio, com a umidade ou a chuva. "Ir levando" é adiar a possibilidade de desfrutar o "hoje", fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar algo amanhã.

Por favor, não se contente com "ir levando", procure ou busque um amante, seja também um amante e um protagonista da SUA VIDA. Acredite: o trágico não é morrer, afinal a morte tem boa memória e nunca se esqueceu de ninguém. O trágico é desistir de viver, por isso, sem mais delongas, procure um amante.

- Dr. Jorge Bucay - 

domingo, 12 de dezembro de 2010

Os fios da nossa vida

Toda vez que amamos uma pessoa lançamos, por assim dizer, um fio de nossa energia sobre ela, o que cria uma conexão viva entre os dois campos vibratórios, mesmo à distância. Dessa forma, "sentimos" quando ela não está bem ou quando pensa em nós intensamente. 

Projetamos esse fio de conexão também sobre os amigos, as pessoas que gostamos, os projetos que temos; toda vez que nos identificamos com alguém e alguma coisa, lançamos nela uma parte de nossa energia, criando o vínculo. 

Da mesma forma, quando odiamos alguém ou temos medo de algo, também nos ligamos energeticamente, mesmo sem querer. Quantas vezes ouvimos falar de pessoas que durante anos e anos ficaram presas entre si pelo ódio, sempre realimentado, sem conseguir seguir adiante na sua vida...

As situações mal resolvidas no passado formam muitas vezes uma rede de fios que carregamos nas costas (à imagem dos cães que arrastam na neve os trenós nos países gelados ) - continuamos arrastando as lembranças e culpas pela vida afora - e empenhando tanta energia nisso que pouco sobra para estarmos disponíveis para o presente. Ficamos, literalmente, amarrados ao passado.

Vivemos, assim, em meio a uma rede de fios que nos liga às pessoas, situações, ideais, medos, lembranças e esperanças.

Esse vínculo pode ser muito prazeiroso em certas situações, como quando amamos; mas quando o contato termina, muitas vezes sentimos que "uma parte de nós" ficou com o outro. Embora estejamos nos referindo aos sonhos e expectativas, isso ocorre realmente em termos energéticos.


É necessário "puxar o fio de volta", resgatar a energia que ficou projetada sobre o outro, e Integrá-la novamente em si mesmo. Voltar a estar inteiro. 

O perdão é uma forma de fazer isso. Ao perdoar o outro, abrimos mão de toda expectativa lançada sobre ele e com isso trazemos de volta toda a nossa energia que com ele estava - seja sob a forma de amor, mágoa, raiva ou desejo de vingança. Ao liberar o outro, nos libertamos também. 

Da mesma forma, ao resolvermos internamente alguma situação do passado - aceitando as coisas da forma como aconteceram, mesmo que não tenha sido da maneira como esperávamos - recebemos de volta a energia lá investida e que até aí estava paralisada.

Ao fazer isso, fecha-se a brecha, e nos tornamos mais completos novamente. O que o outro faz não nos afeta mais. O que aconteceu é passado. Nos tornamos mais atentos ao presente. E, principalmente, mais disponíveis para a vida.

Sonia Weil

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Aqui mulher manda e o homem obedece

Diga! Diga que não vive feliz sem mim, que o mundo é cinza sem o meu sorriso. Tenha certeza que diante dessa declaração eu lhe entregarei todo o meu ardor!

Traga! Traga o seu melhor sorriso, a sua história mais divertida e os seus sonhos mais insanos, eu te ajudarei a conquistar cada um deles.

Mande! Mande flores de todas as cores, aromas e formatos com frases malucas e versos de paixão, eu te amarei no ato!

Desacredite! Desacredite, duvide, não coloque fé alguma nas minhas afirmações sobre não precisar de você... Sobre a minha auto-suficiência... Sobre o meu trabalho me bastar. EU PRECISO DE VOCÊ!

Ignore! Ignore o meu ciúme, desfaça a minha insegurança com o seu melhor beijo e receba em troca a minha paixão em forma de sedução.

Faça! Faça juras de amor aos quatro ventos, mande cartas, torpedos e e-mails que eu te devolverei risadas, prazeres e momentos inesquecíveis.

Aprenda! Aprenda que nem tudo que eu digo deve ser levado ao pé da letra, mas ainda assim eu preciso que você escute, nem que seja para rir de mim ou comigo. Prometo que a diversão será garantida!

Despreze! Despreze a minha indiferença, ela serve apenas de escudo para eu não demonstrar o quanto sou louca por você, especialmente após um desentendimento qualquer.

Abrace! Abrace-me quando eu chorar, não queira encontrar respostas para os meus problemas, simplesmente me envolva com a sua força masculina e me segure firme. Nesse momento você compreenderá como a sua presença é insubstituível.

Entenda! Entenda que nem sempre eu consigo ser tão racional quanto você gostaria, mas são justamente diante das nossas incongruências que eu posso te mostrar o que habita de especial na minha alma de mulher, deixe-me colorir a sua vida.

Proteja! Proteja-me de mim mesma, da minha insanidade em querer acreditar que a solidão não me incomoda, da minha arrogância em falar EU ao invés de NÓS , da minha prepotência em afirmar que não preciso do seu amor, da sua força e do seu vigor.

Entre! Entre, não bata na porta, invada a minha vida, venha perfumado ou desalinhado, mas venha.

Agarre! Agarre os meus cabelos com força e um toque de doçura. Cheire os meus lábios antes de tocá-los com a sua boca. Mergulhe nos meus olhos, mas não diga palavra alguma, apenas os seus olhos devem me tirar para dançar...

Dance! Dance a música do amor diante do meu corpo nu, porém não esqueça de convidar a minha alma para bailar, caso contrário você receberá apenas uma pequena parte do prazer que eu posso lhe ofertar.

AME! Ame sem restrições, machismo ou egoísmo, ofereça o seu melhor. Ame e receba em dobro tudo de maravilhoso que uma mulher pode agregar a existência de um homem.

Obedeça! Obedeça a todas essas regras e eu lhe garanto que não irá se arrepender. Eu vou te amar como você jamais foi amado... Do direito e do Av3sso, com uma paixão avassaladora, com o calor do sol e o frescor da lua. Espalharei o amor pelos quatro meridianos da sua existência, realizarei os seus desejos mais secretos, entoarei os mais belos cânticos para a sua alma e o conduzirei a caminhos desconhecidos e a trajetos de felicidade inexplorados. Lembre-se, porém, que no território de uma Av3ssa você não manda, apenas obedece, esse é o preço!

Lígia Guerra

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Bolinhos de chuva

A gente se cobra tanto que esquecemos de fechar a porta. Deveríamos nos pressionar menos. Aceitar que esqueceremos sempre alguma coisa a sair, de que é natural não se lembrar de tudo, de que não adianta se explicar, o melhor é viver sem sinalização. Tão simples. Extraviei a ingenuidade e não coloquei nada em seu lugar. Talvez minha ingenuidade fosse comer bolinho de chuva no sábado de tarde. Ingenuidade é quando temos vó para fazer nossos desejos. Depois, maduros, nossos desejos são bem mais difíceis. O cotidiano poderia ser mais líquido, menos temeroso. Trabalha-se para conseguir reconhecimento que se perde dentro de casa. Fica-se com a família para conseguir o reconhecimento que se perde no trabalho. É necessário pular do jogo de compensações, se permitir não ser bem informado, não saber o que acontece, não depender do tempo para definir o que fazer no dia. Ler um livro que não é lançamento. Ler uma revista velha de consultório de dentista. Cortar o cabelo diferente. Escolher um filme no escuro. Fazer palavras cruzadas com ajuda dos resultados. Tomar a cerveja da visita que não apareceu. Ligar para amigos sem um pretexto. Permanecer de bobeira, ingenuamente de bobeira. Não estocar, não se guardar, não se esconder, não esperar o pior, não xingar. Compreender que o outro pode estar falando a verdade, mesmo que a verdade não seja o que gostaríamos de ouvir. Tanto que recebi uma mensagem de um amigo que fala do distanciamento adulto, do isolamento adulto, que não é solidão, que é algo que nos adia até nos adiar novamente:

"Chega uma hora em que não nos esforçamos mais para aprender. Aprender o que o outro quer, o que o outro precisa. Tudo se torna causa própria: minha família, meus amigos, meu trabalho, minhas festas. E o resto que se dane. Eu lembro de minha irmã mais velha. Era ciumento quando pequeno. Interrogava seus namorados como um cão de guarda. Ela levava na brincadeira e ria da implicância. Eu me dava tão bem, não precisávamos ter alguma coisa em comum. Se ela chorava, eu não queria saber o motivo. Eu me juntava a ela como um pacto até ajeitar seus olhos. Eu dedicava minha vida para ouvi-la. Ela dedicava a sua para me entender. Ela me levava em seus passeios, por mais tedioso que é ter o irmão mais novo colado. E não sentia que estava incomodada, ela tinha orgulho de me apresentar o mundo. Alargou os padrões domésticos. Saiu de casa cedo, fez minha primeira festa aberta aos amigos, me ensinou a dirigir, me deu dicas de como me comportar com as mulheres (o que convenhamos, não deu muito resultado). Passou em primeiro lugar na universidade, era inteligente a ponto de tornar qualquer sucesso dos seus irmãos um tremendo esforço. Ela fazia as provas e os testes sem estudar. Nada parecia complicado. Ela cresceu, teve filhos, casou. Eu cresci, tive filhos, casei. Hoje não há alegria, não há comoção das diferenças, não há compreensão. Não nos prendemos ao telefone e acabamos estranhos, indiferentes, medrosos. Ninguém comemora o sucesso do outro. Nossos filhos não brincam juntos. Não dividimos casa na praia. Como telegramas, só nos comunicamos nas tragédias. As diferenças sociais e de classe nos afastaram. Ela apenas fala de trabalho e viagens, do que gasta e não gasta. Eu não sei o que falar. Cada um procura sua mãe para reclamar, que é a mesma."

Fabricio Carpinejar

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Os dez mandamentos de Osho

Em 1970 perguntaram a Osho pelos seus dez mandamentos.
Esta foi sua resposta:

Você pergunta pelos meus dez mandamentos. Isso é muito difícil, porque eu sou contra qualquer tipo de mandamento. Todavia, só pela brincadeira, eu estabeleço o que se segue:

1 - Não obedeça a ordens, exceto àquelas que venham de dentro.

2 - O único Deus é a própria vida.

3 - A verdade está dentro, não a procure em nenhum outro lugar.

4 - O amor é a oração.

5 - O vazio é a porta para a verdade, é o meio, o fim e a realização.

6 - A vida é aqui e agora.

7 - Viva completamente acordado.

8 - Não nade, flutue.

9 - Morra a cada momento para que você possa se renovar a cada momento.

10 - Pare de buscar. O que é, é: pare e veja.

Osho em "A cup o tea"

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Aprenda a se amar

Você já reparou que por vezes queremos abraçar o mundo, quando na verdade não conseguimos abraçar a nós mesmos? Qual foi a última vez que você se abraçou?... Queremos cuidar de todos, enquanto não conseguimos, ou não sabemos, cuidar de nós e nem daqueles que amamos.

Quando não recebemos amor e atenção de nossos genitores da forma que desejávamos na infância, passamos a vida em busca deste amor em forma de reconhecimento e aprovação. Esperamos sempre, consciente ou inconscientemente, que alguém reconheça nosso valor e, quando não acontece, perdemos nosso referencial interno e também nossa auto-estima. Esperamos aprovação pelo que fazemos e, acima de tudo, pelo que somos e realizamos. E por não sermos reconhecidos, principalmente por pessoas significativas, deixamos de acreditar em nossa capacidade. Assim, passamos a buscar amor sempre no outro, e nunca dentro de nós. Esquecemos o quanto é essencial aprendermos a nos amar. Em alguns momentos, perdemos nosso amor-próprio e com ele nossa confiança, por isso a opinião dos outros se torna tão importante. Quantas vezes você disse a si mesmo do seu próprio amor? Quantas vezes você disse que se ama? Nunca? Pode ser! Mas sempre é tempo para começar.

Do mesmo modo que nosso físico precisa de água e comida, nossas emoções também precisam ser alimentadas. Mas estamos sempre esperando que o outro nos ame, nos abrace, que reconheça nosso valor, demonstre o quanto somos importantes, pois não nos sentimos capazes. Por que não nos amamos? Não nos aprovamos? Não nos sentimos importantes? Já pensou que se não nutrirmos estes sentimentos por nós mesmos, como podemos esperar que alguém o faça, e ainda mais, que faça melhor que nós? Por que desprezamos tanto nossa capacidade? Já pensou sobre isso?

É preciso aprender a identificar cada sentimento, sabendo o que sente e depois respeitar estes mesmos sentimentos e não desprezá-los. Não nos respeitamos e depois reclamamos que os outros não nos respeitam. Quantas vezes você sentiu algo e ignorou este sentimento para você mesmo? Geralmente isto acontece porque durante a vida, as pessoas tidas como significativas, ignoraram suas reais necessidades emocionais e com o tempo você aprendeu a fazer o mesmo. Por que desprezaram sua dor, você vai fazer igual? Pare com esse círculo vicioso. Olhe para dentro de você. Não como quem olha no espelho, superficialmente e tentando encontrar algum defeito, e porque até neste momento a imagem refletida é invertida. Olhe de verdade para dentro de seu ser, de sua alma. Deixe o medo de lado, pois ele não permite que você cresça. Enfrente-o e acredite que irá descobrir muitas qualidades que talvez ninguém reconheça, mas que há dentro de você. E se encontrar defeitos, quem não os têm? Olhe para eles com carinho, para mudar cada um, se quiser.

Transforme este momento no que podemos chamar verdadeiramente de crescimento, evolução. Liberte-se das necessidades não supridas de amor, aprovação, reconhecimento e saiba que só você pode se aprovar. Aprenda a se abraçar, se respeitar, se aceitar, se amar. Dê a si mesmo todo o amor que espera receber de alguém, pois só assim você poderá realmente ser amado e amar. Liberte-se das culpas, perdoe e perdoe-se! Liberte-se também das mágoas e dos ressentimentos do passado que só aprisionam e machucam tanto.

Agora, com as mãos livres, faça o seguinte exercício: coloque sua mão direita sobre seu braço esquerdo e sua mão esquerda sobre seu braço direito. Pronto! Você está aprendendo a se abraçar. Abrace-se com carinho, fale do quanto você é capaz, do quanto você pode conquistar com seus próprios méritos. Fale do quanto acredita em você e, principalmente, do quanto você se ama. Fale que a partir de agora, só você mesmo pode aprovar ou não o que faz. Se ninguém o ama, você se ama. Se ninguém vibra com suas conquistas, você mais do que ninguém passará a valorizar e a celebrar cada uma delas.

Não espere mais que o outro venha salvá-lo, venha aprová-lo e reconhecer tudo de bom que você faz. Pare de colocar sua vida e seus sentimentos, que é tudo que você tem de mais valioso, nas mãos de alguém. É claro que você pode dividir tudo isso com alguém que seja muito especial e que o ame muito, do contrário, guarde tudo só para você.

Agora olhe para dentro de você, sem medo, para que possa se descobrir. Perceba sua essência, deixe brilhar sua luz, pois só assim encontrará paz e poderá valorizar sua maior dádiva: sua vida neste momento presente! Afinal, o passado já se foi... e o amanhã, ah, o amanhã! Quem saberá? Por isso, a hora de começar é agora, faça seu melhor já! Comece irradiando amor... primeiro por você, depois poderá contagiar aqueles que ama.

Rosemeire Zago

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Frequencia da auto-imagem

Tem Compaixão para com os outros, e trata-os com Amor e Compreensão.
Pára de Julgar e Rejeitar, e tudo virá a dobrar.
Aperfeiçoa-te, sê Vulnerável, Desfruta e Partilha todas as tuas experiências.

Editado em 23.12.2007

Quer estejas consciente ou não do processo, não o poderás mais esconder: A humanidade está em transformação e tenta acompanhar o ritmo da mudança. A nova corrente iniciada é a frequência da Auto-Imagem.

Podemos criar tudo o que quisermos, e o processo de criação é visível muito rapidamente. Contudo, devemos nos perguntar o que realmente queremos. Atrevermo-nos a olhar mais de perto quais são os nossos medos. Nossas inseguranças e como nos observarmos. Quantas vezes ainda criticamos os outros e suas acções. Quantas vezes ainda nos distraímos colocando o foco no meio envolvente ou mesmo no que se passa no mundo.

Toma consciência da tua jornada pessoal. Decide o que queres, como queres e onde o teu coração te leva. Observa-te, como falas, o que pensas e como te sentes. Toma consciência das tuas acções. Mantém-te ligado e confia.

Sê o teu melhor crítico, para que possas perceber imediatamente o sinal, se te estiveres a desviar do caminho. A cada novo passo irás receber como que uma alegria interior, uma sensação de que é por ali. Se não for este o caso, então pergunta-te porque estás prestes a dar este novo passo. Quais são as tuas motivações. Tenta verificar constantemente quais as tuas emoções. Não sigas cegamente as emoções dos outros, ou das dos líderes espirituais.

Os tempos estão a mudar, muitos métodos e opiniões estão já caducas e podem atrasar o teu desenvolvimento. Segue o teu coração. O que tem a ver contigo. O que serve para ti. Cada um escolhe as suas próprias soluções. Não julgues os outros, sejam quais for as suas escolhas.

Concentra-te e liga-te ao que te inspira, ao que te toca bem lá dentro. Concentra-te em assuntos positivos.

Há imensa ajuda, no teu meio ambiente como para lá dele, até noutras dimensões. Contudo, ninguém te poderá ajudar caso não o declares. Portanto, se honesto, justo, atreve-te a ser vulnerável.

Quando temos a coragem de ser mais vulneráveis, então as coisas certas para nós podem vir. Leva o teu tempo e não te sintas pressionado por nada nem ninguém. Demora o tempo que precisares, mas toma consciência que tudo são escolhas.

Podes escolher perceber e resolver algo amanhã, na semana seguinte, ou mesmo no mês seguinte. A escolha é sempre tua, qualquer que seja a decisão, está certa. Apenas irá afectar o quanto tempo mais irás vivênciar a experiência.

A qualquer hora do dia, está atento a ti: Segue as tuas emoções e intuição e então irás experiênciar a transformação que te levará até às novas frequências de 2012, o que será uma tremenda mudança.

Portal: Keys of the Arcturians

Será que voce se ama?

Cobranças excessivas, noites sem dormir, desgastes emocionais, discussões sem motivo, projeções futuras sem a mínima chance de concretização, seja no âmbito de relacionamentos ou profissional, sim, tudo isto pode estar destruindo seu campo emocional.

Hoje em dia, cada vez mais presenciamos situações de desequilíbrio, no trabalho, em casa e nas relações de amizade. O interesse se sobrepõe a tudo e a todos na grande maioria dos casos, e isto acontece quando escolhemos ou permitimos.

As pessoas equilibradas conseguem se manter à parte de tudo isso, e vivem na luz. Porém, quando estamos em fase de desequilíbrio energético, viramos inimigos de nós mesmos.

Criamos situações que não permitem crescimento ou felicidade, somente angústia, depressão e cobrança excessiva.

Quantas e quantas vezes já escutamos: se você não se ama, quem irá amá-lo?

Se você não se valoriza, quem irá valorizá-lo?

Se você não acredita em você, quem irá acreditar em você?

Mas e se todas essas respostas forem sim?

Você se torna seu principal inimigo quando cria e atrai situações que são semelhantes ao seu desequilíbrio energético.

Somos seres de luz que viemos para um crescimento pessoal, para sermos felizes e realizados, isto representa conexão plena com o Todo, com o Universo.

Podemos analisar como agimos de inimigos frequentes a cada situação exposta acima:

- será que você se ama em primeiro lugar? Os relacionamentos se tornam conturbados quando esquecemos de nós mesmos e somente enxergamos o outro como ideal de vida, isto é possível e comum. Como o outro amá-lo e valorizar se você não se enxerga como pessoa e ser de grande valor?

- o processo de rejeição trazido da infância também cerceia de forma impactante os relacionamentos, principalmente de duas formas, ou encontrando alguém que você ama e não lhe quer, e você passa a vida inteira atrás da pessoa e sofrendo... Ou encontra alguém que você não ama e convive pelo simples medo de estar só.

- no âmbito profissional não enxergamos nosso valor e competência e nos retraimos frente a desafios perdendo oportunidades de crescimento.

- em alguns casos, fazemos escolhas de empresas doentes e ambientes não sadios. Será que sua energia não estava desta forma quando escolheu esse local para trabalhar?

Por que não modificar tudo isso e mudar o padrão vibracional, tornando-o favorável em cada situação vivida?

...
 Quanto mais você entra em contato com seu propósito de vida Divino, mais você passará a agir de acordo com a sua intuição e haverá nesse momento um pleno equilíbrio entre espírito e matéria.

O estado de desequilíbrio se consolida em sua vida quando há uma desconexão entre espírito e matéria, ou seja, seu espírito tem propósitos e desejos que sua matéria não está realizando e nesse momento você se torna seu principal inimigo pois passa a haver um conflito em seu interior e a insatisfação começa a fazer parte do seu dia-a-dia.

Mudar tudo isso é fácil, só requer o seu desejo de modificar padrões, eliminar bloqueios e tornar-se um ser equilibrado através da modificação de seus padrões vibracionais...

Maria Isabel Carapinha

domingo, 21 de novembro de 2010

A entrega

Entregar-se em confiança aos desígnios da existência, é uma das lições mais importantes que temos a aprender, em nossa jornada em direção ao autoconhecimento.

E um dos aprendizados mais belos também, pois nos torna ligados de forma indissociável ao mistério da vida, aquela dimensão sobre a qual não temos qualquer controle.

Mas, para isto, precisamos desenvolver uma fé inabalável e uma atenção permanente aos sinais que a vida nos envia. Sem isto certamente nos enredaremos nos artifícios e nas ilusões criados pela mente, e perderemos a chance de experimentar o melhor da vida.

Todas as vezes em que nos sentirmos perdidos, à procura de uma resposta para nossos problemas cotidianos, precisamos aprender a relaxar, permanecer em silêncio, à espera de que as respostas surjam de algum lugar.

E elas sempre surgem para aqueles que confiam, ainda que não seja no tempo desejado pelo ego. A impaciência e a ansiedade são os maiores inimigos da entrega, pois nos impedem de aguardar serenamente pelas respostas que desejamos.

Não por acaso a meditação é algo quase impossível para pessoas ansiosas. Muitas buscam nesta prática um antídoto para sua ansiedade, mas o primeiro passo que precisam aprender é permanecer em silêncio, sem qualquer expectativa. A ação neste caso se torna inútil e o maior obstáculo para que possam perceber as respostas que a intuição lhes envia.

Entregar-se significa desarmar todas as defesas e deixar que uma nova dimensão se abra para nós, aquela em que as palavras, assim como as ações, se tornam dispensáveis. É no silêncio que nossa verdadeira essência se revela.

"Existem coisas que só acontecem, que não podem ser feitas. O fazer diz respeito a coisas muito banais, mundanas. Você pode fazer alguma coisa para ganhar dinheiro; pode fazer alguma coisa para ser poderoso, pode fazer alguma coisa para ter prestígio; mas não pode fazer nada quando o assunto é amor, gratidão, silêncio.

É importante entender que o "fazer" significa o mundo, e o não fazer significa aquilo que está além deste mundo - onde as coisas acontecem, onde só a maré o arrasta para a praia. Se você nadar, a coisa não acontece. Se você fizer algo, estará na verdade cooperando para que ela não aconteça; porque todo fazer é mundano.

Muito poucas pessoas chegam a conhecer o segredo do não fazer e a deixar que as coisas aconteçam. Se você almeja grandes coisas - coisas que estão além do pequeno alcance das mãos humanas, da mente humana, das capacidades humanas -, então você terá que aprender a arte do não fazer. Eu a chamo de meditação.

....E a meditação significa basicamente o início do não fazer, relaxar, seguir a maré - ser apenas uma folha na brisa, ou uma nuvem se movendo no céu.

....Lao-Tsé chegou à iluminação sentado sob uma árvore. Uma folha tinha acabado de cair; era outono e não havia pressa; a folha voava ao sabor do vento, devagar. Ele observou a folha. A folha foi caindo até chegar ao chão, e enquanto observava a folha caindo e pousando no chão, de algum modo ele também foi se aquietando. Desse momento em diante, ele se tornou um não fazedor.

.... Todo o ensinamento de Lao-Tsé se assemelhava ao do rio: siga a corrente seja para onde ela for, não nade. Mas a mente sempre quer fazer alguma coisa, porque desse modo o crédito vai para o ego. Se você simplesmente seguir a maré, o crédito vai para a maré, não para você. Se você nadar, você pode ter um ego maior: "Eu consegui atravessar o canal da Mancha!"

Mas a existência o dá à luz, lhe dá a vida, lhe dá amor; lhe dá tudo o que é precioso, tudo o que não pode ser comprado com dinheiro. Só aqueles que estão prontos para dar todo o crédito pela sua vida à existência percebem a beleza e as bênçãos do não fazer.

....É uma questão de ausentar-se como ego, de deixar as coisas acontecerem. Entregue - essa palavra contém toda a experiência.

.....Criamos uma sociedade que acredita somente no "fazer", enquanto a parte espiritual do nosso ser morre à míngua porque precisa de algo que não se faz, mas acontece.

.... nós damos um jeito em tudo, transformamos tudo num "fazer" e o resultado final é que aos poucos a hipocrisia se torna uma característica nossa. Nós nos esquecemos completamente que se trata de hipocrisia.

E na mente, no ser de uma pessoa que é hipócrita, qualquer coisa do mundo do não fazer é impossível. Você pode continuar fazendo mais e mais; você se tornará quase um robô.

Portanto, sempre que você passar, subitamente, por uma experiência de acontecer, encare-a como uma dádiva da existência e faça desse momento o arauto de um novo estilo de vida.

Simplesmente reserve alguns momentos das 24 horas do dia, quando não estiver fazendo nada, simplesmente deixe que a existência faça algo a você. E as janelas começarão a se abrir para você, janelas que o ligarão com o universal, o imortal". OSHO

Elisabeth Cavalcante

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

É proibido achar

Chego em casa à noite, exausto. A mesa vazia. Nada sobre o fogão. Nem no forno. Nem na geladeira. Não há jantar. Pior! Os ovos, sempre providenciais, acabaram. Sou forçado a me contentar com um copo de leite e bolachas. No dia seguinte, revolto-me diante da empregada.

— Passei fome!

— Ih! Achei que o senhor não vinha jantar!

Solto faíscas que nem um fio desencapado ao ouvir o verbo “achar” em qualquer conjugação. É um perigo achar. Não no sentido de expressar uma opinião, mas de supor alguma coisa. Tenho trauma, é verdade! Tudo começou aos 9 anos de idade. Durante a aula, fui até a professora e pedi:

— Posso ir ao banheiro?

Ela não permitiu. Agoniado, voltei à carteira. Cruzei as pernas. Cruzei de novo. Torci os pés. Impossível escrever ou ouvir a lição. Senti algo morno escorrendo pelas pernas. Fiz xixi nas calças! Alguém gritou:

— Olha, ele fez xixi!

Dali a pouco toda a classe ria. E a professora, surpresa:

— Ih... eu achei que você pediu para sair por malandragem!

Vítima infantil, tomei horror ao “achismo”. Aprendi: sempre que alguém “acha” alguma coisa, “acha” errado. Meu assistente, Felippe, é mestre no assunto.

— Não botei gasolina no carro porque achei que ia dar! — explica, enquanto faço sinais na estrada tentando carona até algum posto.

Inocente não sou. Traumatizado ou não, também já achei mais do que devia. Quase peguei pneumonia na Itália por supor que o clima estaria ameno e não levar roupa de inverno. Palmilhei mercadinhos de cidades desconhecidas por imaginar que hotéis ofereceriam pasta de dente. Deixei de ver filmes e peças por não comprar ingressos com antecedência ao pensar que estariam vazios. Fiquei encharcado ao apostar que não choveria, apesar das previsões do tempo. Viajei quilômetros faminto por ter certeza de que haveria um bar ou restaurante aberto à noite em uma estrada desconhecida.

Há algum tempo vi um livro muito interessante em um antiquário. Queria comprá-lo. Como ia passar por outras lojas, resolvi deixar para depois.

— Ninguém vai comprar esse livro justo agora! — disse a mim mesmo.

Quando voltei, fora vendido. Exemplar único.

— O senhor podia ter reservado — disse o antiquário.

— É, mas eu achei...

Mas eu me esforço para não achar coisa alguma. Quem trabalha comigo não pode mais achar. Tem de saber. Mesmo assim, vivo enfrentando surpresas. Nas relações pessoais é um inferno: encontro pessoas que mal falavam comigo porque achavam que eu não gostava delas. Já eu não me aproximava por achar que não gostavam de mim! Acompanhei uma história melancólica.

Dois colegas de classe se encontraram trinta anos depois. Ambos com vida amorosa péssima, casamento desfeito. Com a sinceridade que só a passagem do tempo permite, ele desabafou:

— Eu era apaixonado por você naquela época. Mas nunca me abri. Achei que você não ia querer nada comigo. Ela suspirou, arrasada.

— Eu achava você o máximo! Como nunca se aproximou, pensei que não tinha atração por mim!

Os dois se encararam arrasados. E se tivessem namorado? Talvez a vida deles fosse diferente! É óbvio, poderiam tentar a partir de agora. Mas o que fazer com os trinta anos passados, a bagagem de cada um?

Quando alguém me diz:

— Eu acho que...

Respondo:

— Não ache, ninguém perdeu nada.

Adianta? Coisa nenhuma! Vivo me dando mal porque alguém achou errado! Sempre que posso, insisto:

— Se não sabe, pergunte! É o lema que adotei: melhor que achar, sempre é verificar!

Walcyr Carrasco

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Auto-estima

A falta de amor por si mesmo é a causa essencial que está por trás dos desequilíbrios na maioria dos seres humanos desajustados. Sem esta qualidade básica, ninguém pode se direcionar na vida de modo positivo.

Infelizmente, nem todos os pais possuem a consciência do quanto é importante que a auto-estima seja estimulada desde cedo nas crianças. Muitos, ao contrário, por serem excessivamente críticos e exigentes, jamais se sentem satisfeitos com o desempenho do filho e fazem questão de afirmar isto, sempre cobrando mais perfeição ou comparando-o com outros, que eles julguem mais inteligentes ou habilidosos.

E esta é uma atitude das mais devastadoras, pois acontece numa fase em que a imagem que a pessoa tem de si mesma está sendo construída. O resultado é um ser humano inseguro, incapaz de sentir-se satisfeito consigo próprio, ainda que alcance alguns resultados positivos na vida. Ou seja, ele nunca estará realizado e sempre vai ter a sensação de que poderia ter feito melhor.

Cria-se um vazio interior, que procura ser preenchido de inúmeras formas, seja através de um desejo compulsivo por comida, por bebida ou alguma outra droga mais poderosa, ou por uma dependência afetiva, algo enfim que lhe dê a sensação, por algum tempo, de que é alguém de valor.

Nada pode substituir o amor, a atenção e o estímulo às qualidades positivas de uma pessoa, como forma de garantir que ela desenvolva uma auto-confiança indestrutível.

Ensinar alguém a amar a si mesmo, não é um estímulo ao egoísmo. Ao contrário, é uma maneira de fazer com que ele desenvolva sua capacidade de amar, para que só então possa direcionar este amor ao mundo exterior.

....A primeira amizade precisa ser consigo mesmo, mas muito raramente se encontra uma pessoa que seja amistosa consigo mesma.
.....Ensinaram-nos a condenar a nós mesmos. O amor-próprio foi considerado como um pecado. Não é.
Ele é a base de todos os outros amores, e é somente através dele que o amor altruísta é possível.
Como o amor-próprio foi condenado, todas as outras possibilidades de amor desapareceram.
Essa foi a estratégia muito ladina para destruir o amor.
É como se você dissesse a uma árvore: "Não se alimente da terra, isso é pecado.
Não se alimente da lua, da chuva, do sol e das estrelas; isso é egoísmo.
Seja altruísta, sirva outras árvores".
Parece lógico, e esse é o perigo.
Parece lógico: se você deseja servir os outros, sacrifique-se; servir significa sacrificar-se.
Mas, se uma árvore se sacrificar, ela morrerá e não será capaz de servir nenhuma outra árvore; de maneira nenhuma será capaz de existir.
Ensinaram-lhe: "Não ame a si mesmo". Essa foi praticamente a mensagem universal das pretensas religiões organizadas.
Não de Jesus, mas certamente do cristianismo; não de Buda, mas do budismo – de todas as religiões organizadas, este foi o ensinamento: condene a si mesmo, você é um pecador, você não tem valor.
E, por causa dessa condenação, a árvore do ser humano se retraiu, perdeu o brilho, não pode mais festejar.
As pessoas vão dando um jeito de se arrastar, não têm raízes na existência – estão desenraizadas.
Elas estão tentando prestar serviço aos outros e não podem, porque nem foram amistosas consigo mesmas.
......Eu não tenho nenhuma condenação, não crio nenhuma culpa em você.
Eu não digo: "Isto é pecado".
Eu não digo que o amarei só quando você preencher certas condições.
Eu o amo como você é, porque essa é a maneira que uma pessoa pode ser amada.
Eu o aceito como você é, porque sei que esse é o único modo que você pode ser.
É assim que o todo desejou que você fosse. É como o todo destinou-o a ser.
Relaxe e aceite-se e alegre-se - e então vem a transformação.
Ela não vem através de esforços.
Ela vem pela aceitação de si mesmo com tal profundidade de amor e felicidade, que não há nenhuma condição, consciente, inconsciente, conhecida, desconhecida.
O amor é alquímico. Se você se amar, a sua parte feia desaparece, é absorvida, é transformada.
A energia é liberada daquela forma.
Todas as coisas chamadas de pecado simplesmente desaparecem.
Eu não digo que você tenha que mudá-las; você tem que amar o seu ser, e elas mudam.
A mudança é um sub-produto, uma conseqüência.
Ame-se. Esse deveria ser o mandamento fundamental.
Ame-se. Tudo o mais se seguirá, mas este é o alicerce.
OSHO, The True Sage, # 4

Elisabeth Cavalcante

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Voce sabe virar a página?

Ainda esses dias eu abri um livro que ganhei de presente de uma amiga que partiu, mas que foi muito importante na história da minha vida. Ela não morreu fisicamente, partiu por necessidades pessoais. Lendo a dedicatória senti uma saudade dolorida, sofrida, de uma pessoa muito querida e que faz muita falta. Recordei imediatamente do ano de 2009, um ano que foi extremamente conturbado para mim e que levou algumas pessoas para longe, outras para uma outra vida. Um ano marcante e que trouxe consigo uma gama enorme de mudanças em praticamente todos os aspectos e que exigiu de mim uma enorme força interior que, para ser sincera, nem eu mesma sabia que possuía.
 
Hoje olho para trás e sinto uma alegria enorme ao pensar que não me perdi de mim mesma no meio de tantas tormentas. Acredito que o mais complexo do nosso sofrimento não seja a dor em si, mas o que deixamos de fazer quando a dor nos visita ou em quem nos tornamos se não soubermos lidar com ela.
 
O sofrimento faz parte da vida de todos nós, mas conseguir ser feliz apesar dele e além dele, nem sempre é fácil, mas é preciso! A tristeza ou a depressão, em momentos difíceis, serão visitas constantes por um período, porém não devem ganhar quartos e camas confortáveis nas nossas casas emocionais, devem apenas ser hóspedes temporárias que nos ensinam algumas coisas. Saber compreender que uma etapa chegou ao fim por mais feliz que ela tenha sido ou por mais danos que ela tenha nos causado, é sinal de que estamos adquirindo sabedoria. O que mais ouvi durante os anos que emprestei os meus ouvidos e o meu coração aos meus pacientes era: Por quê? Por que isso aconteceu? Por que acabou? Porque partiu? Por que não me amou? Por que eu tenho que passar por isso? Por que a minha vida é diferente?
 
Raramente alguém dizia: O que eu pretendo fazer com isso a partir de agora? O mais interessante é que essa necessidade humana de saber a causa e o motivo de tudo, na grande maioria da vezes, atrapalha muito mais do que ajuda. Existem pessoas que perdem uma vida inteira tentando compreender os porquês do ontem sem perceber as riquezas do hoje. As pessoas mais sensíveis e felizes que conheci eram afeitas a perguntas mais inteligentes do que o ‘porquê’ das situações, nelas existia uma percepção muito mais ampla acerca da própria existência. Pessoas assim tem um quê diferente, uma intuição especial, um jeito único de sentir as situações, não costumam repetir as escolhas e equívocos, são profundas.

Nem tudo pode ser explicado, querer entender porque o parceiro foi embora, o chefe nos demitiu ou o amigo sumiu pode nos ofertar algumas lições, apenas isso. Depois é preciso seguir em frente e olhar adiante. É preciso abandonar as culpas, os medos, os fantasmas e carregar na mochila apenas as vivências, os aprendizados e as lembranças que nos fazem bem e que nos tornam melhores.
 
Nas fases complicadas da vida é uma boa hora para nos livrarmos dos excessos, dos livros já lidos, das roupas não usadas, das bugigangas materiais e emocionais, é hora de limpar a casa e abrir espaço para o novo! Tão ou mais importante do que reciclar o lixo é reciclar os sentimentos. Saber virar a página nos permite rirmos de nós mesmas, a chorarmos e a gargalharmos com vontade e com verdade.
 
Na medida em que aprendemos que nada é para sempre e que a única certeza da vida é a constante mudança, nos tornamos seres humanos menos ansiosos e perturbados diante da novidade, dos contratempos e das surpresas cotidianas. Eu sempre acreditei que tudo aquilo que é natural e espontâneo emociona muito mais do que o que é planejado, pois está livre de expectativas.

Deixar para trás, esvaziar, abrir mão, não querer controlar, tornar-se mais leve, não ter medo do ridículo, amar sem medo, aconselhar com o coração e não com a prepotência, enxergar e não apenas olhar, dançar com os ouvidos e esquecer os pés... Não esperar flores, dar flores, beijar como se fosse a primeira vez e se despedir como se fosse a última, apreciar mais as dúvidas do que as certezas, cantar para vida e seduzir a felicidade, ser a melhor amiga de si mesma... Sinto que é isso que conquistamos quando nos permitimos iniciar um novo capítulo nos nossos livros pessoais, na nossa narrativa única, apaixonante e intransferível de sermos nós mesmas.

Ligia Guerra

Indecisões

Um dia você está aqui, mas quer estar lá.
Outro dia você está lá, mas quer estar aqui.
E lá vai você perdido pela vida,
Sem saber o que quer nem pra onde ir.
 
Um dia você está sozinho, mas quer encontrar o Amor.
Outro dia você O encontrou, mas quer voltar a ficar sozinho.
E lá vai você seguindo com o coração vazio,
Sem saber porque não recebe de ninguém o seu merecido carinho.

Um dia você está desempregado, e quer logo trabalhar.
Outro dia você está trabalhando, mas não pára de reclamar.
E lá vai você sem dinheiro uma vez mais,
Sem saber por que nenhuma empresa quer lhe empregar.
 
Um dia você acusa seus pais, tentando achar um culpado.
Outro dia culpa Deus, por não ser afortunado.
E lá vai você desperdiçando outra oportunidade
De ter uma vida produtiva, com alegria e aprendizado.
 
Um dia, em plena vida, você acha que tudo desaparecerá quando morrer.
Outro dia, além da morte, descobre que a vida teima em continuar,
E seus problemas ainda estão com você.
E lá vai você esperando uma nova chance de reencarnar e estar na Terra novamente.
 
Será que dessa vez você vai viver seu Presente ou vai
Apenas seguir desejando uma situação diferente?

Somos Todos UM SÓ!

Frank