terça-feira, 4 de agosto de 2009

Fazer amor

Recebi este texto de uma amiga e lembrei o quanto é lindo fazer amor de verdade. E é exatamente isso que quero voltar a ter um dia: um amor verdadeiro com quem possa fazer amor.

Fazer amor é coisa séria demais... não basta um corpo e outro corpo, misturados num desejo insosso desses que dão feito fome trivial, nascida da gula descuidada, aplacada sem zelo, sem compostura, sem respeito, atendendo exclusivamente a voracidade do apetite.

Fazer amor é percorrer as trilhas da alma, uma alma tateando a outra alma, desvendando véus, descobrindo profundezas, penetrando nos escondidos, sem pressa, com delicadeza ... porque alma tem tessitura de cristal, deve ser tocada nas levezas apalpadas com amaciamentos.... até que o corpo descubra cada uma das suas funções.

Quando a descoberta acontece, é que o ato de amor começa.
As mãos deslizam sobre as curvas, como se tocando nuvens, a boca vai acordando e retirando gostos, provando os sabores, bebendo a seiva que jorra das nascentes escorrendo em dons, é o côncavo e o convexo em amorosa conjunção.

Fazer amor é ressurreição !
É nascer de novo: no abraço que aperta sem sufocamentos, no beijo que cala a sede gritante, na escalada dos degraus celestiais que levam ao gozo.
Vale chorar, vale gemer ... vale gritar, porque ai já se chegou ao paraíso, e qualquer som há de sair melódico e afinado, seja grave, agudo, pianinho, há de ser sempre o acorde faltante quando amantes iniciam o milagre do encontro.

Corpos se ajustaram, almas matizaram...
Fez-se o êxtase !
É o instante da PAZ ...
É a escritura da serenidade !
E os amantes em assunção pisam eternidades !
Texto de um Frei do Colégio Santo Agostinho

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